quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A resposta da Áustria à tirania Islâmica turca

Parece que os países europeus estão se enchendo da atuação dos liberais, que chamam de tolerância cultural a leniência com que deixam os muçulmanos estuprarem e matarem pessoas que expressam opinião contrária (vide o estupro étnico que os mesmos já fazem em países como a Noruega).

Neste vídeo dá pra notar que tem gente de bem no parlamento austríaco, à despeito dos políticos que preferem silenciar.

Não é o caso do Ewald Stadler:

"Sua devoção à liberdade religiosa é pura hipocrisia!"

O deputado austríaco Ewald Stadler fala ao embaixador turco em seu país o que todo cidadão ocidental deveria dizer a quem, em nome do "multiculturalismo", faz vistas grossas ao empreendimento islamofascista, que por meio do terrorismo e da estratégia imigratória e demográfica, visa impor a sharia (lei islâmica) em países democráticos e estabelecidos há séculos sobre os padrões culturais e morais judaico-cristãos.

Stadler ainda compara as penas impostas a qualquer pessoa que possa violar as leis turcas, com a "tolerância romântica" dos politicamente corretos do Ocidente.



"Islamistas visam cristãos 'onde quer que possam pegá-los"




RAYMOND IBRAHIM | 29 DEZEMBRO 2010


É claro que a frase "onde quer que possam pegá-los" é uma indicação de que são os cristãos do mundo muçulmano que serão especialmente visados - pois são os mais fáceis de todos para serem pegos.

Em 2006, quando o Papa Bento XVI citou a História, considerada pouco lisonjeira ao Islã, cristãos por todo o mundo islâmico pagaram o preço: seguiram-se distúrbios anticristãos, igrejas foram queimadas e uma freira foi assassinada na Somália.
Isto, naquela ocasião.
Dias atrás, quando um cristão egípcio foi acusado de namorar uma muçulmana, vinte e duas casas de cristãos foram incendiadas aos gritos de "Allah Akbar."

Há incontáveis outros exemplos de um grupo de cristãos no mundo muçulmano sendo punidos em resposta a outros cristãos.

Na verdade, o recente massacre em Bagdá, no qual islamistas invadiram uma igreja durante a missa, matando mais de cinqüenta fiéis cristãos, foi uma "resposta" à Igreja Cristã Copta do Egito, que os islamistas acusam de seqüestrar e torturar muçulmanas para que se convertam ao Cristianismo (mesmo que a bem-documentada realidade no Egito seja que os muçulmanos seqüestram regularmente e obrigam as cristãs a se converterem ao Islã).

Além disto, os islamistas filiados à al-Qaeda que perpetraram o massacre na igreja de Bagdá ainda ameaçaram os cristãos do mundo todo:


Todos os centros, organizações e instituições, líderes e seguidores cristãos são alvos legítimos para os mujahedeen (combatentes da fé) onde quer que eles possam pegá-los... Estes idólatras [os cristãos do mundo] e, à sua frente, o tirano alucinado do Vaticano [o Papa Bento 16], sabem que a espada assassina não será erguida do pescoço de seus seguidores enquanto eles não declararem sua inocência em relação ao que o cão da Igreja Egípcia está fazendo.

É claro que a frase "onde quer que possam pegá-los" é uma indicação de que são os cristãos do mundo muçulmano que serão especialmente visados - pois são os mais fáceis de todos para serem pegos.

Este fenômeno - atacar um grupo de cristãos ou não-muçulmanos em geral, em resposta a outro - tem suas raízes na lei islâmica. O Pacto de Omar, um texto fundador para o tratamento dos dhimmis (i.e., não-muçulmanos que se recusaram a se converterem depois que suas terras foram tomadas pelo Islã) deixa isto claro.

As conseqüências da quebra de qualquer uma das condições debilitantes e humilhantes que os cristãos eram obrigados a aceitar a fim de terem algum grau de compromisso por parte estado muçulmano - incluindo coisas como ceder seus assentos aos muçulmanos, como um sinal de "respeito" - eram claras: "Se violarmos de qualquer forma as promessas das quais nós mesmos somos a fiança, nós abandonamos nossa aliança [dhimma], e nos tornamos sujeitos às penalidades por contumácia e sedição [ou seja, ficam vistos como infiéis "desprotegidos" e assim expostos ao mesmo tratamento, incluindo a escravidão, a rapina e a morte.]"

Além do mais, as ações do indivíduo afetam o grupo inteiro - daí o componente da condição de "refém" (todo mundo está sob ameaça para assegurar que todo mundo se comporte). Como Mark Durie aponta, "Mesmo uma ruptura por parte de um só dhimmi individual pode resultar na jihad sendo empreendida contra toda a comunidade. Os juristas muçulmanos deixam claro este princípio. Por exemplo, o jurista iemenita al-Murtada escreveu que "O fato de que um só indivíduo (ou um só grupo) entre eles quebrou o estatuto é o bastante para invalidá-lo para todos eles." (A terceira escolha, p.160).

Este princípio, de que as ações de um só afetam a todos, é regularmente posto em prática no Egito. De acordo com o bispo Kyrillos, "toda vez que há um rumor de um relacionamento entre um copta e uma moça muçulmana [o que é proibido, na lei islâmica] toda a comunidade copta tem que pagar o preço: 'Isto aconteceu em Kom Ahmar (Farshout), onde 86 imóveis da propriedade de coptas foram incendiados; em Nag Hammadi, onde fomos mortos e além de do mais, eles incendiaram 43 casas e lojas; e agora na vila de Al-Nawahed, só porque um rapaz e uma moça estavam caminhando lado a lado na rua, o lugar inteiro é destruído." [O blog Dextra falou sobre este último caso aqui].

Pior: na medida em que o mundo continua a encolher, os cristãos indígenas do mundo muçulmano passam a se confundir com seus correligionários livres do Ocidente: a percepção que se tem destes afeta o tratamento daqueles; raça ou geografia não importam mais; a religião em comum os torna todos responsáveis uns pelos outros. Um dhimmi é um dhimmi é um dhimmi.

Além do massacre na igreja de Bagdá, por exemplo, os cristãos do Iraque são há muito visados "devido a seus laços religiosos com o Ocidente... os cristãos foram particularmente visados com ataques a bomba a igrejas e tentativas de assassinato devido a uma percepção que havia de uma associação com as intenções das forças de ocupação." Não surpreende que mais da metade da população dos cristãos do Iraque emigrou do país desde que os Estados Unidos derrubaram o regime de Saddam.

Os precedentes deste fenômeno são abundantes. Enquanto que os coptas de hoje são citados como a razão por trás do massacre dos cristãos iraquianos, há quase um milênio atrás os coptas eram massacrados quando seus correligionários ocidentais - os cruzados - faziam incursões nos domínios do Islã. Mais uma vez, a lógica era clara: "vamos punir estes cristãos porque nós podemos, em resposta àqueles cristãos".

