terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Alerta Total: O Exército não teme, nem serve ao PT

Alerta Total: O Exército não teme, nem serve ao PT: Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net Por Paulo Chagas Caros Amigos. A chegada do PT ao poder e os dez anos de sua permanê...

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

A luta de classes no Brasil


Olavo de Carvalho
A luta de classes, no Brasil, não é entre operários e patrões. É entre o Lumpenproletariat que Marx abominava e a maioria da população, especialmente a classe média, aí incluída uma boa parcela do operariado, se não ele todo.
Cada uma dessas facções tem seus aliados permanentes. A primeira tem, acima de tudo, o governo e os partidos de esquerda que o dominam. Aí mesclados, vêm logo os intelectuais acadêmicos e os estudantes universitários. Destes últimos, cinqüenta por cento, segundo um cálculootimista, são analfabetos funcionais.
 Excluídos irremediavelmente da alta cultura, e não tendo a menor idéia de que são vítimas de si mesmos, encontram no ódio projetivo à sociedade o alívio de uma culpa recalcada no mais fundo do seu inconsciente. Sentem por isso uma afinidade instintiva com os bandidos, drogados, narcotraficantes, prostitutas, prostitutos e outros marginais.
 A terceira faixa de aliados do Lumpen são as ONGs, as fundações bilionárias e os organismos internacionais, que não cessam de nos impor leis e regulamentos que praticamente inviabilizam a ação da polícia e desarmam a população, a qual assim não tem meios de defender-se nem de ser defendida.
 Em seguida, vem a grande mídia, que, mesmo onde discorda do governo em algum ponto de seu específico interesse, não deixa de fazer eco passivo aos mesmos critérios de julgamento moral que orientam os governantes, aplaudindo, por exemplo, a senadora Benedita da Silva quando esta se debulha em lágrimas por um bandidinho estapeado e amarrado a um poste e não diz uma palavra quanto à menina queimada viva no Maranhão ou, mais genericamente, quanto aos setenta mil brasileiros assassinados por ano. 
O alto clero católico, por meio da CNBB, comunga dos sentimentos da senadora Benedita. Vêm, por fim, os patrões, os capitalistas, os burgueses.
 Estes não costumam pronunciar-se de viva voz nessas questões, mas, como aliados e colaboradores ao menos passivos do governo, dão sustentação econômica e psicológica à política pró-Lumpenproletariat.
Rachel Sheherazade
A outra facção – o restante da população brasileira – encontra apoio em mais ou menos uma dúzia de jornalistas, radialistas e blogueiros execrados pelo restante da sua categoria profissional, entre os quais eu mesmo, o Reinaldo Azevedo, a Rachel Sheherazade, o Felipe Moura Brasil, o Rodrigo Constantino, a Graça Salgueiro. Tem também algum respaldo – tímido – nas polícias estaduais, em alguns púlpitos evangélicos isolados e em dois ou três parlamentares, como Jair Bolsonaro e Marcos Feliciano, que na Câmara Federal imitam João Batista pregando aos gafanhotos. That’s all, folks.
Nada caracteriza melhor a presente situação do que a total inversão das proporções, em que os nominalmente desamparados recebem todo amparo do establishment e a população inerme se torna a imagem odienta do opressor capitalista.
No caso do garoto amarrado no poste, a reação indignada contra os populares que ousaram “fazer justiça com as próprias mãos” partiram especialmente de pessoas que, quatro décadas atrás, faziam exatamente isso. Mas ninguém, no Parlamento ou na mídia, terá a coragem de espremer a presidente Dilma na parede com a pergunta: Quando você assaltava bancos, estava cometendo uma injustiça ou fazendo justiça com as próprias mãos? Tertium non datur.
No entender do nosso governo, só quem tem o direito e até o dever de fazer justiça com as próprias mãos quando acha que a Justica falha são os terroristas de esquerda, como José Genoíno e a própria Dilma. Esses têm o direito até de condenar à morte e executar a sentença. Os outros  têm a obrigação de aceitar resignadamente o homicídio, o roubo, o estupro como se fossem fatalidades da natureza.
Mais significativo ainda é que, quando a Rachel Scheherazade, com lógica inatacável, explicou a agressão ao delinqüentezinho como reação espontânea e quase inevitável de uma população desprovida de proteção estatal, os mesmos que criaram essa situação tenham saído gritando “Apologia do crime! Apologia do crime!”, como se eles próprios não viessem há décadas fazendo a apologia dos terroristas que um dia, sentindo cambalear muito menos do que hoje a ordem legal, tomaram a justiça nas suas próprias mãos.
Todas as idéias e atitudes do grupo pró-Lumpen, especialmente as dos professores e estudantes universitários, explicam-se por dois fatores igualmente endêmicos: o analfabetismo funcional e o fingimento histérico. Ambos, intimamente associados, deformam o sentido de todas as comunicações verbais e invertem a ordem da realidade. À aliança de marginais, governo, ONGs, capitalistas, igreja, mídia e intelectuais, chamam “povo oprimido”. Ao restante, “minoria privilegiada”.
De todas as classes que compõem a sociedade brasileira, só uma ainda não tomou partido nessa guerra: as Forças Armadas. Seu silêncio pode tanto refletir uma indecisão perplexa quanto um ódio contido. Na primeira hipótese, quando acabará a indecisão? Na segunda, ódio a quem? As Forças Armadas são o fiel de balança. O futuro depende inteiramente delas.

