quarta-feira, 27 de maio de 2009

A educação livre da marca da Besta

Klauber Cristofen Pires | 27 Maio 2009 publicado no site mídia sem máscara e , de longe a melhor coisa que lí neste começo de manhã.

Impressionante o nível de lucidez e clareza de alguém que procura objetividade na educação e que observa a atuação dos conselhos profissionais, que, em vez de regularem o ensino para sua evolução, se transformaram em organismos responsáveis por "outorgar" aos estudantes pagantes e frequentadores de choppadas, certificados de profissão aos que se submetem às suas "orientações pedagógicas ".


Inspirado no artigo "A Marca da Besta: A Educação do Futuro", de Julio Severo.

"[A Besta] obrigou todas as pessoas, importantes e humildes, ricas e pobres, escravas e livres, a terem um sinal na mão direita ou na testa. Ninguém podia comprar ou vender, a não ser que tivesse esse sinal, isto é, o nome [da Besta] ou o número do nome [dela]". (Apocalipse 13:16-17 BLH)

Sou um dos raros casos de pessoas que alcançam a maioridade antes dos vinte e um anos, eis que me formei, aos vinte, em curso de nível superior, como oficial da Marinha Mercante. Logo depois da minha formatura eu já comecei a trabalhar e, aos vinte e um anos, casei-me com o amor da minha vida, com quem permaneço até hoje. Este fato ressurge em minhas lembranças como uma espécie de privilégio após ter lido - e constatado - as palavras certeiras do artigo de Julio Severo, "A Marca da Besta: A Educação do Futuro".
Com efeito, no seu texto, o articulista pró-familia evidencia o drama dos adultos jovens cristãos que, no auge da vitalidade, e tendo de estudar por anos a fio em busca da independência financeira, vivem o drama de ter de optar entre a abstinência sexual até o dia do casamento ou entregar-se antes dele.

A nossa abordagem procura dar um complemento, à luz do liberalismo econômico, a esta realidade que poucos hoje enxergam, mas que pode estar contribuindo decisivamente para a decadência de nossa sociedade. Como tenho escrito em outros artigos anteriores, a educação formal brasileira - na verdade de todo o mundo atual - acumula disciplinas as mais das vezes absolutamente inócuas para a formação de um indivíduo.

Quando eu era aluno do nível médio, eu era excelente em Química Orgânica: causava-me orgulho em declamar a fórmula da gasolina, assim como toda sorte de ligações covalentes, benzenos e fenóis. Hoje, à beira dos quarenta, constato que tudo aquilo não de serviu de absolutamente nada! Ora, se nem nas usinas petrolíferas é necessário saber a fórmula da gasolina para produzi-la, mas sim o seu processo de produção, será que os então organizadores do currículo esperavam que eu fosse produzi-la na minha garagem para a vender?

Do primeiro ano do meu curso de Direito, constatei que, de vinte disciplinas ministradas naquele período, apenas duas - isto mesmo - apenas duas (!) tinham alguma serventia. Analisando friamente, gastei um ano de minha vida a estudar assuntos que em nada me interessavam, assuntos sobre os quais inclusive mantenho discordâncias, e gastei nisso uma boa quantia em dinheiro, só porque - e só porque - era o estado quem queria que eu os estudasse.

Há quem venha defender que tais cursos sejam importantes para uma formação ampla e cidadã de um advogado, neste caso, ou de qualquer outro bacharel. Bobagem! Certo é que o domínio de conhecimentos gerais seja importante para qualquer pessoa, e que tanto pode se sair melhor profissionalmente quem os detenha. Contudo, estes conhecimentos podem ser consolidados no decorrer da vida e buscados espontaneamente em fontes especializadas; ademais, a presença de tais cursos nos currículos escolares e superiores tem muito mais a ver com reservas de mercado de trabalho, agregação de valor ao produto por parte das instituições de ensino e principalmente, ao projeto do estado, no sentido de doutrinar as pessoas a fazerem o que ele quer que elas façam, o que, segundo a pertinente interpretação bíblica de Julio Severo, significa carregarem "a marca da besta".

As reservas de mercado dizem respeito aos profissionais que obtém vagas de trabalho por força de lei. Longe de prestarem um serviço voluntariamente contratado pela população, isto é, de oferecerem algo que as pessoas naturalmente procuram para satisfazer às suas necessidades mais urgentes, usaram do estado, por força de lobbies, para obrigar instituições de ensino a ministrar os cursos em que se formaram. Isto aconteceu recentemente com os cursos de Filosofia e Sociologia, por exemplo.

No texto de Severo, há uma referência ao fato de o mercado exigir qualificações cada vez mais complexas como condição de admissão. Embora tenha dito uma verdade, é preciso aqui fazermos uma análise criteriosa: o mercado não exige diplomas; o mercado exige competências. O problema é que é o estado quem exige, por lei, que determinadas empresas contratem determinadas profissões. Assim é que uma empresa com mais de duzentos empregados precisa contratar um nutricionista, por exemplo, ou uma empresa de administração de condomínios precisa contratar um administrador ou uma drogaria, um farmacêutico. Quando não há uma exigência explícita em lei, as competências estão insertas dentro de currículos abusivamente inchados.