Deve-se observar que esta atitude aplica-se a todos os grupos não-muçulmanos - judeus, hindus, budistas, etc.- vivendo em meio a maiorias muçulmanas. Entretanto, como os cristãos são a minoria infiel mais visível no mundo islâmico, a maioria dos exemplos modernos os envolve. Os coptas são especialmente visados porque constituem o maior bloco cristão no Oriente Médio. (Séculos antes das conquistas muçulmanas, o Egito era um pilar do Cristianismo e pode-se dizer que Alexandria era igual a Roma em autoridade. O resultado é que, após séculos de perseguição, ainda há uma presença cristã visível no Egito - para grande pesar dos islamistas.)

Tratar as minorias não-muçulmanas como reféns pode até ter conseqüências não-intencionais. De acordo com a autora judia Vera Saeedpour, o governo turco pressionou a diplomacia israelense, inclusive ameaçando "as vidas e os meios de subsistência dos 18 mil judeus" na Turquia:



Na primavera de 1982, quando os judeus planejaram uma Conferência Internacional sobre o Genocídio, em Tel Aviv, eles convidaram os armênios para participarem. Ancara protestou. O governo israelense agiu rapidamente para fazer os organizadores cancelarem o convite, insistindo em que a conferência ameaçaria "o interesse humanitário dos judeus." O New York Times explicou o que significava "interesse humanitário". Os organizadores ouviram do governo israelense que a Turquia pretendia cortar relações diplomáticas e tinha ameaçado "as vidas e os meios de subsistência dos 18 000 judeus" no país (NYT, 03/06/82 e 04/06/82). Para fazer a mensagem ser ouvida, Ancara até mandou uma delegação de judeus de Istambul, que alertaram que eles poderiam estar em risco se a conferência incluísse armênios. O responsável pela conferência, Elie Wlesel, foi primeiro citado como tendo dito: "Não vou discriminar os armênios, não vou humilhá-los." Depois, citando ameaças às vidas dos judeus na Turquia, ele deixou o posto.



Tudo isto é um lembrete de que um outro aspecto ainda da doutrina e história islâmicas - a ser acrescentada à jihad, taqiyya, wala wa bara, etc. - está viva e passa bem no século 21.

Tratar um grupo de não-muçulmanos como reféns, para serem maltratados como forma de retaliação a seus correligionários - longe ou perto, individual ou coletivamente - é só mais uma tática para obter poder sobre os infiéis.




Raymond Ibrahim é diretor associado do Middle East Forum, autor de The Al Qaeda Reader, e palestrante convidado junto ao National Defense Intelligence College.

Tradução: Dextra

O mundinho à parte de Brasília





LEONARDO BRUNO | 28 DEZEMBRO 2010


Os palpites que escutei de Brasília revelavam um lugar à parte, que não existe. Uma burocracia maravilhada com suas regalias, alienada e envolvida com as propagandas do governo Lula ou mesmo prócer ou partidária das mentiras governamentais.

Se alguém com visão isenta e descompromissada tiver a oportunidade de ir à Brasília, perceberá um universo à parte do país. Não é por acaso que dizem que aquilo lá é a ilha da fantasia, dos políticos, dos funcionários públicos, dos áulicos, dos cortesãos, enfim, dos mandatários da nossa república. Seria mais ousado dizer que é um país usurpador que governa outro país. Nada do que escutei ou ouvi dos cidadãos de lá reflete realmente o que seja o Brasil. Paradoxo curioso, já que a cidade é feita de vários tipos regionais de toda a nação. Pelo contrário, eles são otimistas: qualquer governo para eles serve, contanto que ninguém mexa nos interesses sacrossantos do funcionalismo público. Até a visão da cidade é burocrática: monótona, uniformizada, padronizada, enfadonha, para não dizer feia. Há quem idolatre Oscar Niemeyer e Lúcio Costa e sua mais famosa produção, por assim dizer, "soviética". Brasília cheira a "realismo socialista", que de realismo não tem nada. Sobra à população o socialismo das mamatas privadas e dos riscos públicos. Se a cidade planejada queria ser democrática, Brasília consegue ser uma cidade completamente excludente: os pobres na periferia e, no centro, os donos do poder. E o transporte público, decadente e infernal. É um protótipo perfeito da nomenklatura dos países socialistas.

Além de enfadonha, Brasília costuma ser uma cidade muito cara pra se viver. Se não bastasse isso, como se explicaria que esta capital tenha o segundo maior PIB per capita do país, além de ser uma cidade que representa mais de 3% do PIB nacional? Brasília possui indústria, agricultura ou comércio pujante? Nada disso. É a capital do funcionalismo público, ou melhor, do déficit público. Como dizia o economista e ministro do planejamento Roberto Campos, Brasília é uma usina de déficits e bazar de ilusões.




Malgrado ter dados estatísticos de cidade rica, é uma ilha cercada por cidades-satélites paupérrimas, tão feias quando a metrópole-mãe. Sem contar que a política do Distrito Federal não deixa a dever a nenhuma cidade do interior do nordeste, em matéria de escândalos, roubalheiras e clientelismo dos mais xucros. Cultura de dependência estatal é regra. Se o governo federal comprou milhões de almas com o bolsa-família, em particular, ganhando muitos votos no nordeste, não foi diferente a política do governador destronado do Distrito Federal, o Sr. José Roberto Arruda, do DEM. Ele também tinha sua dose de compra legal de votos, através de um bolsa-família distrital.

Apesar disso, os palpites que escutei de Brasília revelavam um lugar à parte, que não existe. Uma burocracia maravilhada com suas regalias, alienada e envolvida com as propagandas do governo Lula ou mesmo prócer ou partidária das mentiras governamentais. E crédula na sua autoridade sacrossanta de entidade estatal, como se os donos da papelada e da mesa do "bureau", no seu estreito mundinho da Esplanada dos Ministérios, do Congresso, do STF, STJ ou do Planalto, pudessem comandar e administrar os complexos problemas de uma nação continental, através de fórmulas prontas de portarias administrativas. Há funcionários públicos em Brasília que acreditam piamente nisso. Tal como o viés da cidade stalinista, eles acham que podem gerenciar a nação como se fossem segmentos de uma grande repartição pública da União ou de uma Gosplan soviética.

Claro que o problema do centralismo governamental é bem antigo. Porém, o governo Lula aumentou essa crença demiúrgica da burocracia onipotente sabe-tudo. Não foi por acaso que o governo criou mais de trinta ministérios, cada um mais inúteis do que outros. E como agora o Estado catou os louros da glória do crescimento econômico, o público de Brasília, que é feito de burocratas, acha que foi causador do aumento das vendas, do consumo e do boom do comércio internacional. E o pior é que muita gente acredita! Vai entender esses umbigos falantes!

