quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Oboroten


Toda noite, eu, forte,
Odeio a torre real,
E a dor,  furiosa 
Mede o chão sujo com passos.

Sobre o choupo, formou um redemoinho
A fumaça ardente, como uma bandeira gasta;
A minha tristeza animal,
Eu a afogo em cerveja espumante.

Do beiral, mostro os dentes na janela
À lua que ainda não amadureceu;
Imagino, ouço o tempo todo:
Beba, querido, beba até o fundo!..

Beba, talvez dê certo,
Vai ganhar o que é seu,
Era um filhotinho, será um lobo,
Vento, sangue e prata.

Deu-se assim, não precisa se benzer -
Forjar as garras em ouro,
Era um gatinho, será um lince,
Faz a cama macia, mas é duro dormir!

Não venha para mim, desejada,
Não tente distrair do mal -
Fui enganado pela noite ébria,
Não aguentarei até a alvorada;

Oh, vou levantar, sair, bater a porta -
Silêncio em volta da vila -
As estrelas se desfazem em penas
Sobre as pegadas das patas com garras.

Cheiro apimentado de
escuridão,

A pia amarga da floresta,
Você se chama de ursinho,
Cresceu, virou um animal feroz.

Beba, talvez dê certo,
Vai ganhar o que é seu,
Era um filhotinho, será um lobo,
Vento, sangue e prata.

(Melnitsa)

Histórias de Oboroten. Eu as conheço todas.

Úlfhéðnar (men clad in wolf skins), singular: Úlfheðinn, were berserkers with a lupine aspect, rather than ursine, usually described as fanatic warriors dedicated to Oden. 
"I’ll ask of the berserks, you tasters of blood. Those intrepid heroes, how are they treated, those who wade out into battle?Wolf-skinned they are called. In battle they bear bloody shields. Red with blood are their spears when they come to fight.” 
- Haraldskvæði

"His  men rushed forwards without armour, were as mad as dogs or wolves, bit their shields, and were strong as bears or wild oxen, and killed people at a blow, but neither fire nor iron told upon them." 
- Ynglinga Saga



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