domingo, 11 de agosto de 2013

Ser pai.



Se você está esperando uma torrente de palavras emocionantes e que te façam chorar ou rir, sugiro que procure um post de Dia das mães.


Também não vou falar da saudade que sinto do meu velho pai.
 E ultimamente ele tem feito uma falta terrível.

Guardo uma mágoa. Meu pai não teve a alegria de conhecer meus filhos. Acho que ele iria se aconchegar ao doce Leonardo e iria se divertir muito com a Luiza selvagem.

Nós, os pais, somos inferiorizados em relação às mães e à sua disponibilidade em relação aos filhos, sua  total entrega e seu desvelo sem medidas para trocar suas fraldas cheias de merda e xixi, portanto, nem adianta comparar o sufoco de um pai ao trabalhar o dia inteiro em qualquer ambiente de trabalho necessário e muito menos comparar uma noite sem dormir nossa com a de uma noite de uma mãe.

Nós sempre perdemos. E nem ligamos.

Por exemplo, acabei de acordar, meus filhos estão ao meu lado, mas nem lembraram de me abraçar e dizer: Feliz dia dos pais, como sempre fazem com a mamãe. Nem presente eu vou ganhar, Alessandra ganha dois por dia das mães.

E mesmo assim, estou confortabilíssimo. Eu não ligo pra isso.

Nós realmente não ligamos. (daqui a pouco alguém vai ler o texto e ligar pra cá, dizendo às crianças: _ vão lá, dar um abraço no seu pai")

Mas sim, passamos noites sem dormir ao vermos nossos filhos doentes, abrimos portas e arrastamos correntes pela tensa e inacabável noite, mas a partir do momento que agimos como homens que somos, ao chutarmos portas e esmurrarmos paredes diante de nossa impotência ao não conseguirmos ficar no lugar dos nossos filhos, recebendo a doença que eles não deveriam pegar, perdemos feio pra elas, pois sofrimento fica melhor na fita quando é vivido com lágrimas e não com raiva.


Mas nós não ligamos.

Continuamos nossa sina solitária, sem comentar e nem dividir. É o nosso caminho. Gostamos de ser assim.

Mas outro dia, ao ouvir pela décima vez a historia bíblica das mães e o rei Salomão na disputa de uma criança, pensei:

Ainda bem que o Santo Deus é sábio e perfeito.Colocou duas mulheres para disputar um filho, pois o desfecho seria muito diferente se no lugar delas fossem dois homens.

No exato momento em que Salomão sacasse a espada para "fazer justiça", o final justo jamais teria acontecido.

Com toda a certeza do mundo, digo isso como pai, ao pensar no que são meus filhos na minha vida, invariavelmente necessito disfarçar a emoção nos meus olhos. O sol nasce pra mim quando meus filhos acordam e se põe quando eles fecham os olhos.



Quando salomão empunhasse a sua espada, o verdadeiro pai, sem gritos súplicas ou alardes, em silêncio de quem sabe o que deve ser feito, orgulhosamente teria sacado sua faca e teria cortado a garganta do rei de Israel, mesmo sabendo que seria a última vez que veria seu filho.

Eu, por um filho meu, teria alegremente degolado qualquer rei que se colocasse no caminho dos meus filhos. Sentiria o sangue quente descendo pela minha mão e esperaria impassível no meu peito a lança do capitão da guarda.  Nós os pais,  não ligamos. gostamos de ser assim.




















sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Pescar.

Vou te dizer algo que vai no meu coração. Ainda pretendo escrever isso em algum lugar.


Eu tenho que reunir o equipamento e a técnica para PEGAR O PEIXE. O que ele precisar para ser fisgado é o que eu tenho que oferecer.

Depois de um tempo a gente aprende que não existe técnica simplória, ridícula, difícil, requintada ou complexa ou seja lá o que for. 

Tudo isso a gente consegue superar.

A única coisa que existe para um pescador é o peixe.

Só existe o peixe.















Meu objetivo é o peixe.

Marine de Michigan termina uma corrida de 5 K (prefere terminar a corrida) acompanhando um menino de 9 anos




Marine Lance Cpl. Myles Kerr told ABC News he doesn't consider himself a hero and was just "doing the right thing" when he dropped back in a 5k race over the weekend to run with a boy who had become separated from his group.
Kerr's good deed was captured in a photo that has since gone viral, garnering hundreds of thousands of likes and shares on Facebook.
In the photo, Kerr, 19, wearing his boots and gear, was looking back at 9-year-old Boden Fuchs as the pair ran toward the finish line at the Jeff Drenth Memorial 5K in Charlevoix, Mich., over the weekend.
"He was walking when I ran by him," Kerr said. "I looked at him and said, 'Hey, little guy, you alright?' And he said, 'Will you run with me?'"
The pair stuck together for the rest of the race, with Kerr motivating the boy to keep striding toward the finish line.
They crossed the finish line just shy of the 35-minute mark, at which point Kerr said he made sure Boden found his family before he went on with his day.
"I just thought it was cool someone actually got a picture of me running with him," Kerr said. "Then, my recruiter ended up posting it and that's when it took off."
Kerr, who is near the end of a one-week leave from Camp Pendleton in California and has been a Marine for nine months, said he has been left "speechless" by the attention he has been getting from people who have been inspired by the photo.
He said Boden's family even gave him a $100 restaurant gift card, which he plans to use before returning to California.
"As a Marine, we try to reach out and help as much as we can," he said. "I don't think I'm a hero. I was just trying to help."