Enquanto isso, eu me sentava à mesa com um amigo, que trabalhava para o Itamaraty: o sujeito elogiava a política externa do governo Lula, com relação ao Irã e à Coréia do Norte. Supostamente, em nome do livre comércio e da aliança do Brasil na Liga árabe (se bem que o Irã não seja necessariamente um país árabe, mas persa).




Ainda que para isso o Brasil se transforme em inimigo político de quase todas as democracias ocidentais e bajule as piores ditaduras genocidas e terroristas, o meu querido amigo votou em Dilma Roussef porque ela criaria novas embaixadas nos países de terceiro mundo. O segundo turno das eleições presidenciais causou-lhe um pavor horroroso. Se José Serra se elegesse presidente, nas palavras dele, não haveria concurso público para a diplomacia. Pelo jeito que ele falou, seria capaz de se deslumbrar facilmente por conta de um carguinho diplomático na embaixada do Sudão!

Confesso que fiquei decepcionado com essas opiniões. Como alguém pode se dar ao luxo de falar tantas tolices? No entanto, talvez seja porque os neófitos da diplomacia queiram adquirir a linguagem petista e bajular os "barbudinhos", os diplomatas esquerdistas engravatados do Instituto Rio Branco. Vale tudo pra concurso público, inclusive, imitar as idéias patéticas dessa fauna caricatural. A diplomacia brasileira chegou ao seu pior momento no governo Lula.


Meu amigo dizia que o Brasil ganhou respeito internacional. Onde? Quando? Como? A Bolívia confiscou o gasoduto da Petrobrás, aumentou a tarifa do gás e o país ficou caladinho, com um pontapé na bunda. O Paraguai aumentou artificialmente o preço da energia elétrica de Itaipu, rompeu contratos, como a Bolívia, e o Brasil arregaçou o traseiro. Inclusive, houve esquerdistas idiotas que diziam que nós éramos "exploradores" desses países.

A China gerou um boicote na soja brasileira, que gerou uma queda artificial no preço do produto, gerando um prejuízo de milhões de dólares às nossas exportações. Sem contar em nosso envolvimento patético nas relações Irã e Israel, ocasião em que o país serviu de chacota, tanto para os islâmicos, como para os judeus e os Estados Unidos. E, ainda, o Brasil se presta a usar de sua embaixada, para as políticas megalomaníacas de Hugo Chavez em Honduras. O país coleciona a cada ação diplomática, fracasso sobre fracasso. Mas isso não existe em Brasília. Levar chute na bunda é um caso curioso de vitória do país. Se um dia Evo Morales e os narcotraficantes da fronteira tomarem o Acre, é capaz de o governo Lula elogiar a invasão de suas fronteiras, porque supostamente os brasileiros roubaram o espaço boliviano, em troca de um cavalo.


Alguém teve razão em dizer que o governo Lula é o auge do entreguismo, do rebaixamento moral e ético do povo a qualquer republiqueta hispânica. Isso não me espanta: a esquerda sempre odiou o país. Se a Ex-União Soviética, Cuba, China, Coréia do Norte, Irã ou mesmo a Venezuela de Hugo Chavez tomassem o poder neste país, a esquerda agradeceria, contrita, tal como a vadia da zona que apanha de malandro e gosta.



Brasília me causou um asco profundo. Ainda me pergunto como esse outro "país" nos governa? Captando alguns comentários e algumas idéias, agora dá pra entender, em parte, por que este país não vai pra frente. A estreiteza mental de uma cidade contamina todo um país continental.


terça-feira, 28 de dezembro de 2010

J'acuse!



IGOR PANTUZZA WILDMANN | 27 DEZEMBRO 2010


Mon devoir est de parler, je ne veux pas être complice.
(Meu dever é falar, não quero ser cúmplice.)


Émile Zola

Tributo ao professor Kássio Vinícius Castro Gomes, assassinado a facadas por um aluno.

Foi uma tragédia fartamente anunciada. Em milhares de casos, desrespeito. Em outros tantos, escárnio. Em Belo Horizonte, um estudante processa a escola e o professor que lhe deu notas baixas, alegando que teve danos morais ao ter que virar noites estudando para a prova subsequente. (Notem bem: o alegado "dano moral" do estudante foi ter que... estudar!). A coisa não fica apenas por aí. Pelo Brasil afora, ameaças constantes.

Ainda neste ano, uma professora brutalmente espancada por um aluno. O ápice desta escalada macabra não poderia ser outro. O professor Kássio Vinícius Castro Gomes pagou com sua vida, com seu futuro, com o futuro de sua esposa e filhas, com as lágrimas eternas de sua mãe, pela irresponsabilidade que há muito vem tomando conta dos ambientes escolares.

Há uma lógica perversa por trás dessa asquerosa escalada.

A promoção do desrespeito aos valores, ao bom senso, às regras de bem viver e à autoridade foi elevada a método de ensino e imperativo de convivência supostamente democrática.

No início, foi o maio de 68, em Paris: gritava-se nas ruas que "era proibido proibir". Depois, a geração do "não bate, que traumatiza". A coisa continuou: "Não reprove, que atrapalha". Não dê provas difíceis, pois "temos que respeitar o perfil dos nossos alunos". Aliás, "prova não prova nada". Deixe o aluno "construir seu conhecimento." Não vamos avaliar o aluno. Pensando bem, "é o aluno que vai avaliar o professor". Afinal de contas, ele está pagando... E como a estupidez humana não tem limite, a avacalhação geral epidêmica, travestida de "novo paradigma" (Irc!), prosseguiu a todo vapor, em vários setores: "o bandido é vítima da sociedade", "temos que mudar 'tudo isso que está aí' "mais importante que ter conhecimento é ser 'crítico'."

Claro que a intelectualidade rasa de pedagogos de panfleto e burocratas carreiristas ganhou um imenso impulso com a mercantilização desabrida do ensino: agora, o discurso anti-disciplina é anabolizado pela lógica doentia e desonesta da paparicação ao aluno-cliente...

Estamos criando gerações em que uma parcela considerável de nossos cidadãos é composta de adultos mimados, despreparados para os problemas, decepções e desafios da vida, incapazes de lidar com conflitos e, pior, dotados de uma delirante certeza de que "o mundo lhes deve algo". Um desses jovens, revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca com dezoito centímetros de lâmina, bem no coração de um professor. Tirou-lhe tudo o que tinha e tudo o que poderia vir a ter, sentir, amar.