Dentro de um regime hipoteticamente livre de mercado, naturalmente os melhores empregos restariam justamente aos mais capacitados. Isto é justo, na medida em que estas pessoas, ao fazerem as suas escolhas, também se submeteram a sacrifícios pessoais maiores do que a média dos seus concorrentes. Todavia, sempre haveria condições de emprego para as pessoas medianas, desde que as proibições de contratar ou a limitação ao exercício deste direito seriam inexistentes por parte do estado.

Daí concluir que o excesso de profissionais desempregados nunca foi um problema criado pelo mercado. Com o deságüe anual de dezenas de milhares de novos profissionais pelos cursos superiores mantidos pelas universidades públicas (e agora por instituições privadas subvencionadas por dinheiro público) em número divorciado e muito superior à emergência de empreendimentos econômicos, era natural que houvesse um contingente de não-empregados. Estes desempregados, logrados por falsas expectativas criadas pelo estado, provocaram a demanda política por alocações compulsórias no mercado de trabalho, e é por isto que pagamos mais caro por cada produto que adquirimos ou serviço que contratamos.

A marca da besta, aqui, também se constata de forma categórica por meio dos chamados conselhos de classe ou ordens profissionais, instituições sobre as quais também já escrevi a respeito, e que decidem quem é que pode ou não trabalhar.

O aumento do valor agregado ocorre por conta da situação de superioridade da instituição de ensino formal face ao indivíduo, já que esta detém a delegação de fornecer-lhe um diploma. Antigamente, em um mundo mais livre, uma pessoa estudava para adquirir conhecimento, para com ele oferecer um serviço mais eficiente e satisfatório aos seus semelhantes. Isto significava que esta pessoa, em geral, já se encontrava inserta em um ambiente de trabalho qualquer, e que procurava estudar objetivamente aquilo que interessava ao seu mister, sem desperdício de tempo ou de dinheiro. Atualmente, em via contrária, as pessoas não estudam para adquirir o conhecimento de que sentem necessidade, mas para tão somente obterem o direito de trabalhar! Trabalhar tornou-se não mais um direito inerente à pessoa, mas uma concessão do estado, do qual se torna refém o indivíduo, desde que ele tem de se submeter ao inchamento da grade curricular convenientemente e lucrativamente estipulada pelas instituições formais de ensino, se é que quer sair dali um dia com um diploma na mão.

Por fim, e principalmente, vem o interesse estatal, que ocupa a maior parte da grade curricular para doutrinar o estudante segundo a vontade da sua burocracia e segundo a ideologia da sua deificação e da anulação do ser humano. O aborto e a eutanásia entram bem neste esquema, desde que seja demonstrado que fetos e velhos doentes valham como engrenagens não desejadas ou já gastas, que não têm serventia à máquina. Controlar a natalidade e a mortalidade é uma necessidade para o estado, já que é ele quem controla também a produção, o emprego e o consumo e é ele também quem se encarrega de pagar a previdência e a saúde. Logo, é necessário evitar que pessoas novas nasçam em um mercado de trabalho para o qual ele não tenha criado novas vagas, bem como é preciso economizar recursos com aqueles que já não têm nada a contribuir.

Possivelmente muitas pessoas que tenham lido o que jaz acima procurem, mediante um esforço sadio e bem-intencionado de raciocínio, criticar as minhas posições. Contudo, vejam: por acaso, os maiores empresários do país necessitaram de um diploma de administradores para construírem seus impérios econômicos? E quanto aos maiores jornalistas, tiveram de obter o canudo previamente? E os maiores filósofos e inventores que a humanidade já conheceu, também passaram a vida sentados em bancos escolares?

Estas são provas concretas de que uma educação liberal é capaz de fornecer profissionais mais capazes, com uma notável economia de recursos e alocação dos profissionais no mercado de trabalho, de modo que se formem onde sejam necessários, e principalmente, que possam construir a vida privada logo no início da vida adulta.

Tente, por um minuto, cair em si para perceber o colossal desperdício que é manter improdutiva toda esta população estudantil que já poderia estar trabalhando desde os dezoito anos de idade ou até ainda mais cedo. Na melhor das hipóteses, uma pessoa se forma em um curso de nível superior aos vinte e três, e às vezes não pega o seu diploma até os vinte e sete ou vinte e oito anos. Considerado o tempo até que consiga seu primeiro emprego e o que é ainda mais difícil, consiga alguma estabilidade financeira, teremos um quadro normal de completa improdutividade que não raro beira os trinta anos de idade.

Ocorre que, nesta idade, a fertilidade das mulheres já começa a experimentar uma sensível diminuição, e isto explica em boa parte a baixa taxa de natalidade que hoje assola a Europa e até o Brasil das classes rica e média, com um sério perigo para o desaparecimento da sociedade, a começar por quem seria a elite que teria o dever de conduzir o restante da população mediante o exemplo e o empreendimento.