PARA REGISTRO: COPA DO MUNDO BRASIL 2014

COPA DO MUNDO 2014



A renomada revista FRANCE FOOTBALL traz sempre belíssimas capas, ilustradas com fotos de lances sensacionais, gols, voleios, troféus, torcidas celebrando com suas bandeiras, etc… mas esta semana veio com uma "EDIÇÃO DE LUTO”.
A capa, toda negra, onde se lê “Peur sur le Mondial”, algo como: “O mundial do medo”, sendo que a letra “O” da palavra “mondial” está a bandeira do Brasil, e onde deveria estar escrito “Ordem e Progresso”, foi colocada uma tarja negra. No subtítulo diz: Atingido por uma crise econômica e social, o Brasil está longe de ser aquele paraíso imaginado pela FIFA para organizar uma Copa do Mundo.


A menos de 5 meses do mundial, o Brasil virou uma terrível fonte de angústia. A revista FF é a mais respeitada publicação de futebol no mundo. O prêmio “Ballon d’Or” (Bola de Ouro) foi criado por ela, e a FIFA teve que pagar para ter o direito de promover tal prêmio. Também foi dela a série de reportagens que culminaram na suspensão do campeonato Italiano de 2005/06, assim como as denúncias de corrupção que resultaram na queda de João Havelange.
A revista pode ser acessada no site:www.francefootball.com, mas lá apenas se vê a capa, a reportagem, de 12 páginas, não está liberada no Brasil.

Aqui vai ela, na íntegra:

ALGUNS FATOS SOBRE A COPA: POLÍTICA: - Apesar do lema brasileiro: “Ordem e Progresso”, o que menos se vê na preparação deste mundial, é Ordem ou Progresso.

 - A FIFA não pediu o Brasil para sediar a Copa, foi o Brasil que procurou a FIFA e fez a proposta. - A corrupção no Brasil é endêmica, do povo ao governo.

- A burocracia é cultural, tudo precisa ser carimbado, gerando milhões para os Cartórios.

- Tudo se desenvolve a base de propinas. - Todo o alto escalão do governo Lula está preso por corrupção, mas os artistas e grande parte da população acham que eles são honestos, e fazem campanhas para recolher dinheiro para eles.

 - Hoje, tudo que acontece de errado no Brasil, a culpa é da FIFA, antes era dos EUA, já foi de Portugal, o brasileiro não tem culpa de nada. - O Brasileiro dá mais importância ao futebol do que à política.

- O Brasileiro elege jogadores de futebol para cargos públicos. - Romário (ex-Barcelona) é hoje deputado. Aproveita o descontentamento com a Copa para se auto-promover, mas nunca apresentou um projeto de lei sobre saúde ou educação. Sua meta é dar ingresso da Copa para pobre(como se essa fosse a prioridade para um pobre brasileiro)

 - O Deputado mais votado do Brasil é um palhaço analfabeto e banguela, que faz uma dança ridícula, com roupas igualmente ridículas, e seu bordão é: “pior que está não fica”. Será? - Em uma das músicas deste palhaço analfabeto ele diz: “Ele é ladrão mas é meu amigo!”, Isso traduz bem o espírito do Brasileiro. ( http://letras.mus.br/

- Brasileiros se identificam com analfabetos.

- A carga tributária do Brasil é altíssima maior que a da França, e os serviços públicos são péssimos comparáveis aos do Congo. - Mas o Brasileiro médio pensa que ele mora na Suíça. Quem está lá, na verdade, é a FIFA.

- Há um dito popular que diz que “Deus é brasileiro”. - A FIFA, como imagem institucional, busca não associar-se a ditaduras. Tanto que excluiu a África do Sul na época do Aparthaid e, ao contrário do COI, recusou a candidatura da China, apesar das ótimas condições que o país oferecia. Mas o Brasil, sede da Copa, vive um caso de amor com ditaduras.

 - O Brasil pleiteava uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU, para sentar-se ao lado França, mas devido ao seu alinhamento com ditaduras, a França já se manifestou contrariamente.

- A Presidente Brasileira parece estar alienada da realidade e diz que será o melhor mundial de todos os tempos, isso, melhor que o do Japão, dos EUA, da França, da Alemanha.http://www.youtube.com/watch?v=urmR5fXMJu8

 - Só ela pensa assim, na FIFA se fala em maior erro estratégico da história da Instituição. CONFRONTOS: - Ano passado os brasileiros saíram as ruas para manifestar, pela primeira vez se viu um movimento assim num país acostumado a inércia, mas o Governo disse que eles eram baderneiros e reprimiu o movimento com violência. 2 mortos, mais de 2000 feridos, mais de 2000 prisões. Ninguém responsabilizado...

