segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

aborto e Reagan

Sei a opinião de muitos à respeito de alguns presidentes antigos dos EUA.

Talvez esta opinião se deva ao patrulhamento de esquerda que os mesmos sofreram e talvez as pessoas devessem procurar mais por sí sós e não absorver idéias passadas no boca à boca.

Quem não suspeita de que algo esteja errado, basta ficar feliz:
a maioria dos americanos hoje, que votou em Obama, confessa que o fez por ser negro apenas. Não se preocupando com seus princípios morais.

E Obama é abertamente à favor da morte de crianças

Exemplos


Nem tanto(o melhor vídeo de todos os tempos da última semana?...)
Já vi melhores, mas este vídeo é básico... E muito bom!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Como fazer uma monografia - Contatos, ver no site da Globo...


A galera acima disse tudo: os antigos títulos de nobreza foram trocados por títulos acadêmicos, outorgados após dura pesquisa? Nahhmm... não mesmo.
O orifício é mais austral. Há que se ter domínio da verborragia vernacular da classe outorgante, suas direções político acadêmicas e isso, sem esbarrar no sentimento de estranhamento, pois , caso você consiga seu intento, passará justamente para o lado dos "nobres".

Boa sorte com sua tese, tá?

Parabéns pessoal

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Caída de kayak na praia de Adão Eva - Sáb. 15 jan 2011

Bem, esta é a praia Adão e Eva, em jurujuba, Niterói...



Hook 1 no Amaguk! Fera em kayakfishing tunning!
Uma penetra na festa! uma Boa constrictor

Maque merda de corvinota!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Baiaca arara- o primeiro peixinho do dia!


mais fotinhas!!!!


os enooormes peixes que peguei!








Mulecada sagaz!!!
Isso foi de início, todo mundo se preparando e tals.
Fot do frank Ramos do alto

Foto da galera reunida

O Amaguk bonitão!!! O kayak mais tunado pra pesca do Brasil!!!!
Tá ruim de encarar, né?
Olha a máquina de matar aí!!!!
e tchauzinho


Mais uma caída com os pescaiaqueiros. a primeira cujas fotos vão para o arquivo do blog.


SALVEM ESTA POBRE VÍTIMA!



É issaí! Direitus zumanus já!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Desafio aceito: No, You Can't!




Desafio aceito: No, You Can't!

Heitor De Paola | 13 Janeiro 2011


Um povo que aceita perder uma fatia de sua liberdade em troca de segurança, não merece ter nem liberdade, nem segurança.
Benjamin Franklin



O Tea Party é tão simples que chega a ser bobo. Assim denominado por causa da revolta dos Americanos contra a usurpação tirânica do sonho e estilo de vida Americanos, 'taxation without representation' foi somente o estopim da aguda guerra cultural de 1773, e agora representa com exatidão o espírito do Movimento Tea Party de 2010.
Ted Nugent

Alguém sugeriu que o nome correto do país deveria ser Estados Desunidos da América, de tal forma os interesses entre os estados e as regiões são díspares. Mesmo entre os conservadores há divergências imensas. Nem todos defendem o livre comércio, p. ex., uma das máximas capitalistas: ele não interessa aos produtores agrícolas dos Estados produtores. Querem subsídios, igualzinho aos nossos e aos Europeus. Um pecuarista texano diverge de um produtor agrícola do Meio Oeste. Estados produtores de petróleo exigem preços mais caros da Gasolina, prejudicando os demais. Dentro de um mesmo Estado existem divergências inconciliáveis.


A Louisiana é um exemplo, entre muitos: o Cajun Country, a Oeste, a área mais rica, é absolutamente diferente dos Distritos do Sul, negros e mais pobres. Mesmo na cidade de New Orleans o contraste entre as áreas divididas pela Canal Street são gritantes. Outro é o Estado de Utah, berço da expansão mórmon, onde, ao contrário do que muitos pensam, predomina a religião batista. Sufocados por um cerco comercial para abandonar a prática da poligamia e ser aceito na União, o ressentimento com Washington é imenso - e a prática só foi abolida oficialmente, pois nas comunidades mais religiosas ainda é aceita veladamente. Mas existem princípios morais e religiosos e uma noção arraigada de liberdade, que não conhecemos aqui, que une a todos e quando estas são atacadas, a cascavel dá o bote! Esta união é expressada pelo Pledge of Allegiance, a saudação à bandeira repetida diariamente nas escolas:

'I pledge allegiance to the Flag of the United States of America, and to the Republic for which it stands: one Nation under God, indivisible, with Liberty and Justice for all' (Eu juro lealdade à Bandeira dos Estados Unidos da América e à República que ela representa: uma Nação, sob Deus, indivisível, com Liberdade e Justiça para todos).

As transformações socialistas trazidas por Obama estão tentando acabar com a América original, aquela que conquistou o Oeste com um revólver numa das mãos e a Bíblia na outra, dos implacáveis cowboys que, quando cansados dos tiroteios, assentavam-se na terra, constituíam família, regiam-se por códigos morais estritos, tementes a Deus e dispostos a defender suas propriedades com as armas que penduravam atrás da porta, mas jamais as deixavam de todo.


Talvez o principal ícone desta América tenha sido John Wayne, tanto no cinema como em sua vida real, pessoal e pública. E um dos seus símbolos maiores, o Alamo [[1]], em San Antonio, Texas, onde em 6 de março de 1836 (a localidade ainda se chamava San Antonio de Béxar) mais de uma centena de defensores foram massacrados pelas tropas mexicanas do General Santa Anna.
O entusiasmo que levou inúmeros Americanos ao Alamo, incluindo aventureiros como David Crockett, e ao massacre, fez ressoar o estribilho famoso: Remember the Alamo! A vingança veio em 21 de abril, quando em San Jacinto, com um exército melhor preparado comandado por Sam Houston [[2]] as tropas mexicanas foram devastadas no horário da tradicional siesta, em 18 minutos!

Quando do traiçoeiro ataque japonês a Pearl Harbor e do ataque às torres do WTC, este estribilho se fez ouvir novamente: remember the Alamo, onde perdemos uma batalha, mas ganharemos a guerra!

Sendo um movimento espontâneo, não se pode precisar um local e tempo para o nascimento do Tea Party [[3]], mas certamente começou com os imensos comícios da campanha de Sarah Palin.




Já comentei anteriormente a importância dos salões paroquiais locais no processo de decisão política: O centro da vida americana é a Igreja. Os salões paroquiais são importantes centros de decisão informal. Enquanto as crianças vão para a escola dominical, os adultos decidem. Personagens que não faltam são o juiz, o promotor, o xerife e o administrador ou supervisor escolar. Todos geralmente são eleitos com mandato fixo.

Glenn Beck percebeu a importância e o potencial daqueles grassroots [[4]]. Em 9 abril de 2009 apoiou e compareceu a um rally contra impostos a ser realizado exatamente no Alamo, o que deu um significado importantíssimo após a derrota dos mais profundos ideais americanos de liberdade em novembro de 2008. No seu programa daquele dia Beck anunciou: 'Eu tenho que ir lá. Eu queria ir porque era o Alamo, um símbolo. Eu queria ser parte daquele momento, o povo se manifestando pacificamente. Eu precisava captar aquele retrato da América, importante para ser mostrado a todo o País'.

No Alamo simbolicamente se reuniria o povo americano e seus princípios e tradições, novamente derrotados por um inimigo momentaneamente superior para preparar uma nova San Jacinto.

O movimento foi tomando força e crescendo em números desde então e com a aproximação das Eleições Parlamentares em novembro vários candidatos apoiados pelo Tea Party tinham vencido as primárias, deslocando republicanos da velha guarda, homens from within the Capital Beltway [[5]]. Beck convocou um grande encontro nacional - Restoring Honor - para 28 de agosto de 2010 em Washington, D.C., no Lincoln Memorial, no mesmo local e dia em que 47 anos antes Martin Luther King Jr fez seu famoso discurso I Have a Dream. O comício foi um sucesso com quase um milhão de pessoas que protestavam contra os excessos da administração Obama, apesar de ter sido condenado por ONGs e os democratas como um movimento racista, o que é uma mentira, como comentou (comunicação pessoal) Donald Hank, proprietário do site Laigle's Forum: existem muito mais racistas no Partido Democrata, que acreditam que negros e hispânicos precisam ser ajudados pelos brancos porque não podem crescer por si mesmos. Por outro lado, existem muitos negros no Tea Party, os quais são perseguidos pelos democratas.