Em um regime de educação livre, as pessoas poderiam começar a trabalhar desde o início da adolescência, e ir assim conciliando paulatinamente a prática com a teoria, e aprofundando seu conhecimento com cursos livres. Dizer que adolescentes poderiam e mesmo deveriam trabalhar não é nada imoral, antes o contrário: grandes homens se formaram no aprendizado real que o mercado lhes apresentava. Aos seus dezoito ou vinte anos, eram pessoas responsáveis, habilidosas, seguras e confiantes, em muito diferentes dos pseudo-doutores de hoje que saem das cátedras sem saber como se aperta um parafuso, como se redige uma petição ou como se faz uma sutura.

Além disso, tais pessoas são mais imunizadas contra as teorias espúrias que o estado lhes tenta imputar, justamente porque aprenderam a ser pragmáticas e a confrontar a teoria com a prática. No ensino atual, interessa ao estado que esta conciliação não se opere, desde que este sabe o quanto são disfuncionais.

Quer o leitor uma evidência muito clara da dissociação entre o ensino formal e a função que este exerce para a sociedade? Olhe em torno das faculdades e me diga o que você vê: por acaso enxerga livrarias, sebos, ou empresas de tecnologia de ponta? Não, é claro! O que você enxerga são barzinhos, não é? Dezenas deles! E algumas máquinas reprográficas também! Este é um sintoma muito decisivo para demonstrar que as pessoas não estão com a cabeça nos estudos; não almejam os estudos como uma meta; estão ali é à espera do canudo, cumprindo as formalidades. De certa forma, elas agem de uma forma racional: fingem estudar para um sistema que finge lhes ensinar. Não raro, professores que bebiam nos bares adjacentes à minha faculdade vinham dar aula com sintomas de influência alcoólica, e voltavam aos copos após o cumprimento dos seus horários, junto com os demais alunos cabuladores. Ao fim de um curso, é mais provável que um acadêmico adquira uma cirrose do que algum conhecimento sobre a área em que pretende atuar.

Note o leitor como a educação formal faz com que tantas quantas figuras passem a decidir o que você tem de estudar, exceto o primeiro interessado, que, ora bolas, era pra ser você mesmo! Não é para menos que seus estudos formais atendam antes os interesses destas entidades do que os seus próprios.

A esta altura, alguns leitores poderão, atônitos, perguntar se defendo, por exemplo, que alguém sem o diploma de engenharia se ponha a assinar a planta de um edifício. Daqui afirmo: é isto mesmo o que digo, desde que seja mantida a condição essencial de que, em um regime de máxima liberdade, também tenha lugar a máxima responsabilidade. Em um regime de máxima liberdade e máxima responsabilidade, uma empresa há de contratar alguém que saiba construir um edifício, e não alguém que apresente um diploma que afirme ser engenheiro aquele que só aprendeu a construir "uma sociedade mais justa e solidária segundo Karl Marx" entre um copo e outro no bar ao lado da faculdade. Ela vai fazer isto porque, caso seu edifício caia, há de pagar por todo o prejuízo causado. Pois aqui pergunto: as vítimas do edifício Palace III já receberam as suas indenizações? Dos casos de negligência médica apresentados nos jornais, quantos destes profissionais tiveram o registro cassado? E quanto aos advogados que passaram trapacearam seus clientes, quantos?

Tenha-se claro aqui que não defendo a lulice como exemplo de comportamento. Defendo como ninguém que os jovens se preparem mediante o estudo sério, objetivo e comprometido. Porém, isto está muito longe de se alcançar por via do sistema de ensino formal.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Obama declara: Os EUA não são uma nação cristã, mas foram moldados pelo islamismo para melhor

O TEXTO ABAIXO ME IMPRESSIONOU QUANTO À SUA CLAREZA EM RELAÇÃO AOS FATOS.

Os fatos são simples. Um país é aquilo que ele utiliza como base para alcancar seus objetivos. Os tão odiados EUA, mesmo com a cara deformada que hoje podem ostentar, tiveram uma origem que é inegável.

Esta origem não foi iniciada com líderes de igrejas megamultimilionárias, propósitos e desvarios, mas é inegável que este passado se baseou em crentes - em CRISTÃOS que vieram viver de forma crsistã naquela nova terra.

O fato mais inegável é que, este páis foi próspero quando agia de forma a manter esta base cristã e ainda hoje colhe os frutos desta semente plantada há séculos atrás.

Muito embora um presidente assassino de crianças, amigo da agenda de dominação gay e clara e assumidamente anti cristão queira dizer que a maioria deste país não conta quando diz que o país não é cristão(quando 80% o é)OS EUA AINDA SE AUTODENOMINAM UM PAÍS CRISTÃO.

QUEM É OBAMA PARA DIZER QUE NÃO?

Don Feder

Uma parte do discurso de Obama no Parlamento da Turquia disse: “Não nos consideramos uma nação cristã”. Esse discurso me lembra uma piada antiga: O Cavaleiro Solitário e seu ajudante índio estão cercados por índios hostis. O homem mascarado vira-se para seu fiel companheiro e pergunta: “O que iremos fazer agora?” Seu ajudante responde: “O que você quer dizer nós, cara pálida?”

Como outros esquerdistas, Obama tem o infeliz hábito de projetar suas ilusões no povo americano.