Ao assassino, corretamente, deverão ser concedidos todos os direitos que a lei prevê: o direito ao tratamento humano, o direito à ampla defesa, o direito de não ser condenado em pena maior do que a prevista em lei. Tudo isso, e muito mais, fará parte do devido processo legal, que se iniciará com a denúncia, a ser apresentada pelo Ministério Público. A acusação penal ao autor do homicídio covarde virá do promotor de justiça. Mas, com a licença devida ao célebre texto de Emile Zola, EU ACUSO tantos outros que estão por trás do cabo da faca:

EU ACUSO a pedagogia ideologizada, que pretende relativizar tudo e todos, equiparando certo ao errado e vice-versa;

EU ACUSO os pseudo-intelectuais de panfleto, que romantizam a "revolta dos oprimidos" e justificam a violência por parte daqueles que se sentem vítimas;

EU ACUSO os burocratas da educação e suas cartilhas do politicamente correto, que impedem a escola de constar faltas graves no histórico escolar, mesmo de alunos criminosos, deixando-os livres para tumultuar e cometer crimes em outras escolas;

EU ACUSO a hipocrisia de exigir professores com mestrado e doutorado, muitos dos quais, no dia a dia, serão pressionados a dar provas bem tranqüilas, provas de mentirinha, para "adequar a avaliação ao perfil dos alunos";

EU ACUSO os últimos tantos Ministros da Educação, que em nome de estatísticas hipócritas e interesses privados, permitiram a proliferação de cursos superiores completamente sem condições, freqüentados por alunos igualmente sem condições de ali estar;

EU ACUSO a mercantilização cretina do ensino, a venda de diplomas e títulos sem o mínimo de interesse e de responsabilidade com o conteúdo e formação dos alunos, bem como de suas futuras missões na sociedade;

EU ACUSO a lógica doentia e hipócrita do aluno-cliente, cada vez menos exigido e cada vez mais paparicado e enganado, o qual finge que não sabe que, para a escola que lhe paparica, seu boleto hoje vale muito mais do que seu sucesso e sua felicidade amanhã

EU ACUSO a hipocrisia das escolas que jamais reprovam seus alunos, as quais formam analfabetos funcionais só para maquiar estatísticas do IDH e dizer ao mundo que o número de alunos com segundo grau completo cresceu "tantos por cento";

EU ACUSO os que aplaudem tais escolas e ainda trabalham pela massificação do ensino superior, sem entender que o aluno que ali chega deve ter o mínimo de preparo civilizacional, intelectual e moral, pois estamos chegando ao tempo no qual o aluno "terá direito" de se tornar médico ou advogado sem sequer saber escrever, tudo para o desespero de seus futuros clientes-cobaia;

EU ACUSO os que agora falam em promover um "novo paradigma", uma " nova cultura de paz", pois o que se deve promover é a boa e VELHA cultura da "vergonha na cara", do respeito às normas, à autoridade e do respeito ao ambiente universitário como um ambiente de busca do conhecimento;

EU ACUSO os "cabeças-boas" que acham e ensinam que disciplina é "careta", que respeito às normas é coisa de velho decrépito;

EU ACUSO os métodos de avaliação de professores, que se tornaram templos de vendilhões, nos quais votos são comprados e vendidos em troca de piadinhas, sorrisos e notas fáceis;

EU ACUSO os alunos que protestam contra a impunidade dos políticos, mas gabam-se de colar nas provas, assim como ACUSO os professores que, vendo tais alunos colarem, não têm coragem de aplicar a devida punição.

EU VEEMENTEMENTE ACUSO os diretores e coordenadores que impedem os professores de punir os alunos que colam, ou pretendem que os professores sejam "promoters" de seus cursos;

EU ACUSO os diretores e coordenadores que toleram condutas desrespeitosas de alunos contra professores e funcionários, pois sua omissão quanto aos pequenos incidentes é diretamente responsável pela ocorrência dos incidentes maiores;

Uma multidão de filhos tiranos que se tornam alunos-clientes, serão despejados na vida como adultos eternamente infantilizados e totalmente despreparados, tanto tecnicamente para o exercício da profissão, quanto pessoalmente para os conflitos, desafios e decepções do dia a dia.

Ensimesmados em seus delírios de perseguição ou de grandeza, estes jovens mostram cada vez menos preparo na delicada e essencial arte que é lidar com aquele ser complexo e imprevisível que podemos chamar de "o outro"...

A infantilização eterna cria a seguinte e horrenda lógica, hoje na cabeça de muitas crianças em corpo de adulto: "Se eu tiro nota baixa, a culpa é do professor. Se não tenho dinheiro, a culpa é do patrão.. Se me drogo, a culpa é dos meus pais. Se furto, roubo, mato, a culpa é do sistema. Eu, sou apenas uma vítima.. Uma eterna vítima. O opressor é você, que trabalha, paga suas contas em dia e vive sua vida. Minhas coisas não saíram como eu queria. Estou com muita raiva. Quando eu era criança, eu batia os pés no chão. Mas agora, fisicamente, eu cresci. Portanto, você pode ser o próximo."

Qualquer um de nós pode ser o próximo, por qualquer motivo. Em qualquer lugar, dentro ou fora das escolas. A facada ignóbil no professor Kássio dói no peito de todos nós. Que a sua morte não seja em vão.




É hora de repensarmos a educação brasileira e abrirmos mão dos modismos e invencionices. A melhor "nova cultura de paz" que podemos adotar nas escolas e universidades é fazermos as pazes com os bons e velhos conceitos de seriedade, responsabilidade, disciplina e estudo de verdade.





Texto atribuído ao Dr.Igor Pantuzza Wildmann, advogado, doutor em Direito Econômico e professor universitário.

Nerd Sem Máscara: Carta aberta ao Ten.-cel. Nascimento




Nerd Sem Máscara: Carta aberta ao Ten.-cel. Nascimento
THE RIGHTWATCHER | 15 NOVEMBRO 2010


O senhor que é um guerreiro moderno e um modelo a ser seguido em suas virtudes, foi levado a duvidar de sua própria missão de vida, a perder de perspectiva o sentido de suas ações, a desejar a aniquilação de uma instituição que, ainda que tomada por corruptos, é fundamental na defesa contra a violência.

Caríssimo Tenente-Coronel Nascimento,

Todos nós testemunhamos seu corajoso depoimento acerca dos políticos corruptos envolvidos com as milícias e louvamos a sua bravura. Entretanto, tenente-coronel, não pudemos deixar de notar com preocupação, que os anos de guerra, primeiramente com armas e depois na ação política, deixaram-lhe um profundo impacto emocional.

Tal evidenciou-se nas palavras pelo senhor emitidas, e nas quais afirmava não saber responder ao seu filho porque matou, porque agiu com a violência com que agiu, já que, apesar de tudo, nada se resolveu. Muito me preocupou também o senhor ter dito, certamente num afã de desabafo, que a PM deveria acabar. Por tais preocupações é que peço a licença de dirigir-me ao senhor.