- Há um movimento chamado “Black Blocs” que ameaça revidar a violência do Governo.

- Há um # hastag que já foi repetido mais de 500.000.000 de vezes em redes sociais e ameaça #naovaitercopa - Os próprios brasileiros pedem para os estrangeiros não irem para o Brasil. Há milhares de vídeos feitos por brasileiros neste sentido :http://www.youtube.com/watch?v=0A-mFVEE7Ng 

- O governo brasileiro acaba de gastar 400milhões de Euros com compras de armas para a polícia e disse estar disposto a colocar o exército na rua para proteger a Copa contra os…. Brasileiros (???) Isso mesmo, o governo está ameaçando seu próprio povo.

- Há um movimento de alguns jogadores de futebol, liderado pelo ídolo do Lyon (França) Juninho Pernambucano, chamado “Bom Senso”, pedindo conscientização dos jogadores.

- Analisando os países sedes desde 1970, o número de mortes em estádios, nos 16 anos prévios a cada edição da Copa: México: (1970): 06 mortes; Alemanha (1974): 00 mortes; Argentina (1978): 04 mortes; Espanha (1982): 00 mortes; México (1986): 12 mortes; Itália (1990): 00 mortes; EUA (1994): 00 mortes; França (1998): 00 mortes; Japão (2002): 00 mortes; Coreia do Sul (2002): 00 mortes; Alemanha: (2006): 00 mortes; Africa do Sul: (2010): 17 mortes; Brasil: (2014): 234 mortes;

 - O Brasil foi o país que teve mais tempo na história de todos os mundiais para prepará-lo: 7 anos, mas o Brasil é o mais atrasado.

- O Francês Jérome Valcke, secretário geral da FIFA criticou o Brasil pelos atrasos. O governo brasileiro disse que não conversaria mais com Jérome Valcke.

 - A França teve apenas 3 anos, e finalizou as obras 1 ano e 2 meses antes.

 - A África do Sul teve 5 anos, e terminou com 5 meses de antecedência. - Há pouco mais de 3 meses da Copa, o Brasil ainda tem que fazer 15% do previsto.

- O custo do “Stade de France” foi de 280 milhões de Euros(o mais caro da França), uma vergonha se comparado ao “Olimpiastadium” sede da final da Copa da Alemanha em 2006, que consumiu menos de 140 milhões de Euros.
 - Mas perto do Brasil isso não é nada. Cada estádio custa em média mais de 1/2 bilhão de Euros. - E o dinheiro sai do bolso do Brasileiro. Tudo é financiado com recursos públicos.

 Na França tudo foi financiado com recursos privados.
- Mas o custo não é alto porque os trabalhadores recebem muito. Os trabalhadores recebem salários de fome. - As empreiteiras é que ganham muito e há muita corrupção para os políticos.

- Não há segurança para os trabalhadores, acidentes e mortes são comuns. Na França o número de mortes nas construções foi 0(zero)

- Mesmo com os milhões a mais, os Estádios são ruins. - Em 2007 o Brasil construiu um estádio para o Panamericano do Rio e homenageou quem???? Um diretor da FIFA, um brasileiro, corrupto para variar: João Havelange!
 No Brasil corruptos recebem homenagens.

- O estádio era tão ruim que não durou nem 6 anos. Isso mesmo, 6 anos….

- Hoje o estádio está interditado e não recebe mais jogos. Detalhe: custou mais de 150 milhões de Euros(mais do que o Estádio do Olympic de Marseille), e hoje serve de ninho para pombos.

 - Na França, os Estádios são multi-uso, servem para competições olímpicas, jogos de Rugby, e são centro de lazer, com lojas e restaurantes e estacionamento nos outros dias da semana. No Brasil são usados só para jogos. - Em Brasília estão construindo um Estádio para 68.000 pessoas, sendo que o time local está na quarta divisão do campeonato brasileiro e tem média de público de 600 pagantes. Tudo com financiamento público.

 - Em São Paulo há 2 estádios, Morumbi e Pacaembú, ao invés de reformá-los, construíram um 3o. estádio, Itaquerão, 23km do centro da cidade e sem metrô até lá. - O ex-presidente Lula, torcedor do Corinthians, empenhou-se pessoalmente para que construíssem este estádio em vez de reformar um dos outros 2 já existentes.

 - Exceto seus correligionários, ninguém acredita que Lula foi movido por amor ao “Timão” .

 - Lula é amigo íntimo de Marcelo Bahia, Diretor da Odebrecht, vencedora da licitação. Uma reforma custaria menos de 100 milhões de Euros, um novo estádio tinha previsão de custo inicial de 300 milhões de Euros (mas já passou de 500 milhões) um dos mais caros da história da humanidade. Lula e Marcelo são constantemente vistos em caríssimos restaurantes de Paris, tomando bons vinhos franceses. Lula, claro, se declara socialista.

