Em 4 de julho,
lembre-se: Americanos não são franceses
(Ann Coulter
contrasta a natureza de duas revoluções do século XVIII)
Ann Coulter
Hoje em dia é moda equiparar as
revoluções francesa e americana, mas elas não têm absolutamente nada em comum
além da palavra “revolução”. A Revolução Americana foi um movimento baseado em
ideias, meticulosamente debatido por homens sérios no processo de criar o que
se tornaria a nação mais livre e mais próspera na história do mundo.
A Revolução Francesa foi uma
revolta da plebe. Ela foi a primogênita dos horrores da Revolução Bolchevique,
do Partido Nazista de Hitler, da Revolução Cultural de Mao, do massacre de Pol
Pot e do periódico levante de massas nos EUA, desde a Rebelião de Shay até os
atuais vagabundos da turma do “Occupy Wall Street”.
A Revolução Francesa é a antítese
ímpia da fundação dos EUA.
Uma diferença muito importante é
que os americanos de fato conquistaram a liberdade e mais direitos individuais
com a sua revolução, criando uma república. A Revolução Francesa consistiu em
uma brutalidade inútil e bestial, seguida da ditadura de Napoleão, seguida por
outra monarquia, para finalmente, 80 anos depois, chegar a algo que se parecia
com uma atual república.
Dizem que ambas as revoluções
vieram das ideias dos pensadores iluministas, a Revolução Francesa informada
pelos escritos de Jean-Jacques Rousseau e a Revolução Americana influenciada
pelos de John Locke. Isso é como dizer que tanto Reagan quanto Obama extraíram
suas ideias de economistas do século XX: Reagan dos escritos de Milton Friedman
e Obama dos de Paul Krugman.
Locke estava preocupado com os direitos de propriedade privada. Sua
ideia era a de que o governo deveria permitir que os homens protegessem sua
propriedade em tribunais de justiça, em vez de cada homem ser seu próprio juiz
e sua própria força policial. Rousseau via o governo como o receptáculo para
implantar a “vontade geral” e criar homens mais morais. Por meio do poder
incontrolado do Estado, o governo iria “forçar os homens a serem livres”.
O historiador Roger Hancock
resumiu as teorias dos revolucionários franceses dizendo que eles não tinham
respeito pela humanidade ”exceto aquilo que eles propuseram criar. Para
libertar a humanidade da tradição, os revolucionários estavam prontos para
transformá-la completamente em produto da nova sociedade, reconstruí-la toda
para satisfazer os desejos da vontade geral”.
Ao contrário das afirmações
medíocres dos esquerdistas, que desejam de coração que os fundadores dos EUA
tivessem sido mais como os camponeses iníquos da França, que saltavam alegremente
com cabeças humanas em espetos, os fundadores dos EUA eram tementes a Deus,
descendentes dos puritanos e de outros colonos cristãos.
Como escreve Steven Waldman no
seu livro decisivo sobre o assunto, “Founding Faith” (”Fé Fundadora”), a
Revolução Americana foi “intensamente moldada pelo Grande Despertamento”, um
reavivamento evangélico nas colônias no início do século XVIII, liderado, entre
outros, pelo famoso teólogo puritano Jonathan Edwards. Aaron Burr, o terceiro
vice-presidente dos Estados Unidos, era neto de Edwards.
Existem livros de sermões
cristãos que incentivavam a Revolução Americana. Aliás, foi a própria
irreligiosidade da Revolução Francesa que mais tarde iria atemorizar tanto
americanos quanto britânicos, antes mesmo que o derramamento de sangue
começasse.
Os americanos celebram o 4 de
julho, data em que a nossa solicitação por escrito pela independência da
Inglaterra com base no “Deus da natureza” foi lançada ao mundo.
Os franceses comemoram a Festa da
Federação Nacional, homenagem ao dia em que mil parisienses armados atacaram a
Bastilha, assassinaram brutalmente seis guardas, desfiguraram seus corpos e
colocaram suas cabeças em espetos, tudo isso para capturar armas e pólvora para
mais tumultos do tipo. Seria como se os EUA tivessem um feriado nacional para
comemorar os distúrbios em Los Angeles em 1992.
Entre as citações mais famosas da
Revolução Americana está a de Patrick Henry: “Dê-me liberdade ou dê-me a morte!”.
Entre os slogans mais famosos da Revolução Francesa está o
de Jacobin Club, "Fraternidade ou
morte”, remodelado por Nicolas-Sebastien de Chamfort, um satírico da
revolução, como “Seja meu irmão ou te mato”.
O símbolo revolucionário
americano é o Sino da Liberdade, tocado pela primeira vez para anunciar o novo
Congresso Continental, logo após as batalhas de Lexington e Concord, e tocou
pela segunda vez para convocar os cidadãos da Filadélfia para uma leitura
pública da recém-adotada Declaração da Independência.
O símbolo da Revolução
Francesa é a “Lâmina Nacional”: a guilhotina.
Dos 56 signatários da Declaração
da Independência, todos morreram de causas naturais na velhice, com exceção de
Button Gwinnett da Geórgia, baleado em um duelo não relacionado à revolução.
De todos os fundadores dos EUA,
apenas mais um morreu de causas não naturais: Alexander Hamilton. Ele morreu em
um duelo com Aaron Burr porque, como cristão, considerava um pecado maior matar
outro homem do que ser morto. Antes do duelo, por escrito, Hamilton jurou que
não atiraria em Burr.
Um presidente após o outro da nova república americana morreu
tranquilamente em casa por 75 anos, até que Abraham Lincoln fosse assassinado
em 1865.
Enquanto isso, os líderes da Revolução Francesa todos morreram
violentamente, guilhotina por guilhotina.
O Quatro de Julho também marca a
morte de dois dos maiores fundadores dos EUA: Thomas Jefferson e John Adams,
que morreram da mesma forma, exatamente 50 anos depois que a Declaração de
Independência foi assinada.
Fizemos isso por outros quase 200
anos, até que os democratas decidiram jogar a liberdade fora e nos transformar
em franceses.
Traduzido por Luis Gustavo Gentil
do artigo do WND: “On July 4, remember: We are not French”
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