Ele estava na Turquia como parte de sua turnê de repúdio aos EUA, durante a qual ele gratificou vergonhosamente os desejos do antiamericanismo europeu. (“Temos sido arrogantes e prometemos não mais torturar terroristas e sempre escutar os ‘aliados’ que quase perderam as duas guerras mundiais e a Guerra Fria. E nos últimos 15 segundos eu disse o quanto lamento o episódio de Wounded Knee?”)

Na Turquia esmagadoramente muçulmana, Barack Hussein Obama, como ele foi apresentado (agora que a eleição terminou, não há problema em usar seu nome do meio), declarou o conceito de que “os EUA como nação cristã” é um mito.

Obama disse: “Embora, conforme mencionei, tenhamos uma população cristã muito grande (sim, por volta de 75 a 80%), não nos consideramos uma nação cristã ou uma nação judaica ou uma nação muçulmana”.

Será? Mas o Pacto do Mayflower não proclamou a intenção dos Peregrinos [os fundadores evangélicos dos EUA] de estabelecer uma colônia para “o avanço da fé muçulmana”? E quanto ao lema “Em Alá Confiamos” em nossas moedas e notas de dólar, sem mencionar o que veio a ser chamado de hino nacional americano, “Alá Abençoe a América”?

Falando sério, se ao declarar que os EUA não são uma nação cristã Obama está se referindo a uma minoria como a diretoria esquerdista do jornal The New York Times, ele acertou em cheio.

Por outro lado, se ele quer dizer a nação em geral, ele azarou.

Em 3 de abril uma pesquisa de opinião pública da revista Newsweek mostrou que 62% dos americanos consideram os EUA como “uma nação cristã”. Mas para aqueles que são como Obama, a emoção predominante dos EUA não é decidida pela maioria, mas pela elite cultural — os indivíduos que receberam o privilégio de moldar a consciência nacional pelo resto de nós.

Devido à ignorância ou cegueira deliberada, por toda a história americana, a maioria dos americanos, inclusive seus líderes, não entendiam que os EUA são uma república secular — uma nação sob Rousseau, Darwin e o Manifesto Humanista (I e II).

Patrick Henry comentou: “Nunca é demais frisar o fato de que esta grande nação foi fundada não pelas religiões, mas por cristãos; não na base de religiões, mas na base do Evangelho de Jesus Cristo”.

A Constituição americana é datada “no ano de nosso Senhor, 1787,” em referência não a Alá, Krishna ou Buda, mas a Jesus Cristo. O juiz da Suprema Corte Joseph Story, em sua obra sobre a Constituição publicada em 1833, observou que os fundadores dos Estados Unidos acreditavam “que o Cristianismo tem de receber incentivo do Estado”.

No caso de 1931 de U.S. v Macintosh (decidido antes de o judiciário federal começar a desconstruir a Primeira Emenda), a Suprema Corte declarou: “Somos um povo cristão”.

Todos os presidentes dos Estados Unidos, inclusive B. Hussein Obama, fizeram juramento com a mão em cima da Bíblia para defender a Constituição. Em todos os casos, exceto um, era a Versão do Rei James.

Falando dos antecessores de Obama — nitidamente “menos inteligentes” e “laicos” do que o “Supremo Messias” e provavelmente lacaios da direita religiosa — a opinião deles é unânime:

O Presidente George Washington disse: “É impossível governar acertadamente sem Deus e sem a Bíblia”. Por Bíblia, o fundador dos EUA não estava se referindo ao Corão ou ao Bhagavad Gita.

O Presidente John Adams disse: “Os princípios gerais sobre os quais os fundadores [dos EUA] obtiveram a independência [dos EUA] foram… os princípios gerais do Cristianismo”.

O Presidente John Quincy Adams disse: “A maior glória da Revolução Americana foi esta: Uniu num vínculo indissolúvel os princípios do governo civil aos princípios do Cristianismo”.

O Presidente Andrew Jackson disse: “A Bíblia é a rocha sobre a qual está firmada nossa República” — de novo, em referência à Bíblia cristã, não ao Lotus Sutra.

O Presidente Abraham Lincoln disse: “Inteligência, patriotismo, Cristianismo e uma confiança firme nAquele que nunca abandonou esta terra agraciada são ainda suficientes para resolver, da melhor forma, todas as nossas dificuldades atuais”. As “dificuldades atuais”, que Lincoln cria que o Cristianismo resolveria favoravelmente, era uma guerra civil na qual mais de 600.000 morreram.

Antes do esquerdista McGovern tomar o Partido Democrático (agora sob a direção de George Soros), os presidentes do próprio partido de Obama também cantavam no coro dos EUA como nação cristã.

O Presidente Woodrow Wilson disse: “Os Estados Unidos nasceram como uma nação cristã. Os EUA nasceram para exemplificar a devoção dos elementos da justiça que têm origem na revelação das Sagradas Escrituras”.

O Presidente Franklin D. Roosevelt, falando da 2ª Guerra Mundial, disse: “Hoje, o mundo inteiro está dividido, dividido entre a escravidão humana e a liberdade humana — entre a brutalidade pagã e o ideal cristão”.

O Presidente Harry S. Truman, escrevendo ao Papa Pio XII, disse: “Esta é uma nação cristã… Não é a toa que os valorosos pioneiros que partiram da Europa para estabelecer colônias aqui, no comecinho da sua aventura colonial, declararam sua fé na religião cristã e fizeram amplos preparativos para sua prática e apoio”.