 - Este estádio é igualmente ruim, alagamento, péssima infraestrutura, e antes mesmo de inaugurar já caiu, matando funcionários. vide: http://oglobo.globo.com/esportes/video-mostra-momento-do-acidente-no-itaquerao-10911765TRANSPORTES:

 - A atual presidente Dilma Rousseff garantiu que faria um trem-bala, nos moldes do TGV Francês, que ligaria 4 cidades-sede: SP-RJ-BH-Brasilia. A promessa está gravada em redes sociais. (http://www.estadao.com.br/noticias/esportes,governo-garante-trem-bala-pronto-ate-a-copa-de-2014,381839,0.htm )

- Em 2009 foram aprovados 13 bilhões de Euros no PAC, uma soma gigantesca de dinheiro, suficiente para construir um TGV de Paris a Cabul no Afeganistão. Nunca se viu um orçamento tão alto. - Mas o dinheiro desapareceu e nem um único centímetro do TGV brasileiro foi construído.

 - Nenhum brasileiro cobra da Dilma a responsabilidade sobre a promessa do trem bala. - Nenhuma das cidades-sede tem metrô até o Aeroporto.

 - Os taxis são caríssimos e os taxistas fazem trajetos mais longos com os estrangeiros que não conhecem a cidade. - Aprenda Português,  pois os Taxistas não falam nem espanhol, francês não existe. Inglês nem pensar???



- Para os taxistas não há cursos de inglês financiados pelo governo, mas para as prostitutas sim. Parece piada, mas é verdade: ( vide:http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/01/1211528-prostitutas-de-bh-tem-aulas-

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Comunismo no Brasil é real , palpável, e documentado.

Comissão da Internacional Socialista

É tudo muito asqueroso. Preparem a caixa de Engov, e em casos mais sensíveis, recomendo uma injeção de Plasil preparada e acessível. Vejam o coral cantando a “Internacional Socialista” em evento oficial da Comissão da Verdade no Rio, com a presença da ministra Maria do Rosário. Eis o link do vídeo.
Trata-se do hino oficial dos comunistas, que chegou a ser adotado pela antiga União Soviética. A URSS, para quem não lembra, tem em seu currículo mais de 20 milhões de mortos inocentes. Lênin, Stalin, Pol-Pot e Mao Tse-Tung fazem Hitler parecer um mero aprendiz de carniceiro.
Alguém poderia imaginar nazistas cantando com o punho direito estendido em evento oficial de governo, na presença de ministro? Seria um ultraje inaceitável, naturalmente. O nacional-socialismo merece a lata do lixo da história, e todos sabem disso.
Curiosamente, muitos ainda usam a foice e o martelo como símbolo oficial até de partido, cantam hinos comunistas, cerram os punhos em homenagem aos maiores assassinos que a Humanidade já teve. E fica tudo por isso mesmo!
Comissão da Verdade? Sei… Comissão da Mentira, isso sim! Tentativa de reescrever a história, de resgatar do limbo o fracassado comunismo, isso sim! Até quando vamos tolerar esta pouca vergonha?
“Ah, mas o comunismo morreu e a Guerra Fria acabou, não seja tão paranoico…”. Mesmo?
Rodrigo Constantino

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Vamos comparar Rachel Sheherazade e Francisco Bosco, em homenagem ao PSOL e ao Sindicato dos Jornalistas

06/02/2014
 às 21:47 \ Cultura

Vamos comparar Rachel Sheherazade e Francisco Bosco, em homenagem ao PSOL e ao Sindicato dos Jornalistas

[PÓS-ESCRITO: Rachel já fez um segundo vídeo esclarecendo o seu ponto, conforme antecipado abaixo: "Defendo a segurança e não a violência". Assista aqui.]
 
1.
 
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio divulgou nota, afirmando que “[Rachel] Sheherazade (…) fez apologia à violência quando afirmou achar que ‘num país que sofre de violência endêmica, a atitude dos vingadores é até compreensível’.”
 
Para o Sindicato, uma apresentadora achar que COMPREENDE uma reação à violência, o que – por pior que possa parecer à massa histérica – é diferente de considerá-la justificável (o que tampouco, aliás, seria suficiente para constituir uma incitação) agora é APOLOGIA à violência. A compreensão deve ser mesmo uma coisa assim muito violenta para esses jornalistas. No Brasil deles, nota-se, é proibido compreender.
 
2.
Captura de tela 2014-02-06 às 20.25.46
Deu no Brasil 171 e em outros sites financiados com dinheiro do contribuinte que o PSOL irá formalizar no Ministério Público representação contra o SBT por “apologia ao crime”. O líder do partido na Câmara dos Deputados, Ivan Valente, declarou: “Defendo total liberdade de imprensa, mas não a liberdade para mandar torturar, matar, assassinar e fazer justiça com as próprias mãos. Ser anticonstitucional, ilegal e aplaudida, para quê? Atrás do Ibope?”
 