Tenente-coronel, o senhor esteve no front de batalhas e eu, como muitos cidadãos, estive e estou no outro lado, como vítima. Foi por nós tenente-coronel, que o senhor fez o que fez. Foi pela família que não foi destruída por um traficante, pela família que não foi oprimida por um miliciano.Tenente-coronel, é evidente que a ação policial não soluciona completamente o problema da violência na escala e complexidade que ela existe no Rio de Janeiro de forma especial, e no país de forma geral. A ação social que trabalhe na reintegração das comunidades, a ação política que minimize a corrupção, são todas medidas absolutamente necessárias. Mas, tenente-coronel, deve o cidadão ficar a mercê de tais violentos bandidos, excluídos, fardados e engravatados, até que se encontre essa solução total?

Imagine, tenente-coronel, o homem em seu estado primordial, em uma pequena tribo em meio a uma gigantesca e selvagem natureza milênios atrás. Imagine que sua pequena tribo é constantemente assaltada por selvagens feras vindas da floresta, e que cruzam os limites da aldeia. Tenente-coronel, será que os guerreiros da tribo devem se sentir culpados por realizarem uma luta "sem resultados", já que a floresta envia sempre novas feras, e os líderes da aldeia não conseguem imaginar um meio de evitar isso? Não tenente-coronel, com certeza que não. Neste caso, a incompetência dos líderes apenas acentua a excepcionalidade da bravura e o heroísmo dos guerreiros que se alinham corajosamente para combater tais feras. Vários destes guerreiros caem, ou sofrem mortes horríveis entre as presas e garras dos animais. E ainda assim, novos bravos se levantam para enfrentá-las. A selvageria é impotente diante de sua força.

É por isto, caríssimo tenente-coronel, que quero incentivá-lo a verbalizar esse sentimento que sei que existe no senhor e em seus comandados. Os senhores têm realizado um trabalho primoroso, necessário, pleno de sentido humano, e com grandeza. É verdade que vez por outra erros são cometidos, mas o bom não pode deixar de ser feito pela falta do perfeito. Aperfeiçoar-se sim, deter-se nunca. Erga a cabeça tenente-coronel, porque o herói é o senhor.

Gostaria de tecer algumas palavras sobre as pessoas que o cercam tenente-coronel. Algumas delas positivamente más-influências. Em primeiro lugar, lamento pela falta de compreensão de sua ex-esposa. Falta de compreensão não apenas em relação ao senhor, mas em relação à própria vida. Não suponho que ela queira coisas ruins, mas por algum motivo, falta-lhe a visão de que não podemos esperar os líderes da aldeia inventarem um modo de cessar a vinda das feras. Que aqueles que se colocam nesta batalha, mesmo quando ela parece não ter fim, são os verdadeiros bravos, que lutam não pela glória que uma paz previsível traria, mas simplesmente para deter, na medida do possível, o avanço de um grande mal. Mas refiro-me principalmente ao homem com quem ela se casou.



Este homem tenente-coronel, também está cheio de boas-intenções, e proporcionalmente equivocado. Recentemente, o senhor descobriu como as milícias estão envolvidas com políticos patrimonialistas brasileiros. E com isso abriu-se um plano maior de visão para o senhor, com não pouco choque. Tenente-coronel, eu sei que isso talvez vá surpreendê-lo ainda mais, porém a fonte do mal que o senhor combatia nas ruas encontra-se ainda mais alta, e o esquema recentemente descoberto pelo senhor é uma pequena parte dele.

Veja tenente-coronel, que assim como existem pessoas dispostas a todo tipo de crime por dinheiro, existem outras dispostas aos mesmos crimes por poder. Sim poder é maior do que dinheiro, tenente-coronel, e existem pessoas que compreendem isso. O atual parceiro de sua ex-esposa, saiba ele ou não, é um soldado desse esquema maior. O senhor descobriu que a luta política é mais ampla e fundamental que a luta nas ruas. É verdade. Porém, a luta cultural e espiritual é mais ampla que a política, e existem pessoas de bem e outras gananciosas que realizam sua luta neste outro nível, e para elas a política é que é a marionete. Tenente-coronel Nascimento, nesta luta, a ocupação de posições políticas, como fez o parceiro de sua ex-esposa, é mera questão estratégica, exatamente como os seus caveiras ocupam certas posições, não para simplesmente ficar nelas, mas para dali poder melhor atingir seus inimigos. Neste terceiro nível de luta, o que se busca atingir são mentes, almas e corações. O senhor foi atacado, tenente-coronel, por esta guerra. O senhor que é um guerreiro moderno e um modelo a ser seguido em suas virtudes, foi levado a duvidar de sua própria missão de vida, a perder de perspectiva o sentido de suas ações, a desejar a aniquilação de uma instituição que, ainda que tomada por corruptos, é fundamental na defesa contra a violência. A polícia não é para solucionar o problema da violência, mas para agir quando os que deveriam tê-la prevenido antes, falham. Tolher a polícia em nome da presença de falhas na outra ponta do serviço é piorar o problema, e não melhorá-lo. E, honestamente tenente-coronel, muitos como o parceiro da sua ex-esposa, sabem muito bem trabalhar neste nível para conseguir o poder político num nível logo abaixo.

Sendo assim, tenente-coronel Nascimento, termino aqui esta minha carta aberta, parabenizando-o mais uma vez por sua integridade de caráter, mesmo sob pressões psicológicas das mais terríveis. O senhor, assim como as forças da ordem no Brasil, assim como as virtudes tradicionais de nossa civilização, foi abandonado por quem deveria apoiá-lo, teve seu papel de pai tomado por um usurpador ideológico que educa seu filho com os valores dele, e espera que o senhor se conforme com momentos de ternura, enquanto ele possui a alma do jovem. Por estes motivos, tenente-coronel, é que o senhor se tornou um símbolo nacional, um bastião de esperança, admirado, não pela violência, não pelos equívocos, mas pela solidez de seu caráter, pela grandeza de sua alma.

A HORA DO NOIVO! JOGA O BUQUÊ!!!

É por isso que eu amo futebol!

É a sinceridade do populacho que me encanta...

Os filhos empresários de Lula

28/12/2010 às 5:29


Informam José Ernesto Credendio e Andreza Matais na Folha desta terça:

Dois dos filhos do presidente Lula, Fábio Luís e Luís Cláudio, abriram em 16 de agosto deste ano duas holdings -sociedades criadas para administrar grupos de empresas-, a LLCS Participações e a LLF Participações. Ao final de oito anos de mandato do pai, Lulinha e Luís Cláudio figuram como sócios em seis empresas. A Folha constatou, porém, que apenas uma delas, a Gamecorp, tem sede própria e corpo de funcionários. Seu faturamento em 2009 foi de R$ 11,8 milhões, e seu capital registrado é de R$ 5,2 milhões. Ela tem como sócia a empresa de telefonia Oi, que controla 35%. As demais cinco empresas não funcionam nos endereços informados pelos filhos de Lula à Junta Comercial de São Paulo. São, por assim dizer, empreendimentos que ainda não saíram do papel.