O maior risco para o movimento é ter sido parcialmente cooptado pelo Partido Republicano, ultimamente bem inclinado à esquerda, mas o movimento permaneceu majoritariamente independente e capaz de substituir velhos Republicanos para impedir a marcha da América para a esquerda, o que ajudou a purgar o Partido e injetar sangue novo no Congresso.

Ted Nugent, roqueiro e ativista conservador, nos dá uma idéia bem simples em What the Tea Party stand for?:

na gloriosa experiência do self government o povo não pode continuar sendo um mero espectador, como vem ocorrendo há muito tempo. Como patrão do governo, supõe-se que 'We The People' participemos ativamente da política, controlando os políticos, assegurando que nossa vontade seja a força por trás das políticas e da elaboração das leis. Lembram disto? Os americanos do Tea Party exigem retomar este controle imediatamente. (...) Não nos surpreende que os Glenn Becks e Sarah Palins deste país sejam grandes fontes de inspiração: escutá-los é como ouvir a pulsação do que o coração da América pode oferecer de melhor. Fé, esperança, caridade, honestidade, uma ética de trabalho Hercúlea e um rastro de energia positiva é tudo o que o Tea Party significa.



Mark Alexander, em The Cause of Liberty refere que o 'Tea Party é muito mais do que uma coalizão de conservadores Independentes com os que ainda se abrigam sob a bandeira republicana. O movimento é, nos seus fundamentos, uma federação filosófica de patriotas americanos que estão juntos, em primeiro lugar por uma devoção à Liberdade Essencial (Essential Liberty) definida em nossa Declaração de Independência e o Rule of Law sacralizado na nossa Constituição'. O movimento pretende obrigar os representantes eleitos a desinchar o governo e diminuir as despesas para que possa se comportar dentro dos limites de seus mandatos constitucionais e autoridade limitada.

Certamente a inspiração principal vem do Modelo de Restauração de Ronald Reagan, que infelizmente não pode ser implementado em profundidade por nunca ter contado com maioria nas duas casas do Congresso.

Outro inspirador foi o Dr. Martin Luther King Jr., que eloqüentemente disse: 'Aqueles que se engajam na ação direta não-violenta não são os criadores da tensão. Estamos somente fazendo emergir a tensão que já existe'. E é a isto que o Tea Party se dedica: levantar-se pelos nossos direitos ao American Way de forma não violenta, exatamente como ocorreu de forma gloriosa como o movimento pelos Direitos Civis na década de 60, o Tea Party representa um chamado já tardio à América, e mais importante ainda, aos políticos e seus cãezinhos amestrados da mídia. Fedzilla [[6]] está por trás de todos os problemas que a América enfrenta hoje.
Mas o maior culpado da tragédia é a apatia do povo em monitorar o governo, escrutinar os candidatos, evitando os burocratas podres que pisam no American Dream!


O que fazer após a vitória de 2010?


O homem que pede à liberdade mais do que ela mesma, nasceu para ser escravo [[7]]
Alexis de Tocqueville na obra O Antigo Regime e a Revolução.

Newt Gingrich, ex Speaker of the House e importante líder Republicano, declarou recentemente que os conservadores não podem planejar somente para os próximos dois anos, mas o principal objetivo deve ser substituir a esquerda e criar uma maioria que governe de forma tão decisiva que resulte, nos próximos dez anos numa equipe que continue a construir uma América próspera, reconheçam a necessidade de manter uma América segura e a mais livre de todas as sociedades da história da humanidade.

'Existem mais de 513.000 funcionários eleitos nos EUA - direções escolares, conselhos municipais, legisladores estaduais, governadores, juízes e muitos mais. Este auto-governo significa que, se ensejarmos realmente uma onda de mudança que acabe com a maioria da esquerda que nos domina desde 1932, a escolha para o Salão Oval será um ganho fácil. 'We the people' tem que estar engajado se quisermos trazer o poder de Washington para nós. Portanto, é necessário um movimento popular que ganhe de volta os governos locais, os estaduais e, finalmente, o federal.


Ed Meese, um dos maiores constitucionalistas Americanos e ex Attorney General (equivalente a Ministro da Justiça entre nós) nas administrações Reagan, editor do inigualável The Heritage Guide to the Constitution, respondendo ao simpósio da Townhall Magazine "What Should Republicans Do Now?", ressaltou que um dos mais significativos fenômenos da recente campanha eleitoral foi o aumento do interesse na Constituição em todo o País. Gente do povo passou a ler a Constituição e examinar a forma pela qual o governo vem sendo exercido em contraste com o que a Constituição realmente estipula: o conceito de governo limitado, autoridade dividida entre os três poderes, os checks and balances, todos destinados a proteger a liberdade individual. Estes princípios vêm sendo ignorados e, em alguns casos, deliberadamente violados. E pelos três poderes: o Congresso prescinde da Constituição e atua de maneira onipotente, o Executivo aproveita os recessos do Senado para nomear 'czares' [[8]] jamais aprovados, o Judiciário toma a si assuntos que pertencem aos poderes eletivos como a condução da guerra.

A receita de Meese é: restaurar o governo constitucional, a supremacia da Constituição sobre os três poderes através de

1. que a maioria republicana deva usar suas prerrogativas sobre o orçamento para cortar e eliminar funções federais que não sejam autorizadas pela Constituição;

2. reforçar e fazer cumprir as regras que obrigam a vinculação à Constituição das leis em discussão;

3. aumentar a transparência obrigando a que toda legislação deva ser veiculada pela internet no mínimo uma semana antes das votações finais;


4. usar a autoridade das Comissões da Casa para investigar todos os Departamentos e Agências no sentido de impedir e punir fraudes e abusos de intromissão na vida e nos negócios dos cidadãos;

5. os Senadores Republicanos deverão assegurar que os Juízes sabatinados demonstrem claramente fidelidade à Constituição sem engajamento em ativismo judicial (alternativo);

6. o Congresso deverá focar na redução de despesas, tanto suas próprias como dos demais ramos do Governo;

7. toda lei deve se aplicar a todos os funcionários do Governo, sem exceção, da mesma forma e intensidade em que afetam ao povo;


E já encontrou nos novos eleitos em novembro com disposição para tanto: em artigo no Washington Times Stephen Dinan mostra que os republicanos da Câmara apresentarão tão logo empossados, uma resolução para ler o texto completo da Constituição no Plenário no próximo dia 6 de janeiro.

O objetivo é enfatizar as regras do governo limitado impostas ao Congresso pelos Founders e tentar trazer de volta muitos desses princípios para a atividade legislativa diária. A proposta foi originalmente do Republicano da Virginia Robert W. Goodlatte, que declarou: 'este Congresso foi muito agressivo em expandir o poder do governo federal, o que foi um grande retrocesso'. Um claro exemplo foi dado pela Speaker of the House, Nancy Pelosi: perguntada se a Constituição autorizava que o Congresso obrigasse os cidadãos a adquirir um seguro saúde, ela respondeu: 'Você está falando sério? Você está falando sério?' Em outras palavras: o que a Constituição tem a ver com as leis aprovadas pelo Congresso?!

Pode-se notar por esta resposta que urge o retorno ao governo constitucional!

Mas não se pode esquecer a advertência de Glenn Beck: 'Os republicanos devem manter o foco na redução de seu próprio poder. Políticos da direita adoram falar de reduzir o tamanho e os objetivos de Washington, porém uma vez no poder, eles tendem a adquirir "small-government amnesia". Eles não querem limitar o poder do governo. Querem limitar o poder do governo quando o outro lado está no controle. E isto não é suficiente'.


Notas:

[1] Visitei o Alamo em 1985 e verifiquei a reverência dos visitantes americanos. Falava-se baixo como se estivéssemos numa Igreja (originalmente foi uma missão religiosa espanhola, Misión San Antonio de Valero) e compreendi porque o local permanece um 'local sagrado, o Santuário da Liberdade do Texas (Shrine of Texas Liberty) onde heróis fizeram o sacrifício final pela Liberdade'.