Não é maravilhoso a que nível de distorção um esquerdista é capaz de chegar? O “compreensível” de Sheherazade virou “mandar torturar, matar, assassinar” – aquelas coisas que um dos fundadores do próprio PSOL, o terrorista italiano Achille Lollo, não precisava mandar ninguém fazer. Em 1973, ele despejou gasolina por baixo da porta de um apartamento, na Itália, onde estavam um gari, sua mulher e seis filhos, e depois ateou fogo. Morreram uma criança de 8 anos, Stefano, e seu irmão mais velho, de 22, Virgilio. Reinaldo Azevedo já escreveu bastante a respeito [aquiaqui e aqui]: “O gari era de um partido neofascista. Como Lollo não gostava do fascismo, então ele resolveu incendiar crianças, entenderam? Um verdadeiro humanista!!!”
 
Para um socialista do PSOL, nada mais natural que condenar nas palavras distorcidas de uma conservadora cristã como Sheherazade (contra um bandido) os atos concretos de um terrorista de extrema-esquerda como Lollo (contra inocentes). No Brasil deles, isto é “defender totalmente a liberdade a imprensa”.
 
3.
Bosco 2011 2013
Se PSOL e Sindicato dos Jornalistas consideram “apologia ao crime” o “compreensível” de Sheherazade, o que dizer das pérolas do colunista psolista Francisco Bosco (do Globo) nesse ramo? Nada, é claro. Assim como se calaram ante o desejo de Paulo Ghiraldelli de que ela fosse estuprada em 2014, jamais se atreveram a “acionar” o garoto-propaganda de Marcelo Freixo.

Tive que cuidar sozinho da criança, com o artigo de 29 de julho de 2013 que reproduzo abaixo, talvez o mais completo que já escrevi sobre as imposturas de esquerda em relação à legitimação moral da criminalidade, com algumas perguntas no trecho final que eles nunca responderam. Como dizia eu mesmo:

Se gritar “pega o apologista do crime!”, não sobra um esquerdista no time.

O vale-crime de Francisco Bosco
Felipe Moura Brasil
 
A PM pergunta: “Quem está tentando saquear lojas está reivindicando um país melhor?” Francisco Bosco, colunista do Globo, responde:
 
“(…) quem está tentando saquear lojas está, precisamente, reivindicando um país melhor. E eles nos representam. São os únicos que realmente nos representam.”
 
Bosco tem razão. Os vândalos saqueadores de lojas representam os intelectuais saqueadores da moralidade. Os primeiros são a ação dos pensamentos dos segundos.
 
Exemplo didático dos segundos, Bosco chega até a falar em nome dos primeiros:
 
“(…) aqueles que passam ao real (os ‘vândalos’) na verdade não querem isso, não querem falar a ‘linguagem’ da PM. Esse é apenas o último recurso que resta quando os recursos da realidade são todos falseados.”
 
Bosco sabe o que os vândalos querem. Bosco garante que vandalizar é seu último recurso. Sempre que os vândalos precisarem de um porta-voz, já sabem que podem procurar por Francisco Bosco no jornal O Globo, na editoria de saques. Só não sei se vão querer falar a sua linguagem e “passar ao real”.
 
Para o colunista, “a única atitude que pode tirar as pessoas das ruas e acabar com essas passagens ao real é uma atitude efetiva, vinda do Estado, na realidade”.
 
Isto significa que ou o Estado faz o que os vândalos exigem ou eles continuam vandalizando, com a chancela moral de Francisco Bosco.
 
Acusado de “defender” e “incitar a violência”, ele ainda repetiu a sua tese revolucionária, digna de uma Nina Capello, do Movimento Passe Livre [ao Comunismo], quando se explicou a um leitor:
 
“é justamente por achar isso um horror que estou dizendo que a única resposta possível para acabar com a violência (…) está no estado, e não é em forma punitiva, e sim transformadora.”
 
Preciso repetir também o que isto significa? Ou só a parte de achar um horror aquilo que ele mesmo justifica; aquilo para o que ele mesmo não quer punição?
 
Para uma segunda leitora, ele afirmou que não estava “incitando a violência”, apenas dizendo as 3 coisas que me dou ao trabalho de comentar abaixo, porque este é o meu último recurso quando os recursos dos intelectuais são todos falseados:
 
“1) em certas condições só se transforma a realidade com essas intervenções no real (não há processos revolucionários feitos na base da palavra, apenas);”
 
Se alguém tiver alguma dúvida sobre quais são as “certas condições”, favor consultar as Leis de Bosco na versão atualizada da Constituição bosco-brasileira. Ou qualquer manual para jovens revolucionários que queiram transformar o mundo junto com ele.
 
“2) não se vai resolver essa questão da violência nas ruas com a legitimação da ordem (no caso, isso significa autorizar a pm a incorrer em todo tipo de ilegalidade para acabar com as manifestações vandalizantes);”
 
Nas Leis de Bosco – já estão com elas à mão aí? –, a legitimação da ordem significa autorizar a PM a incorrer em todo tipo de ilegalidade. Enquanto as ilegalidades da PM são condenáveis – e servem até para questionar o seu papel de manutenção da ordem –, as ilegalidades dos vândalos são justificáveis e servem para se exigir do Estado a transformação desejada.
 