As seis empresas dos filhos de Lula atuam ou se preparam para atuar nos ramos de entretenimento, tecnologia da informação e promoção de eventos esportivos. São segmentos em alta na economia, que ganharam impulso do governo federal -Lula, por exemplo, foi padrinho das candidaturas vitoriosas do Brasil para organizar a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. Na maioria desses negócios, Lulinha e Luís Cláudio têm como sócios pessoas próximas de Lula. Um dos mais novos empreendimentos da dupla, a holding LLCS, por exemplo, foi registrada no endereço da empresa Bilmaker 600, na qual os dois não têm participação societária.
(…)
Comento
Pois é… A classe operária foi ao paraíso numa espantosa velocidade. Também nesse caso se percebe que FHC e Lula são muito diferentes. Quando o tucano chegou à Presidência, seus netos eram herdeiros de banco — o então Banco Nacional. Quando ele deixou o cargo, seus descendentes eram “sem-banco”. A instituição havia quebrado, e o governo não moveu uma palha para salvá-lo.

Com os Lula da Silva, a coisa é diferente. Lidam com a, digamos, “carreira” muito melhor do que o pai lidava com o torno. Lulinha era monitor de jardim zoológico quando o pai chegou ao poder. Oito anos depois, é esse potentado — certamente mais rico do que os netos de FHC!

Por Reinaldo Azevedo

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Turma General Emílio Garrastazu Médici



Turma General Emílio Garrastazu Médici
Este tipo de notícia me enche de tristeza pelo acontecido, causado por um "Dilministro" estúpido, que pede um futuro sem relação com o passado - coisa de gente imbecil, fadada a repetir erros, por não conhecê-los.

Por outro lado, feliz e orgulhoso fiquei ao ver a reação do Sr. Roberto Médici, ao se retirar discretamente da cerimônia, maculada pela infeliz presença do ministro, e mais ainda pela meritória atitude do Cel. Paulo Dartanham Amorim. Foi de uma hombridade gigantesca!

Meu pai bem me dizia que existem homens de honra caminhando neste país, basta procurá-los nas fileiras do exército e nas instituições que honram o comportamento digno de homem.

Hoje estas duas personalidades me deixam orgulhoso de ser militar da reserva e, acima de tudo, de perseverar num comportamento semelhante, educando meus filhos da mesma maneira que meu pai me educou.

Presto continência a ambos aqui.


JORNAL INCONFIDÊNCIA | 26 DEZEMBRO 2010
Fonte: mídia sem máscara



A fim de esclarecer fatos acontecidos em solenidades militares relativos a essa Turma, vamos apresentar, em ordem cronológica, a verdade histórica, desde a escolha do Patrono na Escola Preparatória de Cadetes em 2006, até a entrega de espadas em 2010. Antes, em 2005, por ocasião do centenário de nascimento do general Médici, a AMAN prestou significativa homenagem a seu ex-comandante na pessoa de seu filho, o engenheiro Roberto Nogueira Médici.

A escolha do nome do Patrono de cada Turma é de exclusiva decisão de seus jovens integrantes, e permanece eternamente gravada, não só na memória, como também em placas de bronze afixadas nas pérgulas das escolas de ensino militares. E assim, procederam os hoje, aspirantes-a-oficial, escolhendo entre outros notáveis brasileiros, o nome do general Médici que os acompanhará até a eternidade. E temos a certeza que a escolha recaiu não só no general, como também no presidente. Considerando a repercussão da nota do jornalista Cláudio Humberto, publicada em 7 de dezembro nos principais jornais do país:



"Jobin critica Médici...

Nelson Jobim (Defesa) provocou mal-estar sábado, na Academia Militar das Agulhas Negras, durante a formatura da 'Turma General Emílio Garrastazu Médici', ao criticar indiretamente o patrono - elogiado antes pelo comandante do Exército pela 'honradez, dignidade e patriotismo'.

...e o filho se retira

No discurso, que aliás não estava previsto, Jobim deixou claro que não aprovou a escolha do patrono, dizendo que o Exército 'deve esquecer o passado'. Os generais nem o aplaudiram. E o convidado Roberto Médici, filho do ex-presidente, desceu do palanque e foi embora".

Este Editor, a fim de esclarecer o realmente acontecido, houve por bem entrevistar o engenheiro Roberto Médici e o coronel Paulo Dartanham. E assim, na tarde de 8 de dezembro, no escritório de engenharia onde trabalha no centro do Rio de Janeiro, ouviu os esclarecimentos de Roberto Médici. Disse da satisfação em ser convidado para solenidades cívico-militares, nas quais seu pai é relembrado e homenageado, como recentemente na ESG - Escola Superior de Guerra - e na AMAN. Lembrou da homenagem ao centenário de nascimento do general Médici na Academia Militar e da entrega de Espadins em 2006, a essa mesma Turma. Nessa ocasião, ao chegar ao local da cerimônia, foi recebido pelo comandante do Exército, general Enzo e cumprimentou as autoridades ali presentes.

Pouco mais tarde, lamentavelmente, o ministro cometeu a indignidade de não citar o nome do Patrono da Turma ao se dirigir aos Cadetes!! Roberto Médici engoliu e se retirou após o término da solenidade, sem qualquer comentário.

Para a entrega de espadas, novamente convidado, seguiu para Resende, acompanhado do coronel da Reserva, Paulo Dartanham Marques de Amorim, seu amigo de longa data e que o acompanhara na entrega dos Espadins. O Ministro da Defesa ao ingressar no palanque, cumprimentou a todos, inclusive a ele.

No que respeita ao incidente da Academia, ele declara: "o Ministro ao falar aos aspirantes-a-oficial, iniciou seu discurso com as seguintes palavras: 'ASPIRANTES DE 2010', não citando o nome da Turma, tal como fizera por ocasião da entrega do Espadim aos mesmos alunos. Achei aquilo um desrespeito à memória de meu pai que não podia, pela segunda vez, aceitar.

Para evitar maiores constrangimentos retirei-me do palanque discretamente, pois, na qualidade de convidado especial seria inevitável, no decurso da solenidade, um constrangedor encontro pessoal com o Ministro. Ao sair do palanque pedi a um oficial (um tenente-coronel de Artilharia) que veio ao meu encontro que me localizasse o Coronel Paulo Dartanham, que se encontrava em outro local, e não no palanque das autoridades, pois minha intenção era incontinente retornar ao Rio de Janeiro".