[2] Houston, nascido na Virginia, ex-Governador do Tennessee e amigo pessoal do presidente Jackson, foi um dos entrevistados por Alexis de Tocqueville em suas pesquisa para escrever Democracy in America.

[3] Tea Party: a reação revolucionária contra o aumento dos impostos cobrados pela Corôa Britânica após a aprovação do Stamp Act de 1765, que obrigava ao pagamento de um imposto mediante um selo aplicado a todos os documentos legais e jornais circulantes nas Colônias. Esta reação foi alimentada pelo brado de no taxation without representation (sem representação, nada de impostos) e ao boicote de mercadorias inglesas, chegando à rebelião plena em 16 de dezembro de 1773 em Boston quando os carregamentos de chá foram jogados ao mar.

[4] Grassroots: literalmente raiz de grama. Significa tanto o povo que vive nas pradarias e montanhas, caipiras, como movimento político criado e dirigido por políticos de comunidades. Implica no apoio de grupos que surgem natural e espontaneamente nos níveis locais por voluntários que dedicam seu tempo ao partido local, o que pode ajudar o partido no nível nacional, p. ex., um movimento para convencer pessoas a se registrar para votar. São completamente diferentes de movimentos orquestrados pelas tradicionais estruturas de poder.

[5] A Interstate 495, anel rodoviário que cerca Washington e seus subúrbios.

[6] Fedzilla: Federal+Godzilla, o monstro destruidor da famosa série japonesa.

[7] De Tocqueville refería-se ao fato de que aqueles que valorizam a liberdade pelos bens materiais que ela oferece não a mantiveram por muito tempo. Compare-se com o que disse Juan Domingo Perón: Los trabajadores argentinos nacieron animales de rebaño y como tales morirán. Para gobernarlos basta darles comida, trabajo y leyes para rebaño que los mantengan en brete.

[8] São cargos criados diretamente pelo Executivo e podem ter ou não os nomes submetidos à aprovação pelo Legislativo. Os "czares" serão abordados detalhadamente no próximo artigo.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

HURT - (Trent Reznor) By Johnnie Cash



Há músicas que personificam sentimentos.

Esta personifica, dor.
Arrependimento.
Perda.



Hoje eu machuquei a mim mesmo
Pra ver se eu ainda sentia
Eu ponho meu foco na dor
É a única coisa real

A agulha abre um buraco
A velha picada familiar
Tento matá-la de todos os modos
Mas eu me lembro de tudo

(Refrão)
No que eu me tornei?
Meu mais doce amigo
Todos os que eu conheço vão embora
No final


E você poderia ter tudo isso
Meu império de sujeira

Eu vou deixar você abandonado
Eu vou fazer você sofrer


Eu uso essa coroa de espinhos
Sentando no meu trono de mentiras
Cheio de pensamentos quebrados
Que eu não consigo consertar

Debaixo das manchas do tempo
Os sentimentos desaparecem
Voce é outro alguém
Eu ainda estou bem aqui


(Refrão)
No que eu me tornei?
Meu mais doce amigo
Todos que eu conheço vão embora
No final

E você poderia ter tudo isso
Meu império de sujeira

Eu vou deixar você abandonado
Eu vou fazer você sofrer...

Se eu pudesse começar de novo
A milhões de milhas daqui
Eu me manteria
Eu acharia um caminho




Nem você e nem eu, Johnny.
Ninguém vive tanto sem ter do que se arrepender.
E não dá pra voltar atrás de algo que se foi.
Tenho inveja, embora não acredite em pessoas que dizem não ter do que se arrepender em seu passado.

O meu possui coisas que nem ao menos deveriam ser lembradas, manchas de horrores, coisas que me trazem vergonha, pessoas a quem não pude dizer adeus e por isso vejo seus túmulos abertos e sem nada dentro, esperando um conserto que não chegará nunca.

O exemplo de Israel


Leia, é uma boa oportunidade para aprender

Edivaldo M. Boaventura
Educador, escritor, presidente da Academia de letras da Bahia
edivaldo@grupoatarde.com.br

Chegando de um seminário sobre Israel. e o Oriente Próximo, na Universidade Hebraica de Jerusalém desejo compartilhar as impactantes impressões da visita a um país moderno, democrático, com notável desenvolvimento cientifico e tecnológico e muita determinação política.

Israel afirma-se pelo seu passado bíblico, de Abrahão a Ben Gurion já lá vão alguns século de existência como nação. Nação que se formou ao longo do tempo com patriarcas,juízes, Reis, destaque-se o rei David, que fixou a capital em Jerusalém.
Sofreu o cativeiro de assírios e babilônios e a dominação romana, bizantina, árabe, dos cruzados, dos otomanos, por fim, esteve sob mandato britânico. Com a volta do povo Judeu a terra de Israel, foi proclamado o Estado, em 1948. Começaram, então, as lutas pela afirmação da independência com guerras e depois com tratados de paz.

O reconhecimento dos direitos históricos do povo judeu, pela ONU, há 60 anos, confirmou a sua tradição de cultura máxima da música, a inclinação para a ciência e a tolerância religiosa pela convivência com diferentes crenças e povos, com os drusos, por exemplo.

A bíblica nação retomou ao seu território e tornou-se um Estado soberano e progressista. país moderno que assegura uma politica de bem-estar social, com infraestrutura de serviços básicos e sobretudo com segurança.


Anda-se livremente de dia e de noite sem receio de assalto, tanto na high tech Cidade de Tel-Aviv como na antiga, bela e harmônica Jerusalém, especialmente no convidativo bairro árabe e no mercado judeu.
Em nenhuma parte me senti temeroso. A modernidade iguala efetivamente os gêneros com as mulheres fazendo o serviço militar e gozando de uma real e visível equiparação.

O pais moderno, ladeado por uma sociedade tradicional, encontra-se em uma encruzilhada de três continentes. Vendo-se o mapa, percebe-se logo a confluência da Europa, Ásia e da África, sim, com a turistica cidade de Eilat no Mar Vermelho.
Com os palestino surgem os desafios para a paz.
Como resolvê-Ias? Há possibilidades e oportunidades de encaminhamentos na Cisjordânia (West Bank). Com a Faixa de Gaza a situação continua muito tensa, Não obstante a segurança, os foguetes lançados a1cancam a cidade de Sderot. Crianças e adultos foram atingidos e mortos pelos Kassams e por outros mísseis. O governo israelense constrói abrigos nos pontos de ônibus, nos colégios, nos edifícios de apartamentos e nas casas.

O Estado de Israel constituiu-se um praticante da democracia desde a declaração de independência. Uma democracia parlamentar tem à frente o Knesset, o parlamento israelense de uma só câmara, com 120 deputados, que retirou nome e número da assembleia convocada por Esdras e Nehemias, no século V A.C.

Orna-lhe o saguão o extraordinário painel do pintor judeu-russo Marc Chagall a uma evocação ao profeta Isaías.
Pela democracia israelense se compreende o respeito e o acatamento às diversas culturas e religiões: árabes muçulmanos; beduínos, que constituem aproximadamente 10% da população muçulmana; árabes cristãos; drusos, comunidade muçulmana separada religiosa e culturalmente,
Em Jerusalém, há inúmeras denominações religiosas, como os judeus messiânicos, armênios, primeiro povo que aceitou o Cristianismo cristãos católicos e outros.

Tudo isso conduz, finalmente, ao singular desempenho cientifico israelense. Desde o começo, houve vontade de transformar a terra árida e infestada de doenças com da pesquisa científica e tecnológica
A investigação agrícola, que remonta do século XIX, é um sucesso com e outras técnicas. A pesquisa e especificamente em saúde alcançou a mais alta qualificação. As atividades de Pesquisa e Desenvolvimento, (P&D) são realizadas pelas sete universidades por institutos, empresas civis e militares, nos setores prioritários das ciências naturais, engenharia, agricultura e medicina, O primeiro chip para computador foi desenvolvido pelo Dr. Dov Frohman, da equipe da InteI, nos anos 70. Israel é líder mundial em fibras óticas e na energia solar.
Os produtos derivados de P&D constituem mais da metade da pauta de exportações industriais.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Ó grande Rá

Maurício Tsan Hu" - o filósofo- séc. 5 era Mei



Howard estava esfuziante. Depois de tantos anos de pesquisa, praticamente uma vida de privações e descrédito, eram agora premiados. A pequena abertura que cedeu aos seus pés indicava que havia uma câmara logo abaixo. Era irônico se deparar com aquilo justo no fim do último dia, depois de dispensados os trabalhadores, enquanto caminhava pela abandonada escavação. Essa era a prova que precisava para conseguir mais verbas do Museu e terminar a pesquisa vitorioso.