“3) é claro que eu preferiria obter transformações estruturais sem as injustiças e as confusões decorrentes dessas passagens ao real (que não é o mesmo que ‘passar ao ato’), mas isso não me parece possível, justamente.”
 
É claro que Bosco preferiria não legitimar moralmente o crime, mas você sabem: em “certas condições”, não lhe parece possível evitá-lo… (Ainda mais se um dos partidos à frente das “manifestações” é o PSOL de Marcelo Freixo, para quem Bosco fez campanha e tudo.)
 
A propósito: a violência, que já tinha virado “intervenções no real”, virou agora “injustiças e confusões decorrentes dessas passagens ao real”. Eis aí a linguagem e o método bosqueanos: primeiro você fala que os vândalos “nos representam”, que lutam por um país melhor, que estão apelando ao seu “último recurso” (e conquista assim a plateia vândala, que repassa seu texto por aí com uma alegria danada, segura de que está representando o país de maneira legítima); se alguém o acusar de defender ou incitar a violência, você, em vez de retirar o que disse, transforma a violência numa outra coisa cada vez mais vaga, distante, encoberta por mil e um eufemismos e malabarismos verbais, deixando claro que você mesmo a considera um horror. É o suficiente para que a plateia bocó, incapaz de entender o que você escreveu, SINTA que você é bonzinho e não quer a violência – sem atinar que não se trata de uma questão de querer ou de achar um horror, e nem mesmo de defendê-la ou incitá-la, mas de LEGITIMÁ-LA em “certas condições”, o que você em momento algum deixou de fazer. (Qualquer pessoa que frequente ou recomende uma academia de ginástica sabe que é possível endossar um ato ao mesmo tempo que se considera este mesmo ato um horror, não é mesmo? Sigamos.)
 
Para um terceiro leitor, Bosco ainda tentou se explicar de novo:
 
“em primeiro lugar eu não defendi a violência, apenas expus a sua dimensão política,”
 
Bosco é assim: transforma a violência em ato político e legitima o ato político de violência.
 
“que havia sido anulada pela pergunta retórica da pm.”
 
A única dimensão que havia sido “anulada” nisso tudo era a da “retórica” de Bosco, que agora exponho aqui aos meus leitores.
 
“e essa dimensão política não é ‘apropriada para democracia’, como vc faz parecer que eu disse, mas forçada a se colocar para que haja democracia”
 
A violência, que virou “dimensão política”, é “forçada” a se colocar, segundo as “condições”, conforme já vimos (e ainda veremos), das famosas Leis de Bosco.
 
“(sem resultados até agora, e essa é uma crítica que me pode ser feita).”
 
Bosco deixa você criticá-lo pela falta de resultados do vandalismo. Pela defesa dele, não, ok?
 
“reconheço ainda que meu texto tinha uma ambiguidade que hoje eu teria preferido esvaziar (refiro-me sobretudo à última frase).”
 
A última frase é aquela que diz que os saqueadores “são os únicos que nos representam”. Só um “reconhecimento” falseado para fazer de uma frase tão unívoca uma “ambiguidade”. Mas é preciso entender Francisco Bosco: se já é difícil reconhecer um erro quando você tem certeza de que não acredita mais naquilo que disse, imagine quando você ainda insiste em dizê-lo de outras formas, não é mesmo? Era esperar demais de Francisco Bosco que ele “esvaziasse” o texto inteiro.
 
“e reconheço tb pertinência em algumas das críticas que me foram feitas.”
 
Reconhecer pertinência genericamente, sem dizer quais críticas foram pertinentes, em quais pontos e por quê, é puro jogo de cena para posar de bom moço (mui tolerante), enquanto se reafirma tudo que havia sido dito, com malabarismos cada vez mais vexaminosos.
 
“seja como for, já voltei ao assunto e esclareci minha posição.”
 
Esclareceu nada. Reafirmou dissimuladamente a posição, repudiando todas as críticas concretas contra ela. Posição que não é de hoje, como já veremos.
 
“só um comentário de má-fé, como esse seu, para desconsiderar isso.”
 
Só um comentário que faz jus à recomendação leninista “Acuse-os do que você faz, xingue-os do que você é”, como este de Francisco Bosco, para acusar de má-fé o comentário do leitor indignado e ainda posar de vítima por ele não ter levado em conta o seu suposto esclarecimento, como se Bosco em algum momento tivesse deixado de legitimar moralmente o crime.
 
Ele ainda escreveu este trecho como introdução à resposta aos dois primeiros leitores:
 
“o meu post original (…) argumenta com toda a clareza em favor de uma solução dada na realidade (por meio de medidas do estado, e não da pm), e não na continuação dos confrontos violentos”
 
É claro que Bosco havia sido claro ao defender que a “solução” tem de vir das medidas do Estado. O que ele finge não perceber são as consequências lógicas do que defende.
 