Não citando o nome do Patrono e principal homenageado; referindo-se aos Aspirantes-a-Oficial como "Aspirantes" - será que pensou estar na Escola Naval?; e dando "filosóficos conselhos" aos militares sobre o passado e o futuro, externando, pois, de forma implícita ou indireta, o seu desagrado pela escolha da denominação, constrangendo, assim, não apenas a Roberto Médici, mas a todos ali presentes, em particular aos militares. Foi a gota d'água!

Retornou ao Rio e não foi procurado por qualquer autoridade militar do Exército, o que lamentamos.

Dia 12, por telefone, entrevistamos o Coronel Paulo Dartanham que confirmou o ocorrido e ainda disse de sua demissão de professor de História Militar da ECEME (ocorrida no dia 09 de dezembro), conforme carta transcrita abaixo e que, pela 3ª vez acompanhava o Dr Roberto Médici, 3º sargento Pontoneiro da Reserva.

Por que este detalhe? Quando jovem, em Porto Alegre, Roberto Médici se apresentou para prestação do Serviço Militar no CPOR/Porto Alegre, tendo sido mandado assentar praça no 6º Batalhão de Engenharia de Combate (era estudante universitário de Engenharia), onde fez os cursos de formação de cabo e de sargento, dando baixa como 3º sargento. Cito esta peculiaridade, para que o leitor tenha idéia de sua integridade moral. Ainda em Porto Alegre, foi professor titular no Curso de Engenharia da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Hoje é membro do Instituto Geográfico e Histórico Militar e aos 77 anos ainda trabalha em uma empresa de engenharia (se ele fosse o Lulinha...).

Posteriormente, circularam inúmeras mensagens na internet, das quais destacamos a enviada pelo coronel Hiram.

NELSON JOBIM E A TURMA GENERAL MÉDICI

Cel Hiram Reis e Silva, Porto Alegre, RS, 10 de dezembro de 2010.

"Lembrando que nós não construímos o futuro pensando no passado; e não nos preparamos para o futuro com as mesmas estruturas do passado". (Nelson Jobim - Ministro da Defesa)

A repercussão de meu comentário a respeito do pronunciamento de Nelson Jobim na Academia Militar de Agulhas Negras continua provocando comentários acirrados. Baseei meu artigo em e-mails recebidos de oficiais superiores e oficiais generais, além, do jornalista Cláudio Humberto. Felizmente, oportuna e educadamente o Coronel Marco Antonio do Estado-Maior de Defesa enviou-me a íntegra do discurso proferido pelo Ministro da Defesa. Como se pode observar, a frase pronunciada fora do contexto tem uma conotação bastante pejorativa e implicaria, sim, em uma censura clara e direta ao Patrono da Turma. Jobim foi muito hábil, ardiloso e disfarçou, camuflou a polêmica afirmação no corpo do discurso, a frase foi trabalhada, arquitetada e colocada de maneira a deixar uma sutil mensagem somente aos bons entendedores. Só aqueles que sabem como trabalham as mentes dos "companheiros" conseguiram notar que o Ministro fazia "uma clara censura à escolha do General Médici como Patrono".

Em nome do princípio democrático de permitir que se estabeleça o contraditório, reconhecendo que as fontes usadas informaram apenas uma frase fora de contexto e sujeita a diversas interpretações, e em nome da verdade, publico o e-mail recebido e o controvertido discurso do Ministro.

- E-mail do Cel Marco Antonio de Freitas Coutinho do Estado-Maior de Defesa

Prezado Cel Hiram,

Pelo bem da verdade dos fatos, distorcidos por um artigo do "jornalista" Cláudio Humberto, encaminho o discurso proferido pelo Ministro Jobim aos Aspirantes da Turma General Emílio Garrastazu Médici. Creio que devemos ser mais cuidadosos com informações deste tipo, principalmente de fontes de tão baixa credibilidade. Não farei qualquer comentário sobre o que disse o Ministro, pedindo apenas sua avaliação, e se julgado conveniente, divulgando o anexo em sua lista de e-mail.

Forte abraço.

É de se lamentar a atitude desse coronel do ministério da Defesa, tentando defender uma posição indefensável. Seria mais decente ficar calado. Ou teria recebido ordem para assim proceder? E agora, como vai encarar os seus companheiros de turma? Estará no quadro de acesso para o generalato?

Seu Ministro não citou o nome da Turma General Médici pela segunda vez e ao final não recebeu qualquer aplauso, tendo se retirado da solenidade com o rabo entre as pernas. Esta apresentação teve por finalidade o desagravo da Turma general Emílio Garrastazu Médici, do seu filho, Roberto Nogueira Médici e de todos os militares da Ativa e da Reserva das Forças Armadas que não podem permitir tamanha agressão por parte desse elemento que não representa e não conhece a verdadeira História Militar e do Brasil.

E eis o Canto X de "Os Lusíadas", de Camões, com a célebre reposta do grande General Aníbal ao filósofo grego Formião:

"De Formião, filósofo elegante,

Vereis como Aníbal escarnecia

Quando das artes bélicas

Diante dele,

Com larga voz, tratava e lia:

A disciplina militar prestante

Não se aprende, senhor, na fantasia:

Sonhando, imaginando ou estudando,

Senão vendo, tratando e pelejando".

"ESQUECER TAMBÉM É TRAIR!"







Rio de Janeiro, 13 de dezembro de 2010

Prezados companheiros.

Não sou e nunca fui indisciplinado, atestado pelo fato das inúmeras ordens e medalhas que recebi ao longo de quase cinqüenta anos de serviço na ativa, como designado para o serviço ativo e como prestador de tarefas por tempo certo.

Sou Comendador da Ordem do Mérito Militar do Brasil e de Portugal além das demais ordens nacionais, civis e militares.

Encontro-me em perfeitas condições físicas e mentais atestado por minuciosa inspeção de saúde recente para renovação de contrato para continuar nas funções de Instrutor de História Militar na ECEME.

Fui recentemente elogiado pelo chefe que mandou me dispensar e que me conhece desde o tempo que ele era cadete e eu subordinado do pai dele, o Corajoso e Digno Cel Cav SILVEIRA, comandante do antigo R Rec Mec de Campinho. Proposto para recondução na ECEME recebi, com muito orgulho, o conceito do seu atual Cmt, Gen Bda CAMPOS.

Acompanhei pela terceira vez o Dr Roberto Médici, 3º Sgt Pontoneiro da Reserva, à AMAN, em homengens prestadas ao General Médici, meu Comandante naquela gloriosa Academia.