Poderia esperar até a manhã seguinte, mas seu espírito de descobridor falou mais alto e resolveu se esgueirar com uma tocha no estreito túnel imediatamente. Deparou-se com uma grande câmara. Não se preocupou com a maldição escrita na parede da entrada, que dizia que qualquer invasor seria severamente castigado, pois como cientista não acreditava nessas coisas. Olhando os hieróglifos talhados na parede, como conhecia o significado da maioria dos símbolos, decifrou com pouca dificuldade a antiga escrita.

Estava maravilhado. Descobriu que a câmara foi construída para abrigar a correspondência entre dois grandes faraós do Egito. A correspondência entre os dois reis estavam em papiros dentro de vasos encostados nas paredes, que seguiam a seqüência exata remetida por eles. Não resistindo à curiosidade, mesmo com o avançado da hora, resolveu que começaria naquele instante a decifrar as maravilhas que continham.

A correspondência de dois grandes nobres! Quanto conhecimento, quantos segredos, quanta informação elas não conteriam? O conhecimento dos seus conteúdos poderia dar mais luz sobre aquela gloriosa e honrada civilização perdida. Abriu relutantemente o primeiro vaso, desenrolando cuidadosamente o papiro sobre suas pernas. Começou a ler o conteúdo, emocionado:

Vaso 1


"Ó grande rei do alto Egito, filho querido e predileto de Rá, abençoado pelos deuses, grande caçador. Que sua casa esteja em paz. Que seus filhos e filhas estejam bem e prósperos. Que seus campos produzam abundância de trigo e seu gado procrie intensamente. Já há muito tempo que nossos reinos estão em trégua, desde a última guerra. Enquanto caminhava no palácio, cheguei à conclusão de que devíamos nos aproximar e unir o Egito, fazendo uma grande Nação. Para isso, eu, o rei do baixo Egito, mando ao colega minha filha predileta, filha de Ámon, para ser sua esposa, bem como cem escravos hititas para lhe servir. Mando também quinhentas cabeças de gado e outros presentes. Estimo que isso selará um acordo duradouro entre nossos reinos. Aguardo uma resposta do grande rei."


Vaso 2


"Ó grande rei do baixo Egito, filho adorado e benvindo de Ámon, abençoado pelos deuses, grande provedor. Que sua casa também esteja em paz. Que seus filhos e filhas estejam bem. Que os campos sejam férteis e as criações abundantes. Recebi os presentes que me mandou, bem como sua bela filha, filha de Ámon. Agradeço. Porém, poderia ter mandado uma que não tivesse mal hálito e fosse mais limpa. Agradeço os cem escravos hititas. Mas acredito que o colega está um pouco confuso, pois os mandou armados e eles devastaram a minha guarda pessoal. Por sorte sobrevivi para receber o gado. Também agradeço, mas não sei o que fazer com quinhentos marrecos selvagens. Bem como cem potes de vinho vazios e duzentas folhas de papiro usadas de um lado. Mas o nobre colega está certo.Temos de unir os nossos reinos. Retorno agora sua gentileza e mando-lhe meu filho,abençoado por Rá, para ser marido de sua filha predileta. Mando-lhe também cem vasos de fino óleo de oliva e cem touros de raça como presente, bem como cem eunucos núbios, para servir a sua casa. Aguardo uma resposta do querido colega."


Vaso 3


"Ó rei do alto Egito, filho querido de Rá. Que esteja bem, assim como seus filhos e filhas. Que as colheitas sejam fartas e o gado gordo e sadio. Agradeço os presentes. Bem como o seu filho, querido de Rá. Mas infelizmente, o mesmo fugiu com o seu cocheiro real antes mesmo de chegar. Devem estar agora na Palestina, felizes. Agradeço os eunucos, mas creio que o nobre amigo esqueceu de castrá-los antes de enviá-los e eles engravidaram as minhas duzentas servas pessoais, que agora ficam sorrindo abobadas pelos cantos do palácio. Obrigado também pelo azeite de oliva, que infelizmente deve ter sido contaminado por água, pois esse é o conteúdo dos vasos. Mas mesmo assim, mando-lhe em retribuição cem quilos do mais fino incenso e cinqüenta cavalos da melhor raça, em nome de nossa futura amizade. Aguardo resposta do amigo."


Vaso 4


"Ó rei do baixo Egito, filho adorado de Ámon. Que esteja bem, assim como sua terra e seu gado. Obrigado pelo incenso. Que acredito, por engano, foi substituído por cem quilos de esterco de porco. Vi os cavalos com os quais me presenteou. Mandei-os imediatamente para o açougue real tentar aproveitar pelo menos os ossos, já que estão mais magros que os marrecos, que faz tempo dei aos cães reais. Seu rebanho de cavalos infelizmente deve estar necessitando de sangue novo. Por isso, devolvo a sua porc, digo,bela filha, filha de Ámon, junto com o instrutor real de como se banhar e escovar os dentes depois das refeições. Aguardo resposta."


Vaso 5


"Ó rei do alto Egito, desilusão de Rá. Que seus filhos e filhas fujam com amantes assírios. Que sua colheita seja pouca e seu gado, magro. Como ousa devolver a minha porc, digo, filha? Se está pensando que vou aceitar isso, está enganado. E fique sabendo que meus cavalos são bem melhores que aqueles touros que me mandou, que por mais que insista em serem uma nova raça, não páram de cacarejar e botar ovos. A propósito, estou devolvendo o seu instrutor, dentro dos seus vasos de azeite. É só juntar os pedaços para a próxima aula, que sem dúvida, você deve estar precisando."


Vaso 6


"Ó rei do baixo Egito, capacho de Ámon. Que sua família se dane, bem como aquela porca. Que colha apenas gilós e seu gado seja reduzido a duas cabras velhas. Deveria ter mandado todos os machos da Núbia para o seu quintal, não apenas cem deles. Aliás, vivo dizendo a eles que aí não tem homem. Gostaria de enfiar-lhe aqueles cem quilos de esterco goela abaixo e aqueles burros em seu traseiro real."


Vaso 7


"Ó grande estúpido, estrume de Rá. Que Rá o encontre de quatro, enquanto procura o amante de sua esposa embaixo da cama. Que colha apenas o que sua mulher, aquela que todos conhecemos, plantou. Fique com seus núbios, que devolvo inteiros. Talvez seus filhos possam aprender alguma coisa com eles. Acredita mesmo que aquele rapaz, afeminado filho de Ámon, teria algum proveito? Acho que ele teve a quem puxar."


Vaso 8


"Ó grande cretino, vaso de urina matinal de Ámon. Que Ámon durma com suas mulheres enquanto você pesca no Nilo. Para mim, agora chega. Isso é guerra. Espere-me com seu exército, que irei até aí mostrar o que penso de você"


Vaso 9


"Ó idiota, escarradeira de Rá. Que Rá o use como lavador de latrina na época das ameixas. Venha com seu exército capenga. Estou esperando."



Haviam muitos outros vasos na seqüência, mas Howard resolveu não abri-los. Cuidadosamente, recolocou-os nos lugares em que os encontrou, repondo com cuidado a poeira de séculos que tinha retirado. Logo após, saiu na ponta dos pés, camuflando de novo e permanentemente a estreita entrada. Realmente, há certos assuntos em que as pessoas não devem se meter, nem os cientistas.


FIM

Vestibular Vermelho?





Grupo aponta tentativa de impor idéias de esquerda em questões de vestibular

por MARCIO ANTONIO CAMPOS


Há poucos meses, a mãe de uma aluna de uma escola do interior paulista reclamou de uma tentativa de doutrinação esquerdista no material didático que sua filha usava. A denúncia iniciou uma discussão sobre uma possível influência de movimentos socialistas na escola. E, segundo uma organização que observa a educação no Brasil, até o vestibular está
ficando “vermelho”. “Há uma contaminação político-ideológica do ambiente acadêmico que afeta o vestibular, já que o professor militante também é examinador militante”, aponta o advogado Miguel Nagib, coordenador do Escola Sem Partido, grupo criado em 2004. A organização prioriza o ensino fundamental e médio, mas recentemente passou a observar também os vestibulares. Até o momento, o grupo não encontrou nenhum caso de viés ideológico em provas no Paraná, mas aponta problemas no Sudeste e no Nordeste.