O Presidente John F. Kennedy, no meio da Guerra Fria, disse: “Contudo, a mesma convicção revolucionária pela qual lutaram nossos ancestrais é ainda relevante ao redor do mundo, a convicção de que os direitos humanos não se originam do Estado, mas das mãos de Deus”.

O Presidente Thomas Jefferson disse algo incrivelmente parecido: “Será que as liberdades de uma nação podem estar garantidas quando removemos sua única base firme, uma convicção na mente das pessoas de que essas liberdades são presente de Deus?”

Entretanto, o “Supremo Messias” consegue alegremente proclamar que os EUA não são mais uma nação cristã.

Num discurso de 2007, Obama confirmou essa opinião: “O que quer que tenhamos uma vez sido no passado, não somos mais uma nação cristã”.

Com isso o presidente aceitou a possibilidade de que os EUA foram uma nação cristã no passado, mas não são mais. Contudo, quando foi que o predomínio do Cristianismo na vida dos americanos terminou — com a decisão da Suprema Corte de abolir as orações nas escolas em 1962, com sua decisão Roe v. Wade de 1973 de legalizar o aborto ou com Bill Clinton deixando manchas de sêmen no vestido de uma estudante estagiária, em 1995?

Embora insistisse que “nós” não consideramos os EUA uma nação cristã, Obama apelou para o sentimentalismo quando chegou o momento de tocar no assunto da “religião da paz”. “Queremos transmitir nosso apreço profundo para com a religião islâmica, que fez muito durante tantos séculos para moldar o mundo para melhor, inclusive o meu próprio país”.

Além de confusa, a declaração de Obama foi convenientemente vaga.

Moldar o mundo para melhor? De que jeito? Propagando pela espada seu credo? Estabelecendo o conceito de dhimmitude — de que os descrentes são obrigados a se converter para o islamismo ou se submeter ao governo islâmico? Transformando mulheres em propriedade? Subjugando os Bálcãs, a Grécia, a maior parte da Espanha e parte da Europa Oriental por centenas de anos? Destruindo Constantinopla e Bizâncio, o Império Romano Oriental, apagando as glórias de um milênio? Promovendo o fanatismo sanguinário do xiitismo e do wahabismo e monopolizando o terrorismo internacional desde pelo menos a década de 1970?

O islamismo moldou os EUA para melhor? Pelo menos Obama não disse que “teve um impacto profundo” — como um avião de passageiros colidindo com um edifício elevado.

É difícil imaginar uma religião que tenha feito menos para moldar os EUA do que o islamismo, inclusive o zoroastrismo e a cientologia. Muitos dos princípios nos quais os EUA foram fundados, ou vieram a representar — tolerância religiosa, democracia, liberdade e igualdade — são detestáveis para o islamismo tradicional.

Numa pesquisa de opinião pública do Washington Post/U.S. News (26-29 de março), embora a maioria aprove os esforços de Obama para alcançar o mundo muçulmano, 48% confessaram ter uma opinião desfavorável do islamismo, a percentagem mais elevada desde os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.

Na mesma pesquisa, 55% disseram que lhes faltava uma compreensão básica da religião da paz.

Conhecimento produzirá desprezo. À medida que a população muçulmana nos Estados Unidos (agora estimada em 1 milhão) cresce, os americanos cada vez mais encontrarão a rica herança religiosa e cultural que os seguidores de Maomé estão trazendo para os EUA — como os assassinatos de honra.

No ano passado, no subúrbio de Jonesboro, um imigrante paquistanês estrangulou sua filha de 25 anos com uma corda bungee, por tentar escapar de um casamento arranjado.

Em pleno Dia de Ano Novo, 2008, os corpos crivados de bala de Sarah e Amina Said (idades 17 e 19) foram encontrados num táxi abandonado. O pai delas, o imigrante egípcio Yaser AbdelSaid, foi preso pelos assassinatos. Said havia ameaçado matar suas filhas por terem namorados. Ele achava que elas agora eram moças imorais!

Muzzammil Hassan, da região de Buffalo, era o próprio modelo de um muçulmano moderno e moderado. Em 2004, Hassan fundou a TV Bridges [Pontes] para neutralizar as imagens negativas do islamismo e exibir as muitas estórias de “tolerância, progresso, diversidade, serviço e excelência muçulmana”. Pare, você está me matando! — um infeliz golpe de linguagem quando se debate o islamismo.

Hassan era um motivo de orgulho tão grande para sua religião que, em 27 de abril, ele recebeu o primeiro prêmio por excelência em seus esforços para apresentar ao público um islamismo diferente aos olhos do público. Ele recebeu o prêmio da filial em Pensilvânia do Conselho de Relações Islamo-americanas, onde alguns dos líderes têm ligação com o terrorismo. Presentes no evento estavam o governador Ed Rendell e o deputado federal Joseph Stestak, ambos do Partido Democrático. Stestak foi o palestrante.

Em 12 de fevereiro de 2009, o grande exemplo do Islamismo moderado foi preso e acusado de decapitar a esposa, que havia afirmado que ele cometia abusos físicos e emocionais, e estava no processo de se divorciar dele. O lema da TV Pontes é: “Conectando pessoas por meio da compreensão” — o irônico é que no caso de Aasiya Hassan, a cabeça dela não está mais conectada ao corpo dela.

