Quem é Achille Lollo? Pergunte ao PSOL
Bruno Pontes
Enquanto as vítimas do “escritor” na Itália sofrem, nossa esquerda festiva acolheu Cesare Battisti com todas as honras destinadas a um assassino a serviço da causa.
Em abril de 2007, quando Battisti estava preso nas dependências da Polícia Federal em Brasília*, uma comitiva de parlamentares foi prestar solidariedade ao “escritor” que matou quatro pessoas entre um livro e outro. Estiveram lá a ex-prefeita de Fortaleza Maria Luiza Fontenele, Fernando Gabeira, o deputado federal petista Luiz Couto, o comunista Evandro Milhomen e dois expoentes do PSOL: o deputado federal Chico Alencar e o senador José Nery, que estava um dia desses na tribuna lambendo as botas de Fidel Castro.
O que pouca gente sabe é que um dos fundadores do PSOL, o também italiano Achille Lollo (não sei como o partido o chama, talvez seja mais um “escritor” ou “intelectual” da turma), também matou pela causa, e matou crianças.
Em 1973, Lollo e dois colegas da organização Poder Operário derramaram gasolina por baixo da porta do apartamento onde morava Mario Mattei, um gari de 48 anos, a esposa e seis filhos. Mattei era secretário de um partido neofascista, o Movimento Social Italiano. Ele ficou encurralado pelas chamas e se jogou pela janela. A esposa conseguiu pegar os filhos pequenos de 9 e 4 anos e os levou para o andar de cima, onde foram socorridos pelos bombeiros. Outras duas filhas de 19 e 15 anos escaparam descendo de um balcão. Os últimos dois filhos ficaram presos no quarto. Morreram abraçados e carbonizados. Veja fotos digitando “Rogo di Primavalle” (incêndio de Primavelle) no Google Imagens.
Em 2006, estudantes de comunicação da Universidade de Brasília aproveitaram a passagem de Heloísa Helena, que foi lá pedir voto, e lhe perguntaram o seguinte: “a senhora e seus companheiros de partido têm sido criticados por serem colegas de Achille Lollo, que foi condenado por assassinato na Itália. Até onde é possível separar a vida pessoal da militância política de cada um, na opinião da senhora ?” Heloísa Helena não respondeu e ainda acusou os estudantes de chantagem. Claro!
Os militantes do PSOL estão entre os mais exaltados críticos da reação israelense contra o Hamas. Nos últimos dias, eles gritaram todo tipo de impropério contra os israelenses, incluindo a já tradicional acusação de genocídio. Esses socialistas libertários (uma contradição risível) estão mesmo muito preocupados com as criancinhas, não? Pois vamos perguntar a eles o que acham de Achille Lollo, o companheiro que ajudou a fundar o partido da galera mais bacana e consciente do Brasil. Tocar fogo nos filhos dos adversários políticos faz parte da luta? Eles não responderão, obviamente.
* Ele ainda está lá, aguardando a decisão do STF.
Fonte: Blog Bruno Pontes
Divulgação: www.juliosevero.com
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