Nagib resume as características do que considera uma questão com influências ideológicas: “a realidade é resumida ao lado bom de um lado, e o lado mau do outro; do lado bom estão sempre os trabalhadores, os índios, os países do Terceiro Mundo, revolucionários em geral, Che Guevara – ídolo absoluto –, a Revolução Francesa, Cuba, o MST, o socialismo, o humanismo, o Renascimento; do lado mau estão sempre a Idade Média, a Igreja Católica, os Estados Unidos, o capitalismo, a burguesia, os militares”. No entanto, o advogado faz uma ressalva: “o problema não é falar mal – os erros devem ser sempre apontados.

O problema é ignorar e esconder qualquer coisa que os ‘vilões’ tenham feito de bom, e que os ‘mocinhos’ tenham feito de ruim”, diz. A professora Geise Montrezoro, do Bom Jesus, completa: “inverte-se a ‘História dos vencedores’: agora o indígena é bom e o jesuíta é mau. Mas uma História que mostra os vencedores apenas como bandidos não é História de verdade.” Isso não significa, diz Nagib, que todas as questões tenham esse viés, ou distorçam a verdade histórica. “Uma questão ideologizada pode muito bem partir de uma verdade.
Mas os diagnósticos sobre as causas daquela realidade sempre batem com a visão da esquerda”, diz.

Os professores ouvidos pelo Caderno do Estudante/Vestibular se dividem sobre a questão. “Não acredito que haja tentativas de fazer a cabeça do vestibulando”, aponta Osvaldo Siqueira, do Unificado. Para ele, a prova exige conhecimento, e não versões de interpretação. “Se o vestibular usa um texto de um escritor marxista como base de uma questão, não quer dizer que o examinador seja marxista”, aponta. “Uma pessoa de direita pode ver doutrinação em uma questão que apenas denuncie problemas reais”, afirma Arno Böing, professor de Geografia no Expoente, que no
entanto não exclui a hipótese de tentativas de ideologização.

E como ficam as escolas e cursinhos diante de um vestibular tendencioso? “A prova militante aponta o caminho às escolas que querem bons índices de aprovação: ensinar os alunos a pensar como militantes. No país dos concursos, a verdade é o que está no gabarito”, diz Nagib. Mas Geise não considera os professores reféns da ideologia. “Nesses casos, o professor com bom senso ensina o correto – mas avisa o aluno que, para passar no vestibular, terá de escrever outra coisa”, diz.

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Teoria da infiltração

Socialista italiano defendia presença nas escolas para influenciar cultura

por MARCIO ANTONIO CAMPOS

Se é que realmente existe tentativa de doutrinação de esquerda nas escolas e vestibulares, a fonte é, provavelmente, a faculdade, graças a um pensador italiano que pode não estar presente em muitas bibliografias, mas cuja doutrina está sendo muito aplicada: Antonio Gramsci. O cientista político e professor da Universidade de Brasília (UnB) Bráulio Matos explica que Gramsci via a escola como um grande meio de difundir o socialismo. “O ensino, em sua visão, era uma disputa pela hegemonia das idéias”, diz.

“Gramsci concluiu que, em países com sociedade civil muito organizada, seria mais difícil para os comunistas tomar o poder com um golpe; então, o caminho seria uma infiltração permanente na escola, na imprensa e na Igreja, para desmoralizar as tradições burguesas e implodir essas instituições por dentro”, resume Matos. Enquanto o capitalismo
consolidaria seu poder sutilmente, reproduzindo seu modo de pensar por meio do ensino, a contestação deveria ser mais agressiva, mas dentro da escola, criando assim uma contra-hegemonia de inspiração socialista. No Brasil, as idéias de Gramsci inspiraram Paulo Freire e a Teologia da Libertação.

“Na nossa época de estudantes, o marxismo era bem forte na universidade. Ainda hoje há historiadores que se pautam por esse modo de pensar”, conta Osvaldo Siqueira, professor do Unificado e da Tuiuti. Seus colegas confirmam essa constatação. “Nunca presenciei, mas já ouvi comentários sobre alunos mais ricos que acabam pichados pelos próprios colegas”, diz Arno Böing, do Expoente, ressaltando que os socialistas perderam força após o fim dos regimes comunistas do Leste Europeu.

No entanto, hoje o cenário já seria diferente. “Surgiram novas escolas de estudo na História que ganharam terreno e enfraqueceram o viés marxista”, descreve Osvaldo. Geise Montrezoro, do Bom Jesus, explica o fascínio dos intelectuais por uma doutrina que exalta o proletário. “Por algumas décadas, ser de esquerda era contestar o regime militar”, diz.
Osvaldo concorda: “o intelectual tende a ser crítico, e como o governo era de direita, o intelectual buscava se colocar do lado oposto”, completa.

Militância

Sérgio Vicentin, que leciona História no Colégio Marista Paranaense e também dá aulas na Tuiuti, acredita que a militância é vital para o professor – mas tem uma definição diferente da palavra: “o professor militante, para mim, é aquele que assume posições, mas permite o debate. É o oposto do professor apático, que sequer lê jornal e se contenta em apenas cumprir o programa da matéria”, diz. Para Sérgio, assumir posições é diferente de tentar fazer a cabeça do aluno. “Infelizmente ainda existe muito professor tapado, para quem só valem as próprias idéias. Dependendo da idade do aluno, o professor pode ser uma referência mais importante que os pais, e um mestre que queira impor sua
ideologia faz estrago”, afirma. E a ligação com partidos? “Eu sou totalmente contra a militância partidária por parte do professor. Ele deve ser político, mas não partidário. Levar o partido para a educação é um crime”, finaliza.

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As questões “de esquerda”

Confira aqui algumas questões de vestibular consideradas “esquerdistas” pela equipe do Escola Sem Partido, com comentários dos colaboradores do site:

Vestibular de inverno Mackenzie (São Paulo) (2007)

59. “O que é meridianamente claro é que a ditadura deixa uma herança arrasadora. Desorganização, miséria, cinismo político, corrupção institucional, inflação de três dígitos e recessão, uma dívida interna e externa calamitosa e combinada ao controle imperialista, programado por dentro da nossa economia e da nossa política econômica, uma burguesia
desmoralizada pela aventura contra-revolucionária, um Estado minado por doutrinas e práticas autocráticas, um regime de partidos montado para pulverizar as forças sociais ativas na sociedade civil e, especialmente, para fortalecer o sistema como núcleo de militarização do poder político estatal.” (Florestan Fernandes – Eleições diretas e democracia).

O texto acima, do eminente sociólogo brasileiro, aponta traços de uma “herança arrasadora” legada

a) pelos longos anos do Estado oligárquico, dominado pelos cafeicultores de São Paulo e Minas Gerais, entre 1890 e 1930.

b) pela década e meia do governo conduzido autoritariamente por Getúlio Vargas, após o triunfo do movimento político de 1930.

c) pelos governos populistas de Juscelino Kubitschek e João Goulart, entre 1946 e 1964.

d) pelo regime militar, durante o qual se sucederam cinco presidentes generais, entre 1964 e 1985.

e) pelos desastrosos anos dos governos de Fernando Collor e Itamar Franco, de 1990 a 1995.

Gabarito: d)

Comentários: O viés ideológico se manifesta já na escolha do autor: Florestan Fernandes, socialista notório, ícone da esquerda, ex-membro do PT. O texto menciona aspectos negativos do Brasil no fim da ditadura militar, como se antes desta existisse um país de maravilhas que os militares destruíram. Falar de miséria como característica específica do
governo militar é falso, pois a miséria existe há séculos em nosso país e foi justamente o milagre econômico da ditadura militar que mais tirou brasileiros da miséria. Culpar os militares pela disseminação da corrupção é fato que não encontra lastro histórico. Basta lembrar que Jânio Quadros ganhou as eleições presidenciais de 1960 prometendo combater a corrupção. É bom lembrar também que a dívida interna não era um grande problema ao fim dos governos militares e que a dívida externa só se tornou gigantesca em razão das duas crises do petróleo ocorridas nos anos 1970. A ditadura pode e deve ser criticada; mas com objetividade e isenção.

