E demais profissionais das ciências
biológicas, sem dúvida.
Quando digo que vivemos num país em que o
analfabetismo/analfabetismo funcional grassa há mais de 30 anos, não me refiro
aos miseráveis sitos em pontos distantes dos centros urbanos. Não lhes nego a existência.
O que lhes nego é este título, pois para que pudessem tê-lo, seria mister que
passassem por bancos escolares de verdade.
Mas não me refiro apenas aos que tiveram
esta oportunidade e vivem próximos às capitais e atingiram o patamar de
"escolarizados". Estes, infelizmente não receberam o necessário para
uma contribuição efetiva ao país.
Quando me refiro ao analfabeto, àquele que
não teve educação formal e educação no aspecto cultural, estou me referindo a
mim e a você, querido doutor que, assim como eu, foi iludido nas cátedras da
faculdade sobre o quanto de conhecimento obteríamos ao adentrarmos pelos
portões da educação superior.
Não quero me alongar, mas preciso te dizer
que nós não sabemos tudo. Aliás, não sabemos quase nada.
E não é porque não sabemos simplesmente,
mas porque não queremos ver. Fomos “criados” com o falso sentimento de auto-suficiência.
Talvez seja difícil o que vou te dizer,
mas nós não somos grande coisa.
E os fatos refletem isso.
Estranho, mas acabei de te dizer que,
aparentemente, quando você sai de sua área, suas habilidades cognitivas parecem
se perder.
Não é difícil para uma casta que não sabe
a diferença entre “ars servilis” e “ars liberalis” que não entendam muitas
coisas. Exatamente, vocês não tiveram o básico, portanto partiram de um
pressuposto falso, que engessa sua capacidade de enxergar as coisas. Lembra de Platão, na caverna?
Não vou me alongar.
Vocês (e quando digo vocês, me incluo nessa) não são necessários neste mundo. O
mundo pode viver sem aquilo que vocês oferecem, mesmo que sofrendo e morrendo.
Aquilo que vocês oferecem é bom e é útil, mas não é necessário.
Vocês sabem quem realmente sente orgulho
pelo seu título de doutor?
Apenas a sua mãe, que muitas vezes, mesmo
sem entender o significado desta “comenda” sente que seu esforço foi meritório.
Mais ninguém. Seus amigos o admiram pelo que você é, seu inimigos lhe invejam
pelas outras coisas também, portanto, mesmo que eu abra exceções à minha
observação, mantenho-a incólume.
Entenda, você é ÚTIL, não é querido pelas
instituições que lhe apóiam.
Se fosse possível a estas instituições e,
principalmente ao governo que o subsidia para que haja produção científica e,
posteriormente a facilitação do bem estar humano, você seria imediatamente
descartado, pois custas caro e causas polêmica.
Muito mais úteis que vocês são os
analfabetos felizes que vivem e morrem sem um décimo de conhecimento e noção do
mundo que os cerca (e diga-se, vocês não possuem esta noção em grande
quantidade ou grau maior que o deles), mas que numericamente fazem total diferença. Vocês são
poucos. E são um mal necessário, apenas.
Então, acreditem, creiam que, entre um cientista
renomado e um manifestante armado com um molotov, pronto para destruir e matar,
o seu governo, o governo que te subsidia, o governo que o “apóia”, este mesmo governo,
NÃO VAI ESCOLHER VOCÊ, PORQUE ELE NÃO VAI MESMO.
Os fatos falam por si. Basta nos utilizarmos
da mesma observação cartesiana que utilizamos para levar o nosso ofício. ALGUÉM INVADIU, ALGUÉM DEPREDOU, ALGUÉM ROUBOU. AGORA ALGUÉM APARECE NA ENTREVISTA DA TELEVISÃO.
Lembrando: ALGUÉM VOLTOU, AMARROU A SEGURANÇA, AMEAÇOU DE QUEIMAR PESSOAS, ROUBOU DE NOVO, TOCOU FOGO NOS CARROS E NADA FOI FEITO.
Lembrando: ALGUÉM VOLTOU, AMARROU A SEGURANÇA, AMEAÇOU DE QUEIMAR PESSOAS, ROUBOU DE NOVO, TOCOU FOGO NOS CARROS E NADA FOI FEITO.
A defesa de sua integridade, a defesa de
sua vida, a proteção de sua família nunca esteve tanto nas suas mãos quanto
hoje.
Diante dos fatos acima expostos, você pode
refutar com um argumento aceitável ou aceitá-los.
Mas se aceitá-los, cabe apenas a você a
tomada de posição.
Cecal a origem do mal para os animais eles criam e distribuem animais para laboratórios e faculdades de todo Brasil. Estas espécies criadas no CECAL são provenientes de resgates para construção de usinas hidrelétricas na região amazônica, no ano de 1987.Curtir · · Compartilhar
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