De acordo com o Projeto de Comunicação e Educação sobre a Mutilação Genital Feminina — a prática de cortar o clitóris e os lábios menores das mulheres em algumas sociedades muçulmanas a fim de mantê-las submissas tornando impossível que elas experimentem prazer sexual — chegou aos EUA.

Em novembro de 2006, Khalid Adem, um etíope vivendo em Atlanta, foi sentenciado a 10 anos de prisão por decepar o clitóris de sua filha de dois anos.

Num vídeo postado no YouTube — filmado secretamente numa mesquita em Nashville, Tennessee — uma menina de 7 anos diz, chorando, como as meninas são surradas durante as aulas de xariá. A menina também fala de seu “marido”. Os grandes meios de comunicação se importam com alegações de abuso físico e sexual somente quando o assunto envolve a Igreja Católica.

A pedofilia e o abuso de crianças não são apenas estranhos costumes praticados em casas de oração muçulmanas.

Das mais que 2.300 mesquitas e escolas islâmicas nos Estados Unidos, mais de 80% foram construídas com dinheiro da Arábia Saudita nos últimos 20 anos. Foi esse mesmo dinheiro que financiou os terroristas que fizeram o ataque de 11 de setembro de 2001.

O Centro de Políticas de Segurança enviou agentes secretos que falam árabe para mais de 100 dessas instituições, descobrindo que de cada 4, 3 estavam infectadas com extremismo e pregações de ódio contra os EUA, os judeus e os cristãos.

É desse jeito que o islamismo está moldando os EUA para melhor.

Se não somos uma nação cristã, então o que é que somos? Obama disse aos turcos: “Consideramo-nos como uma nação de cidadãos que estão ligados por ideais e por um conjunto de valores”.

Valores não são fluídos. Eles têm de ter um ponto de origem.

Por toda a nossa história, a maioria dos americanos nunca duvidou das origens de nossas características éticas: o monte Sinai, Jerusalém, os Dez Mandamentos, o Sermão da Montanha, a Torá, o Novo Testamento — conhecidos coletivamente como nossa herança judaico-cristã.

Para a esquerda secular, que agora ocupa a Casa Branca, a herança dos EUA não está na Bíblia, nem na Declaração de Independência e nem na Constituição (em seu sentido original), mas no humanismo secular, no coletivismo e no multiculturalismo — valores baseados não em padrões eternos, mas em normas culturais predominantes, conforme determina a elite política, midiática e acadêmica.

Obama não quer que nos consideremos uma nação cristã porque a ética judaico-cristã está em conflito com a cosmovisão dele.

Seja o que for que Joel Osteen e Rick Warren nos digam (o Pr. Ken Hutcherson os chama de evangelistas covardes), Obama não é cristão — a menos que você considere os sermões loucos e cheios de ódio do ex-pastor dele, na igreja que ele freqüentou por 19 anos, como Cristianismo.

Os EUA como nação cristã não aceitam uniões civis ou casamento de mesmo sexo — e não consideram todos os atos sexuais como equiparáveis. Mas os EUA de Obama aceitam tudo isso.

Os EUA, com suas raízes judaico-cristãs, crêem na defesa da vida humana inocente — inclusive dos mais indefesos: os bebês em gestação. Os EUA de Obama não crêem nisso. Testemunhe a reputação que ele está adquirindo como o presidente mais pró-aborto da história dos EUA, e os votos dele contra projetos de lei contra o infanticídio quando ele era membro do Senado de Illinois.

Os EUA como nação cristã crêem em governo limitado, não aceitando a idéia falsa de que o governo é Deus. Os EUA de Obama crêem que não há nada que o Estado não possa fazer, nenhum poder que o Estado não deveria ter e nenhuma limitação nos poderes do Estado para taxar, gastar e controlar.

Os EUA como nação cristã compreendem a ordem bíblica de apoiar Israel.

Os EUA de Obama vêem os palestinos (que são antissemitas, antiamericanos, sanguinários, exaltadores da guerra santa) como o equivalente moral dos israelenses (democráticos, pró-americanos, governados pelo Estado de direito). A fantasia de Obama de Israel e Palestina vivendo juntos “lado a lado em paz e segurança” é ilusão ou eufemismo para um acordo temporário que levará à extinção do Estado judeu.

Como a proverbial casa dividida de Lincoln, esses dois EUA não poderão coexistir para sempre. Durante sua presidência, Obama tem a intenção de enterrar os EUA como nação cristã, com um chefe de mesquita presidindo na cerimônia religiosa fúnebre.

Mal posso esperar a próxima viagem cheia de magia e mistério do presidente Obama. Como o Dep. Joe Cannon disse de um colega: “Toda vez que abre a boca, esse homem subtrai da soma total do conhecimento humano”.