60.

• Desregulamentação do mercado nacional
• Ampla política de privatização das empresas estatais
• Manutenção de altas taxas de juros para atração do capital estrangeiro
• Corte de gastos governamentais destinados a serviços e programas sociais
• Flexibilização da legislação trabalhista

As medidas relacionadas acima se destacaram entre as mais importantes da política econômica posta em prática ao longo dos oito anos do governo FHC (1995-2002). Há certo consenso segundo o qual elas permitem caracterizar essa política como sendo

a) nacional-desenvolvimentista.
b) comunista.
c) neoliberal.
d) keynesiana.
e) socialista.

Gabarito: c)

Comentários: O candidato que assistiu a pelo menos uma aula de História ou Geografia nos três anos do ensino médio ou no cursinho aprendeu, para nunca mais esquecer, que “o governo FHC foi neoliberal”. Mas no governo FHC não houve “desregulamentação do mercado nacional” – ao contrário, foram criadas as agências reguladoras; não houve corte de gastos destinados a programas sociais – ao contrário, os gastos foram ampliados; não houve elevação de taxas de juros para “atrair capital estrangeiro”, mas para conter a inflação e financiar o déficit público; e não houve qualquer flexibilização da legislação trabalhista. Exceto pelas privatizações, o governo FHC jamais poderia ser considerado
neoliberal.

Universidade Federal de Pernambuco (2007) – Ingresso Extravestibular para o curso de Filosofia

22. Aponte os exemplos de homens éticos com visão filosófica engajada (para além da hipocrisia):

a) Bush, Olavo de Carvalho, Editora Abril, Inocêncio de Oliveira e Roberto Marinho.
b) Dalai Lama, Gandhi, Marina da Silva, Frei Beto e Dom Helder.
c) FHC, Marco Maciel, ACM, Ratinho e Reginaldo Rossi.
d) Leonardo Boff, Irmã Dulce, Ariano Suassuna, Betinho e Zilda Arns.
e) Dalai Lama, Gandhi, ACM, Frei Beto e Leonardo Boff.

Gabarito: não foi informado pela universidade

Comentários: Nessa questão o examinador perdeu completamente o pudor e sequer tentou maquiar o viés ideológico da prova. O intuito é tão descarado que uma das alternativas contém uma empresa, a Editora Abril. Para o examinador, quem não é de esquerda não pode ser ético. Note-se, também, a má-fé em tentar nivelar pessoas que não têm praticamente nada em comum, como Olavo de Carvalho e Inocêncio de Oliveira.

Veja mais questões em www.escolasempartido.org.br, clicando “Vestibular” no menu da esquerda.

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O QUE DIZEM AS UNIVERSIDADES

A Comissão do Processo Seletivo da Universidade Mackenzie enviou a seguinte nota: “A banca esclareceu que as referidas questões foram formuladas com base em várias fontes, e em todas elas, o conteúdo é condizente com as questões citadas. Lembra ainda que não houve nenhum questionamento por parte das bancas dos principais cursinhos, o que endossa as informações contidas nas mesmas”.

A pró-reitora de Assuntos Acadêmicos da UFPE, professora Lícia Maia, diz que é possível analisar eventuais equívocos nas questões. “Embora neste caso houvesse conceitos subentendidos que poderiam ter sido melhor explicitados, não recebemos nenhum recurso contra essa questão, enquanto nesta mesma prova tivemos outras questões anuladas”, afirma.


Deixa essa conversa pra lá e assista o filme:

O currículo de sociologia para o ensino médio no Rio de Janeiro


Simon Schwartzman (NÃO! Com toda certeza não é o cara da foto!)


Acabo de ver a lamentavel proposta curricular para o programa de sociologia para o nível médio do Rio de Janeiro. É um conjunto desastroso de idéias gerais, palavras de ordem e ideologias mal disfarçadas que confirmam as piores apreensões dos que, como eu, sempre temeram esta inclusão obrigatória da sociologia no curriculo escolar.
É difícil saber por onde começar a crítica.
Faltam coisas essenciais como familia e parentesco, educação, socialização, estratificação social, mobilidade, criminalidade, religião, burocracias, modernidade, opinião pública, instituições. Na parte de “sociedade democrática”, nao há nada sobre instituições políticas, sistemas políticos comparados, participação politica, sistemas eleitorais, partidos políticos, populismo, fascismo. Nao há nada mais conceitual sobre teoria sociológica, suas correntes, etc. Nao há sequer algo sobre direitos civis, sociais e humanos.

Por outro lado, sobram bobagens como “compreender e valorizar as diferentes manifestações culturais de etnias, raças (negra, indígena, branca) e segmentos sociais, agindo de modo a preservar o direito à diversidade, enquanto princípio estético (sic) que pode incentivar a tolerância, mas que em alguns casos pode gerar conflitos”, ou “compreender que a dominação européia expressa pelo colonialismo e pelo imperialismo é a causa fundamental das desigualdades sociais” ou ainda “construir a identidade social e política atuante e dinâmica para a constante luta pelo exercício da cidadania plena”, e trivialidades como “perceber a importância do trabalho para a sociedade”. Quem quiser ver o texto completo da proposta pode baixá-la da Internet aquihttp://www.schwartzman.org.br/simon/see_soc.pdf.

A sociologia, quando bem dada, mostra para as pessoas que existem muitas maneiras diferentes de entender o mundo. Este programa visa o contrário, ou seja, inculcar nos jovens uma visão de mundo particular e empobrecida.
Temo que os programas que estão sendo feitos para outros estados poderão parecidos, ou piores. Penso que a Sociedade Brasileira de Sociologia, ou os sociólogos mais ativos que a compõem, deveriam tomar uma posição pública sobre isto, inclusive sugerindo um programa minimo mais razoável. Não seria difícil, existem muitos bons exemplos na internet, inclusive o sumário da Wikipedia em português, que podem servir de referência.

Deus Sempre Responde à Oração?

Deus Sempre Responde à Oração?

A.W.Tozer

Contrariamente à opinião popular, o cultivo de uma psicologia da crença acrítica não é um bem incondicional e se levado longe demais, pode tornar-se positivamente um mal: O mundo inteiro caiu estupidamente nas arapucas do diabo, e a arapuca mais mortal é a religiosa. O erro nunca parece tão inocente como quando se acha no santuário.

Um campo em que armadilhas aparentemente inofensivas mas de fato mortais, aparecem em grande profusão é o da oração. As doces noções sobre oração existentes são tantas que não caberiam num volumoso livro, todas elas erradas e sumamente prejudiciais às almas dos homens.

Penso agora numa dessas falsas noções que se acha muitas vezes em locais aprazíveis, em sorridente consórcio com outras noções de inquestionável ortodoxia. É a de que Deus sempre responde à oração.

"Assim, quando uma oração não é respondida, ele só tem de sorrir vivamente e explicar: 'Deus disse Não'."
Este erro aparece entre os santos como uma espécie de terapia filosófica para todos os fins, para impedir que algum cristão decepcionado sofra um choque forte demais quando se evidencia que as suas expectativas, calcadas na oração, não se estão cumprindo. Dá-se a explicação de que Deus sempre responde à oração, seja dizendo Sim, seja dizendo Não, ou substituindo o favor desejado por alguma outra coisa.

Ora, seria difícil inventar um artifício mais bonito que esse para salvar a situação do suplicante cujos pedidos foram negados por sua desobediência. Assim, quando uma oração não é respondida, ele só tem de sorrir vivamente e explicar: "Deus disse Não". Isso tudo é muito cômodo. Sua hesitante fé é salva de confusão e permite que sua consciência minta tranqüilamente. Mas eu pergunto se isso é honesto.

Para receber-se resposta à oração, como a Bíblia emprega o termo e como historicamente os cristãos o têm entendido, dois elementos precisam estar presentes: (1) Um claro pedido feito a Deus, de um favor específico. (2) Uma clara concessão desse favor, feita por Deus, em resposta ao pedido. É preciso que não haja nenhum desvio semântico, nenhuma troca de rótulos, nenhuma alteração do mapa durante a viagem empreendida para ajudar o embaraçado turista a encontrar-se a si mesmo.