Se ele diz que a única atitude cabe ao Estado e que ela não tem de ser punitiva, mas transformadora – ao mesmo tempo que diz que os vândalos “nos representam”, que lutam por um país melhor, que estão apelando ao seu “último recurso” –, está dizendo que os vândalos não devem ser punidos e que não cabe a eles parar de vandalizar, mas ao Estado fazer com que parem, atendendo às suas reivindicações. Se isto não é a legitimação moral dos crimes dos vândalos (como uma forma de chantagear o Estado através da violência), Bosco é Madre Teresa de Calcutá.
 
Agora vejam se Madre Teresa diria tais coisas:
 
“(…) o fundamental aqui é lembrar que essa violência é a resposta real à violência real sofrida pelo povo. Por isso eram inúteis, e até ridículos, os pedidos de ‘sem violência’, de manifestantes de classe média aos manifestantes da periferia.”
 
Como diria o ex-senador americano Daniel Patrick Moynihan: “Você tem direito a desenvolver uma opinião própria, não fatos próprios.” Bosco inventa que os vândalos (que ele chama de manifestantes) eram da periferia e aqueles que lhes pediam paz (o que ele acha ridículo) eram de classe média, quiçá do tipo que não sabe a dor que é sofrer a opressão estatal… Os amantes da luta de classes têm dessas coisas: moldam os fatos para caber na sua teoria. Que importa afinal se os terroristas foram arregimentados pelos militantes ou até contratados por eles para aterrorizar, sempre com a ajuda dos delinquentes de classe média que adoram um quebra-quebra, sendo que muitos de todos eles tinham folha corrida e tudo? Para quem está acostumado a legitimar crime de pobre, nada como inventar que os autores do crime que se quer legitimar são pobres. Assim fica mais fácil diluir a culpa por toda a sociedade e impedir que eles sejam responsabilizados.
 
Só não sei por que usar de tanto malabarismo para fingir que não disse o que disse. Advogar intelectualmente em favor de saqueadores não é nada para quem advogou intelectualmente em favor de Nem, da Rocinha, quando ele foi preso em 2011, alegando que o traficante foi “impelido à criminalidade” como tantos outros “jovens, quase todos pretos” em função das condições, desigualdades, humilhações e todas aquelas coisas que nunca fizeram a maioria dos pobres recorrer ao crime, porque, felizmente, não são leitores do Globo.
 
Não preciso refutar linha a linha daquele texto – em cujo trecho mais memorável ele dizia que a fala de Nem “mesmo que ela seja forjada, é autêntica; mesmo que seja mentirosa, é verdadeira” – porque Renato Pacca já fez isto na ocasião, como se pode ler aqui, de modo que, antes de acrescentar outras análises, apenas lhe corrijo um detalhe: onde Pacca diz que “O artigo [de Bosco] é quase uma justificativa do banditismo”, esqueçam o “quase”, ok?
 
Como escreveu o filósofo Olavo de Carvalho – com quem Bosco deveria ter umas aulinhas – muito antes disso, em 2006:
 
“Na escala individual a pobreza só pode ser justificação direta e determinante do crime em exemplos excepcionais e raros – tão excepcionais e raros, na verdade, que em todo país civilizado a lei os isenta da qualificação mesma de crimes. São os chamados ‘crimes famélicos’ – o desnutrido que rouba um frango, ou o pai sem tostão que furta um remédio para dar ao filho doente. Em todos os demais casos, a pobreza, se está presente, é um elemento motivacional que, para produzir o crime, tem de se combinar com uma multidão de outros, de ordem cultural e psicológica, entre os quais, é claro, a persuasão pessoal de que delinqüir é a coisa mais vantajosa a fazer nas circunstâncias dadas.
 
Quando o hábito da delinqüência se espalha rapidamente numa ampla faixa populacional, é claro que, antes dele, essa persuasão se tornou crença geral nesse meio, reforçando-se à medida que as vantagens esperadas eram confirmadas pela experiência e pelo falatório. Ora, é de conhecimento público que, entre a mesma população pobre, por exemplo das favelas cariocas ou da periferia paulistana, duas crenças opostas se disseminaram concorrentemente nas últimas três décadas: de um lado, o apelo do crime; de outro, a fé evangélica. Numa população uniformemente pobre, o número de evangélicos praticantes que delinqüem é irrisório. Basta esse fato para provar que a correlação entre pobreza e crime é uma fraude, um sofisma estatístico da espécie mais intoleravelmente suína que se pode imaginar.
 
Nenhuma ação humana é determinada diretamente pela situação econômica, mas pela interpretação que o agente faz dela, interpretação que depende de crenças e valores. Estes, por sua vez, vêm da cultura em torno, cujos agentes criadores pertencem maciçamente à camada letrada, como por exemplo os bispos evangélicos e os cientistas sociais. Os bispos ensinam que, mesmo para o pobre, o crime é um pecado. Os cientistas sociais, que os criminosos, agindo em razão da pobreza, são sempre menos condenáveis do que os ricos e capitalistas que (também por uma correlação geral mágica) criaram a pobreza e são por isso os verdadeiros culpados de todos os crimes. Essas duas crenças disputam a alma da população pobre. Não é preciso dizer qual delas estimula à vida honesta, qual à prática do crime.
 