Traduzido e adaptado por Julio Severo: www.juliosevero.com

Fonte: Don Feder

segunda-feira, 18 de maio de 2009

“NINGUÉM SABE O DURO QUE DEI”: A DIFAMAÇÃO DE WILSON SIMONAL E SUA QUEDA.

por reinaldo azevedo

Imperdível, caros leitores, por uma coleção de motivos, o filme Ninguém Sabe O Duro que Dei, dirigido por Claudio Manoel, Micael Langer e Calvito Leal, que relata a ascensão e queda — e que queda! — do cantor Wilson Simonal. Há muito mais ali do que o simples relato da trajetória de um ídolo brasileiro, de raro talento, que caiu em desgraça. O que se vê na tela é a exposição detalhada de como uma máquina de difamação ideológica pode destruir uma carreira, apagar uma história, eliminar um pedaço da memória cultural do país. E não posso deixar de pôr isto aqui, já no primeiro parágrafo: a fita traz depoimentos dos cartunistas Ziraldo e Jaguar, que eram do jornal O Pasquim, que ajudou a destruir Simonal. Levem suas crianças (acima de 10 anos), como fiz, para ver também esses dois senhores. É um bom pretexto para que digam: “O papai (ou mamãe) promete jamais falar tanta asneira mesmo que visitado por aquele velhinho alemão...” Se algumas pessoas são para nós um norte moral, essa dupla é o sul. Já chego lá.

Negro, filho de uma empregada doméstica, saído literalmente da pobreza, Simonal se tornou um dos mais populares cantores brasileiros. Até aí, vá lá, a estupidez também pode render aplauso. Acontece que ele era bom. Muito bom. Um dueto com Sarah Vaughan ou sua habilidade em reger um coro de 30 mil vozes no Maracanãzinho dão algumas pistas do seu talento. Fragmentos de entrevistas e shows, habilmente costurados no documentário, revelam um homem inteligente, chegado ao cinismo e à auto-ironia. E, vê-se ao longo do filme, não era do tipo chegado ao coitadismo, ao vitimismo, ao pobrismo, a mascarar deficiências técnicas com sua origem humilde, essa coisa tão asquerosa e corriqueira hoje em dia. Ao contrário: tinha plena consciência de seu gigantesco talento e ganhou a fama de arrogante — de “preto arrogante”. E vocês sabem o quanto isso podia e ainda pode ser indesculpável.

Cantor excepcional, criativo, capaz de transitar na fronteira de vários estilos, Simonal era uma das possibilidades do pop brasileiro, abortado por um conjunto de infaustos acontecimentos: da ditadura dos militares à ditadura dos “profundos”, que tomou conta da música. Outro, de estilo diferente, mas não menos marginalizado, era Tim Maia — leiam Vale Tudo - O Som e a Fúria de Tim Maia, de Nelson Motta, que, diga-se, ilumina aquele período, neste documentário, com a lucidez habitual. Simonal não tinha grandes “mensagens” a passar, sabem? E sua música dispensava manual de instrução e guia para entendimento de metáforas.

Mas Simonal fez, sim, uma grande besteira. Em 1971, desconfiado de que seu contador, Raphael Viviani, que fala no filme, andava metendo a mão na sua grana, contratou dois seguranças, um deles ligado ao famigerado Dops, para "resolver" a questão. O homem foi raptado, torturado e obrigado a assinar uma confissão. A mulher de Viviani chamou a polícia. Simonal se complicou. Para tentar se safar, afirmou que tinha “contatos com os homens” — sim, os homens do regime...

Era o seu fim. Passou a ser tratado como dedo-duro e delator dos colegas — embora, como lembra Chico Anysio, não haja uma só pessoa que possa dizer ter sido prejudicada por Simonal — além de Viviani, é claro. A imprensa o tratava como agente dos órgãos de segurança, assim, como um aposto comum, desses que servem para identificar pessoas: “Simonal, ligado ao Dops...” Ele passou a ser a pessoa mais demonizada no Pasquim, de Ziraldo e Jaguar (o sul moral do Brasil; já volto ao caso). Num dos quadrinhos, aparece, acreditem, dando um tiro na cabeça!!!

Não, Simonal nunca foi agente do DOPS. Acontece que as esquerdas já se incomodavam com os seus hits muito pouco engajados. Foi ele quem transformou num sucesso estupendo País Tropical, de Jorge Benjor. Aquele trecho da música cantado só com as primeiras sílabas das palavras foi uma “bossa” sua: “Mó, num pa tro pi/ abençoá por De/ que boni por naturê/ mas que belê...” “Patropi” virou substantivo, às vezes adjetivo. Aquela parte da crítica que acreditava que boa música tinha de falar das nossas mazelas e, eventualmente, acenar com a “revô sociali dos oprimi” já estava na sua cola. Era considerado ufanista e instrumento da ditadura. Em 1970, havia acompanhado a Seleção Brasileira na Copa do México. Simonal, em suma, era o alienado do “patropi”.

O episódio truculento de 1971 — pelo qual ele tinha, de fato, de prestar contas, e ninguém está a dizer o contrário — era a fagulha que faltava num barril de vários preconceitos combinados: o “preto arrogante”, que chegou a se declarar “de direita” e que era tido como o cantor “do regime”, passou a ser considerado, também um dedo-duro. Os shows desapareceram. Artistas que antes faziam questão de dividir o palco com ele passaram a rejeitá-lo. O Pasquim o esmagava impiedosamente, difamando-o entre artistas e intelectuais. A grande imprensa não ficava atrás. Foi banido das televisões. Estabeleceu-se uma espécie de stalinismo midiático: Simonal foi apagado da história brasileira. O homem que fizera o dueto com Sarah Vaughan — é visível o encantamento da diva — era um proscrito. Depois de demonizado, decretou-se o silêncio. Seu nome foi apagado. Em 2000, morreu em razão do agravamento de uma cirrose hepática.