Quando nós dirigimos a Deus a petição de que Ele modifique a situação em que nos achamos, isto é, de que Ele responda a oração, precisamos preencher duas condições: (1) Devemos orar segundo a vontade de Deus e (2) devemos estar naquilo que os cristãos à moda antiga muitas vezes chamam de "território da oração"; isto é, devemos estar vivendo de modo agradável a Deus.

É vão pedir a Deus que aja de maneira contrária aos Seus propósitos revelados. Para orar com confiança, o peticionário deve assegurar-se de que a súplica se enquadra na livre vontade de Deus quanto ao Seu povo.

"...devemos estar naquilo que os cristãos à moda antiga muitas vezes chamam de 'território da oração';"
A segunda condição também é de vital importância. Deus não se pôs na obrigação de acatar pedidos de cristãos mundanos, carnais ou desobedientes. Ele só ouve e responde às orações dos que andam em Suas veredas. "Amados, se o coração não nos acusar, temos confiança diante de Deus; e aquilo que pedimos, dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos, e fazemos diante dele o que lhe é agradável... Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito" (1 João 3:21, 22; João 15:7).

Deus deseja que oremos e deseja responder às nossas orações, mas Ele faz o nosso uso da oração como privilégio, fundir-se com o Seu uso da oração como disciplina. Para recebermos respostas à oração precisamos cumprir os termos de Deus. Se negligenciarmos os Seus mandamentos, as nossas _petições não serão levadas em consideração. Ele somente alterará situações à solicitação de almas obedientes e humildes. O sofisma, Deus-sempre-responde-às-orações, deixa sem disciplina o homem que ora. Pelo exercício desta peça de lisonjeiro casuísmo, ele ignora a necessidade de viver sóbria, justa e piedosamente neste mundo, e de fato entende a peremptória recusa de Deus a responder sua oração como sendo a própria resposta. É natural que tal homem não cresça em santidade; que nunca aprenda a lutar e a esperar; que nunca saiba o que é ser corrigido; que nunca ouça a voz de Deus, convocando-o para ir avante; que nunca chegue ao ponto em que estaria moral e espiritualmente apto para ter respondidas as suas orações. Sua filosofia errônea o arruinou.

Por isso exponho a má teologia em que se firma a sua má filosofia. O homem que a aceita nunca sabe onde está; nunca sabe se tem a verdadeira fé ou não, pois, se o seu pedido não é atendido, ele evita a conclusão certa com o artifício de declarar que Deus fez girar a coisa toda e lhe deu outra coisa. Ele não se sujeitará a atirar num alvo, de modo que não se sabe se é bom ou mau atirador.

"Por isso exponho a má teologia em que se firma a sua má filosofia."

De certas pessoas Tiago diz claramente: "... pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres." Dessa breve sentença podemos aprender que Deus rechaça alguns pedidos porque aqueles que os fazem não são moralmente dignos de receber a resposta. Mas isto nada significa para aquele que foi seduzido pela crença em que Deus sempre responde à oração. Quando um homem desses pede e não recebe, faz um passe de mágica e identifica a resposta com alguma outra coisa. A uma coisa ele se apega com grande tenacidade: Deus nunca manda ninguém embora, mas invariavelmente atende todos os pedidos.

A verdade é que Deus sempre responde à oração que se harmoniza com a Sua vontade revelada nas Escrituras, contanto que aquele que ora seja obediente e confiante. Além disto não nos atrevemos a ir.

Fonte: Homem: Habitação de Deus - A. W. Tozer - Editora Mundo Cristão - p. 70 a 72.

BIG BROTHER BRASIL - Resposta do artista popular ao Sr. Pedro Bial, um artista não tão popular e não tão inocente.


BBB Carta ao Bial Bestial




BIG BROTHER BRASIL



Autor: Antonio Barreto,

Cordelista natural de Santa Bárbara-BA, residente em Salvador.

Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que
você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.

Há muito
tempo não
vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai
por certo
atrofiar
A mente do brasileiro.

Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da
Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão
Lá está toda a
família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta
enorme
‘armadilha’.



Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de
heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.

O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros
heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.

Muitos já se sentem
mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua
palavra é bala
A ferir o nosso brio.

Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.

Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.

Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.


Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.

A moral e a inteligência
Não
são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que
louvadas.

Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê
realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.

Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão
querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.

Isso é um
desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.

É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.

Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.

A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.

E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando
essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.

E quando chegar ao fim
Desse Big Brother
vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do
nosso querido
Brasil.

E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações
diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.

A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando
muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.

Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.

Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?

Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse
equívoco
Reaja à força do mal…
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal…

FIM

Salvador, 16 de janeiro de 2010.

O desejo de conhecer



OLAVO DE CARVALHO | 10 JANEIRO 2011

Precisei viajar um bocado pelo mundo para me dar conta de que Aristóteles se referia à natureza humana em geral e não à cabeça dos brasileiros.

É natural no ser humano o desejo de conhecer. Quando li pela primeira vez esta sentença inicial da Metafísica de Aristóteles, mais de quarenta anos atrás, ela me pareceu um grosso exagero. Afinal, por toda parte onde olhasse - na escola, em família, nas ruas, em clubes ou igrejas - eu me via cercado de pessoas que não queriam conhecer coisíssima nenhuma, que estavam perfeitamente satisfeitas com suas ideias toscas sobre todos os assuntos, e que julgavam mesmo um acinte a mera sugestão de que, se soubessem um pouco mais a respeito, suas opiniões seriam melhores.

Precisei viajar um bocado pelo mundo para me dar conta de que Aristóteles se referia à natureza humana em geral e não à cabeça dos brasileiros. De fato, o traço mais conspícuo da mente dos nossos compatriotas era o desprezo soberano pelo conhecimento, acompanhado de um neurótico temor reverencial aos seus símbolos exteriores: diplomas, cargos, espaço na mídia.

Observava-se essa característica em todas as classes sociais, e até mais pronunciada nas ricas e prósperas. Qualquer ignorante que houvesse recebido em herança do pai uma fábrica, uma empresa de mídia, um bloco de ações da Bolsa de Valores, julgava-se por isso um Albert Einstein misto de Moisés e Lao-Tsé, nascido pronto e habilitado instantaneamente a pontificar sobre todas as questões humanas e divinas sem a menor necessidade de estudo.

Se houvesse lido alguma coisa no último número da Time ou do Economist, então, ninguém segurava o bicho: suas certezas erguiam-se até às nuvens, imóveis e sólidas como estátuas de bronze - sempre acompanhadas, é claro, das advertências céticas de praxe quanto às certezas em geral, sem que a criatura notasse nisso a menor contradição. Caso faltassem os semanários estrangeiros, um editorial da Folha de S. Paulo já supria a lacuna, fundamentando verdades inabaláveis que somente um pedante viciado em estudos ousaria contestar.

Dessas mentes brilhantes aprendi lições inesquecíveis: o comunismo acabou, esquerda e direita não existem, Lula é um neoliberal, a Amazônia é o pulmão do mundo, o Brasil é um modelo de democracia, a Revolução Francesa instaurou o reino da liberdade, a Inquisição queimou cem milhões de hereges, as armas são a causa eficiente dos crimes, o aquecimento global é um fato indiscutível, os cigarros matam pessoas a distância, o narcotráfico é produzido pela falta de dinheiro, as baleias são hienas evoluídas e o Foro de São Paulo é um clube de velhinhos sem poder nenhum.


Se continuasse a dar-lhes ouvidos, hoje eu seria reitor da Escola Superior de Guerra ou talvez um senador da República.

Entretanto, longe do Brasil, encontrei enfermeirinhas, caixeiros de loja e operários da construção civil que, ao saber-me autor de livros de filosofia, arregalavam os dois olhos de curiosidade, me crivavam de perguntas e me ouviam com a atenção devota que se daria a um profeta vindo dos céus.

Por incrível que pareça, interesse e humildade similares observei entre potentados da indústria e das finanças, figurões da mídia e da política.
Até mesmo professores universitários - uma raça que no Brasil é imune a tentações cognitivas - demonstravam querer aprender alguma coisa.