Nos bairros mais miseráveis e desassistidos, qualquer um pode fazer esta observação direta e simples: as pessoas de bem repetem o discurso dos bispos, os meliantes o dos cientistas sociais (…). Quando, do alto das cátedras, esses senhores pregam a doutrina de que a pobreza produz o crime, não estão cometendo um inocente erro de diagnóstico. Estão ocultando, com maior ou menor consciência, a colaboração ativa que eles próprios, por meio dessa mesma doutrina, dão ao crescimento irrefreado da criminalidade.”
 
Francisco Bosco, aplicando a Nem e aos vândalos o discurso dos cientistas sociais, tanto em sua coluna no Globo quanto em sua página no facebook, oculta, sabe-se lá com que grau de consciência, a sua própria colaboração ativa ao crescimento da criminalidade.
 
De resto: 
Legitimar moralmente os crimes falando em termos genéricos das condições de pobreza e opressão é fácil e, sem dúvida, comove muitas criancinhas, sobretudo as universitárias. Quero ver é estipular de uma vez por todas a condição-limite abaixo da qual o crime é justificável e justo, sendo a culpa do “sistema” e da “sociedade”, e acima da qual é injustificável e injusto, sendo a culpa do próprio indivíduo que o comete. Qual é a linha divisória entre aqueles que merecem o vale-crime e os que não merecem? Se Francisco Bosco me disser, eu publico seu texto no meuBlog.
 
Tenho algumas perguntinhas para ajudar:
 
Qual é o limite da renda mensal que moralmente autoriza alguém a cometer crimes? Há quanto tempo é preciso estar nessa faixa? Só ela basta para tanto? Ou é preciso combiná-la com humilhações sofridas pelo Estado, pela polícia, pela extrema direita fascista e pela classe média que a Marilena Chaui odeia? Como se pontuam essas coisas? Quem as verifica? As violências sofridas nas mãos dos demais criminosos supostamente pobres contam ou não contam pontos? Dizer-se vítima de preconceito é o suficiente, ou é preciso comprovar as perdas e danos? Os negros e gays têm mais direitos ao vale-crime do que os brancos? Diga-me: um adolescente rico que tenha sofrido estupros do pai ou do padrasto ou de quem quer que seja também está moralmente autorizado a cometer crimes, ou a riqueza o desqualifica? Quem está mais autorizado: o riquinho estuprado, que, sei lá, ainda perdeu a mãe, assassinada por um traficante em um legítimo ato de crueldade, ou um pobre que nunca sofreu abusos sexuais e cujos pais vão muito bem, obrigado?
 
Como tantos outros colunistas, o sr. Bosco jamais esclareceu esses pontos; jamais escreveu as Leis de Bosco. O motivo é simples: se o fizer, deixará clara a sua colaboração ativa para o crescimento da criminalidade, uma vez que os cidadãos aptos a receber o vale-crime conforme as condições descritas sentir-se-ão mais à vontade do que já sentem muitos deles para cometer seus crimes.
 
Por isso é melhor apelar genericamente ao sentimentalismo da plateia bocó do que esclarecer as premissas do próprio discurso. Ninguém quer lançar luz sobre a confusão da qual se beneficia.
 
Já imaginou Francisco Bosco tendo de responder por aqueles que tentariam a todo custo preencher os requisitos necessários para obter o vale-crime ou por aqueles que usariam quem os preenchesse para cometer os crimes em seu lugar, como os bandidos adultos já fazem com os menores de 18 anos, que não podem ficar presos por mais de três? Ora, para que tanta dor de cabeça se ele pode justificar tudo sem se comprometer com nada do que diz, não é mesmo?
 
Só um leitor muito inocente ou de má-fé pode enxergar aqui uma simples divergência ideológica entre mim e Bosco. Não é preciso ser conservador, de direita, reacionário ou qualquer coisa que o valha (até o esquerdista Miguel do Rosário reprovou a legitimação bosqueana da delinquência no caso das manifestações) para entender que Bosco – consciente ou não, admitindo ou não – é um impostor intelectual, um falsificador da realidade, um porta-voz voluntário da bandidagem, um garoto-propaganda do PSOL, um revolucionário gramsciano da pior espécie, que contribui para a inversão completa dos valores na sociedade, enquanto posa de bom moço com sua linguagem afetada cheia de “intervenções no real”.
 
Os criminosos, por piores que sejam, só prejudicam suas vítimas diretas. O discurso feito por gente como Bosco contra a sociedade nos maiores jornais do país legitima a ação de todos os criminosos e ainda contribui para retirar os freios morais de todos aqueles que apenas pensam em cometer crimes. E quem são as principais vítimas da criminalidade? Justamente os pobres(!), que essa gente jura defender.
 
Muito mais importante do que a pergunta da PM, portanto, é a seguinte:
 
Quem está tentando, como Bosco, saquear a moralidade do país está reivindicando um país melhor?
 
Felipe Moura Brasil responde:
 
– Claro que não.
 
Felipe Moura Brasil – http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
 
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