Ninguém Sabe o Duro que Dei, título do filme, é verso de um dos seus sucessos. Justamente uma música que ironizava o fato de que muitos criticavam ou invejavam a sua boa vida e a sua riqueza. E ele, então, respondia: “Ninguém sabe o duro que dei”. Pois é... O que é espantoso, mas muito próprio da indústria da difamação, é que não havia prova, evidência ou indício da ligação de Simonal com a “repressão”. Inútil!

O filme é equilibrado. Não há qualquer esforço para desculpar Simonal pela bobagem. O depoimento do contador é bastante longo, e não há a menor intenção de desacreditá-lo. Faço essa observação para deixar claro que Claudio Manoel, Micael Langer e Calvito Leal não maquiam a vida do artista, corrigindo com a simpatia o que há nela de condenável. Mas não há como não se deixar capturar pelo óbvio talento de Simonal. Talvez pudéssemos sair do cinema um tanto divididos: “Pô, também quem mandou fazer aquela tolice?” Mas Zirado e Jaguar nos tiram dessa sinuca.

VELHOS NA ALMA
Ziraldo comandava O Pasquim. E isso quer dizer que comandava, também, a difamação contra Simonal. Os diretores estão de parabéns por terem deixado o homem falar à vontade. Quando ele fala, o mundo se ilumina porque nos damos conta de quem ele é. O cara reconhece que parte do ódio que havia contra o artista decorria do fato de ele ser, vamos dizer, um preto bem-sucedido. Mais: admite que aqueles eram tempos em que um lado era o bem, e o outro, o mal. E Simonal estava do lado errado...

Ziraldo sabe, hoje em dia, que o cantor jamais fez parte dos órgãos de repressão. Se, à época, ainda podia alegar alguma ignorância, hoje não pode mais. Tem clareza de que o cantor caiu vítima da máquina de difamação ideológica não por aquilo que fez, mas por aquilo que não fez. Pensam que há nele alguma sombra de arrependimento ou, vá lá, de reconhecimento ao menos das injustiças cometidas? NADA!!!

O cartunista recorre a uma imagem canalha, asquerosa, nojenta mesmo, para se referir ao caso. Segundo diz, os confrontos ideológicos eram como lutas de capoeira, com pernadas para todos os lados. E alguns tinham a má sorte de estar na frente. Entenderam? Ziraldo e as esquerdas davam as pernadas, e o pobre Simonal tomou a sua. Para este senhor, isso é parte do jogo.

Jaguar, que continua a investir na personagem do bêbado profissional, vejam lá por quê, não fica atrás em grandeza moral. Faz um relato debochado da tragédia de sua vítima e diz: “Ele morreu de cirrose; poderia ter sido eu”. E cai na gargalhada. Ah, sim: ao falar sobre negros de sucesso, cita o nome de Pelé e diz: “Se bem que Pelé é branco...” Entenderam? Para Jaguar, um negro só é negro se exibir sinais explícitos de sofrimento e for engajado. A propósito: o depoimento de Pelé é um dos grandes momentos do filme. A dupla do Pasquim, mesmo sabendo que Simonal era inocente, não o anistia, não. Nem a anistia moral eles lhe concedem.

É que os dois não sabem o que é isso. Só conhecem o perdão traduzido em reais A Comissão de Anistia mandou pagar R$ 1.000.253,24 ao milionário Ziraldo e R$ 1.027.383,29 ao nem tão rico Jaguar (confessadamente, ele “bebeu” todo o dinheiro que o jornal lhe rendeu). Mais: ganharam também o direito a uma pensão mensal permanente de R$ 4.375,88. Por quê? Ora, porque eles foram considerados “perseguidos pelo regime militar” por conta de sua atuação no Pasquim, aquele que desenhou Simonal dando um tiro na cabeça...

Sensatas e até comoventes são as palavras dos cantores e compositores Simoninha e Max de Castro, filhos de Simonal. Tentam entender a personagem na lógica dos confrontos de um período e dizem ser necessário resgatar sua obra, sem qualquer viés de confronto. O ódio de que Simonal foi vítima (ainda presente nas falas irresponsáveis de Ziraldo e Jaguar) não turvou o pensamento dos filhos, a cujos shows o pai chegou a ir. Mas os via escondido, sem mostrar a cara. Não queria, como conta sua segunda mulher, “prejudicar os meninos”.

Não deixem de ver o filme. Vale como divertimento e também como advertência: a máquina de difamação, que dá pernada a três por quatro (e dane-se quem está na frente), continua ativa. e agora está no poder.

PS: O filme merece uma atenção bem maior do que a que vem recebendo. De certo modo, a maldição continua. Como NÃO diria Chico Buarque, as esquerdas inventaram o pecado, mas se esqueceram de inventar o perdão.