Aristóteles tinha razão: o desejo de conhecer é inato. O Brasil é que havia falhado em desenvolver nos seus filhos a consciência da natureza humana, preferindo substituí-la por um arremedo grotesco de sabedoria infusa.
fim.

Opinião pessoal: O conhecimento nos torna mais solitários

Stiff upper lip - AC DC

Esta é a minha maldição...Quando muito peço a Deus pra só permanecer com a boca fechada...

Mas nasci assim, fazer o quê.

RAINHA VERMELHA -Visitem o Blog





Um dos blogs científicos mais legais que ví. Aproveitem bem os assuntos: http://scienceblogs.com.br/rainha/

e fiquem atentos!

Por que Rainha Vermelha?
Rainha Vermelha é o nome de uma teoria evolutiva proposta em 1973 por Leigh Van Valen para explicar situações na natureza onde duas espécies em competição evoluem de maneira que a competição se mantém estável. O nome da teoria vem da frase do livro Alice através do espelho de Lewis Carrol: “aqui neste país Alice, você precisa correr o máximo que puder para permanecer no lugar…” - tradução livre. Essa é uma das possíveis explicações para a reprodução sexuada como forma de aumentar a diversidade genética e dificultar a ação de parasitas, e das diferenças entre os sexos masculino e feminino, devido à competição pelas proporções sexuais na geração seguinte.

Amizades complicadas... Mas fazer o quê?

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Amigo é fogo...




Este vídeo me traz recordações legais.
Um dia, certo amigo meu precisou recolocar seu lindo animalzinho no recinto novo.

Seu animalzinho era uma Python reticulatus(aliás eu tive que manejar duas retics e uma sebae), mas não muito afeitas ao manejo...

O problema é que ele precisou de mim e eu estava muuito gripado.

Mas tive que "ajudar" mas terminei sozinho...

E os caras estavam lá pra me sacanear...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

MAIS ARTIGOS DE PESCA!



É O QUE CLAMA A MULTIDÃO!

Chega de coisa cabeça! Vou variar, pois certas coisas valem a pena compartilhar também.

Já assino a revista Ecoaventura desde o primeiro número e não me decepcionei, pois tem material de água salgada quase sempre, graças ao Beto Véras e sua equipe, que sempre me interpelam pra saber se tá legal.
É. O pessoal se preocupa com o que está vendendo sim. Raro de se ver, mas até sugestão de foto de bicho eu já dei e fui atendido.

Além de tudo, o DVD de pesca - quando vem com água salgada, claro, (hehehe) arrebenta.

O último(só conto os de água salgada, claro), com Madagascar foi sensacional!!!!!!

Abaixo o conteúdo da edição de janeiro:



Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil




DÁ PRA LER EM DOIS DIAS! NUNCA RÍ TANTO LENDO UM LIVRO DE HISTÓRIA!



LEANDRO NARLOCH | 22 DEZEMBRO 2009



Os intelectuais de esquerda que escrevem a história brasileira têm mais um livro para se incomodar: o Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, do jornalista Leandro Narloch.

Lancei recentemente pela editora Leya o livro Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, uma reunião informações esquecidas e episódios irritantes e desagradáveis a quem se considera vítimas de "grandes potências", "exploradores" e "imperialistas". Deixo para os leitores do MSM alguns exemplos.

Zumbi tinha escravos
Nos anos 70, os historiadores marxistas projetaram no Quilombo de Palmares tudo o que imaginavam de sagrado para uma sociedade comunista: igualdade, relações de trabalho pacíficas e comida para todos. Sabe-se hoje que o quilombo do século 17 estava mais para um reino africano daquela época que para uma sociedade de moldes que surgiram mais de um século depois. Zumbi provavelmente descendia de imbangalas, os "senhores da guerra" da África Centro-Ocidental. Guerreiros temidos, eles habitavam vilarejos fortificados, de onde partiam para saques e sequestros dos camponeses de regiões próximas. Durante o ataque a comunidades vizinhas, recrutavam garotos, que depois transformariam em guerreiros, e adultos para trocar por ferramentas e armas. Esse modo de vida é bem parecido ao descrito por quem conheceu o Quilombo dos Palmares. "Quando alguns negros fugiam, mandava-lhes crioulos no encalço e uma vez pegados, eram mortos, de sorte que entre eles reinava o temor", afirma o capitão holandês João Blaer.

Décio Freitas inventou dados sobre Zumbi

Os historiadores marxistas que engrandeceram Zumbi tinham um problema: não há sequer um documento dando detalhes da personalidade ou da biografia do líder negro. Para resolver esse obstáculo, Décio Freitas mentiu sem culpa. No livro Palmares: A Guerra dos Escravos, Décio afirma ter encontrado cartas mostrando que o herói cresceu num convento de Alagoas, onde recebeu o nome de Francisco e aprendeu a falar latim e português. Aos 15 anos, atendendo ao chamado do seu povo, teria partido para o quilombo. As cartas sobre a infância de Zumbi teriam sido enviadas pelo padre Antônio Melo, da vila alagoana de Porto Calvo, para um padre de Portugal, onde Décio as teria encontrado. Ele nunca mostrou as mensagens para os historiadores que insistiram em ver o material. A mesma suspeita recai sobre outro livro seu, O Maior Crime da Terra. O historiador gaúcho Claudio Pereira Elmir procurou por cinco anos algum vestígio dos registros policiais que Décio cita. Não encontrou nenhum.

Quem mais matou índios foram os índios

Nas bandeiras ao interior do Brasil, geralmente apontadas como a maior causa de morte da população indígena depois das epidemias, havia no mínimo duas vezes mais índios - normalmente dez vezes mais. Sobre a mais mortífera delas, a que o bandeirante Raposo Tavares empreendeu até as aldeias jesuíticas de Guaíra, os relatos apontam para uma bandeira formada por 900 paulistas e 2 mil índios tupis. "No entanto, nestas versões, o total de paulistas parece exagerado, uma vez que é possível identificar apenas 119 participantes em outras fontes", escreveu o historiador John Manuel Monteiro no livro Negros da Terra. Cogita-se até que o modelo militar das bandeiras seja resultado mais da influência indígena que europeia. "É difícil evitar a impressão, por exemplo, de que as bandeiras representavam uma predileção tupi por aventuras militares", afirma o historiador Warren Dean.

Os portugueses ensinaram os índios a preservar a floresta

Apesar de muitos líderes indígenas de hoje afirmarem que o "homem branco" destruiu a floresta enquanto eles tentavam protegê-la, esse discurso politicamente correto não nasceu com eles. Nasceu com os europeus logo nas primeiras décadas após a conquista. Os portugueses criaram leis ambientais para o território brasileiro já no século 16. As ordenações do rei Manuel I (1469-1521) proibiam o corte de árvores frutíferas em Portugal e em todas as colônias. No Brasil, essa lei protegeu centenas de espécies nativas. Em 1605, o Regimento do Pau-Brasil estabeleceu punições para os madeireiros que derrubassem mais árvores do que o previsto na licença. Conforme a quantidade de madeira cortada ilegalmente, o explorador poderia ser condenado à pena de morte.

João Goulart favorecia empreiteiras

A informação vem do próprio Samuel Wainer, no livro Minha Razão de Viver. De acordo com o jornalista, então diretor do Última Hora e um dos principais aliados do presidente, o esquema da época era aquele famoso tipo de corrupção que hoje motiva escândalos. "Quando se anunciava alguma obra pública, o que valia não era a concorrência - todas as concorrências vinham com cartas marcadas, funcionavam como mera fachada", escreveu Wainer. O que tinha valor era a combinação feita entre homens do governo e das empresas por trás das cortinas. "Naturalmente, as empresas beneficiadas retribuíam com generosas doações, sempre clandestinas, à boa vontade do governo."

Os guerrilheiros comunistas não lutavam por liberdade

De dezoito estatutos e documentos escritos por organizações de luta armada nos anos 1960 e 1970, catorze descrevem o objetivo de criar um sistema de partido único e erguer uma ditadura similar aos regimes comunistas que existiam na China e em Cuba. A Ação Popular, por exemplo, defendia com todas as letras "substituir a ditadura da burguesia pela ditadura do proletariado".



Leandro Narloch é jornalista.