Pela 2ª vez, testemunhei o Senhor Ministro da Defesa descaracterizar a Turma Gen Médici com o nome escolhido por seus integrantes, há cinco anos, desde a EPCEx (Escola Preparatória de Cadetes do Exército).

Retirei-me do local com discrição e modéstia para não conspurcar aquela sagrada solenidade de iniciação daqueles jovens na difícil profissão das armas. Acompanhei o irresoluto filho ofendido, pai de uma família que carrega a saga do nome Médici e tem sofrido inúmeras injustiças desde o afastamento do Gen Médici da Presidência.

Não me arrependo. Faria novamente. Continuo tendo coragem e vergonha na cara, atributos tão faltos nos dias que correm.

Agradeço aos inúmeros apoios que recebi informando que esta página está virada na minha vida.

"O último dia da carreira não é o último dia da vida. Antecede o primeiro dia de uma nova experiência".

Já estou vivendo essa nova vida. Muito obrigado.

Cel Cav Paulo Dartanham Marques de Amorim - pdart.rj@gmail.com

NR: Quem dispensou o Cel Dartanhan foi o general-de-Exército Rui Monarca da Silveira, chefe do DECEX - Departamento de Educação e Cultura do Exército -, ao qual a ECEME, Escola de Comando do Estado Maior é subordinada. Mas teria sido ele? Ou teria recebido ordem do Comandante do Exército, por determinação vingativa do Ministro da Defesa? Seria importante esse esclarecimento.


Um movimento conservador no Brasil?

HEITOR DE PAOLA | 21 DEZEMBRO 2010
ARTIGOS - CONSERVADORISMO

Os brasileiros não têm experiência, e conseqüentemente noção, do verdadeiro significado de liberdade individual.

Um povo que aceita perder uma fatia de sua liberdade em troca de segurança, não merece ter nem liberdade, nem segurança.
Benjamim Franklin

A imensa reação contra o aborto que certamente influenciou o resultado do primeiro turno das eleições brasileiras carreando votos de Dilma para Marina, somada à derrota acachapante de Obama nas eleições parlamentares americanas um mês depois, animaram setores conservadores em nosso País. A força imensa do Movimento Tea Party nos dois anos de desmandos de Obama contra a liberdade, as tradições e os princípios arraigados no American Way of Life despertou sonhos de que tal movimento pudesse se repetir no Brasil.

Mais animadora ainda foi a notícia da pesquisa realizada pelo Vox Populi em 05/12 mostrando que 82% da população é contra o aborto, 63% contra o casamento homossexual e 87% contra a legalização do consumo de drogas.

Certamente existem no Brasil vários movimentos conservadores, mas todos são de elite intelectual, os quais até o momento não conseguiram fazer contato político produtivo com esta imensa massa de cidadãos comuns apontada pelas pesquisas. Cabe então fazer uma comparação com o ocorrido recentemente nos EUA, bem assim como uma análise sucinta das diferenças históricas entre os dois povos. O movimento que virou a política americana do avesso em menos de dois anos tem raízes profundas no que há de mais expressivo historicamente naquele País, das raízes do movimento pela Independência, simbolizado pelo nome escolhido, Tea Party, em referência à reação revolucionária contra o aumento dos impostos cobrados pela Coroa Britânica após a aprovação do Stamp Act de 1765, que obrigava ao pagamento de um imposto mediante um selo aplicado a todos os documentos legais e jornais circulantes nas Colônias. Esta reação foi alimentada pelo brado de no taxation without representation (sem representação, nada de impostos) e ao boicote de mercadorias inglesas chegando à rebelião plena em 16 de dezembro de 1773 em Boston quando os carregamentos de chá foram jogados ao mar. A reação foi violenta, mas encontrou os colonos unidos em Comitês, seguindo o criado por Samuel Adams em Boston um ano antes. O parlamento inglês editou novas leis destinadas a punir os revoltosos, os Intolerable Acts, levando à convocação do Primeiro Congresso Continental em 1774. Em menos de dois anos e após uma guerra contra o domínio britânico, as Colônias se tornaram independentes.
No Brasil o único movimento de independência foi a Inconfidência Mineira, até mesmo inspirada nos acontecimentos nas Colônias do Norte. No entanto, o movimento não partiu do povo, mas sim de proprietários rurais, intelectuais, clérigos e militares, os mais prejudicados pela derrama, o imposto extra sobre os 'homens bons' para completar cem arrobas de ouro. Dois fatores estabelecem a diferença com os EUA: a falta total de apoio popular, tornando o movimento uma mera conspiração, enquanto lá os Comitês eram abertos. E a expressão meramente regional, pois ainda não havia uma consciência nacional. O País, ainda dividido em Capitanias não permitia que reverberasse uma identidade nacional. Assim, foi fácil a violenta repressão da Coroa Portuguesa.

Por outro lado, enquanto a Conquista do Oeste e a expansão da nacionalidade foi feita lá por homens livres em busca de território para se instalar e cuidar de suas vidas, quase sem atuação da União, aqui as Entradas era financiadas pela Metrópole e as Bandeiras eram expedições que, embora financiadas por particulares, tinham o único propósito de explorar e não colonizar permanentemente.

Finalmente, os brasileiros não têm experiência, e conseqüentemente noção, do verdadeiro significado de liberdade individual, vivendo desde sempre sob o tacão português e depois de governos autoritários, iludidos por uma falsa sensação de proteção.

fonte: mídia sem máscara

domingo, 26 de dezembro de 2010

O ÓDIO AOS ESTADOS UNIDOS




Mais uma vez aproveito para manifestar aprovação pela democracia, capitalismo e apoio à iniciativa privada, bem como aos valores iniciais que moldaram esta grande pátria que, espero, continue sendo amparada por Deus, caso não se distancie dEle.


O Ódio aos Estados Unidos

(por Otacílio Guimarães)


As vezes se torna chato que o hobby de toda a humanidade seja falar mal dos Estados Unidos.
Não somente os sandinistas, chavistas e “comunistóides” da América Latina, mas em geral em todo o mundo.

Nos últimos anos na Venezuela se considera socialmente negativo falar algo de bom dos Estados Unidos.
Até os hispânicos que vivem nos Estados Unidos há mais de meia vida, não encontram nada de bom para dizer dos USA, mas ainda assim seguem pegados como carrapato e não regressam a seus países de origem....

Aqui há três exemplos de respostas exemplares a comentários.


Primeiro:
Quando na Inglaterra, durante uma grande conferência, o Arcebispo de Canterbury perguntou a Colin Powell se os planos dos USA para o Iraque não eram outra coisa que a ampliação do império por parte de George Bush, este lhe respondeu o seguinte:

“Com o transcorrer dos anos, os Estados Unidos tem enviado muitos de seus melhores jovens, homens e mulheres, apesar do perigo, para lutar pela causa da liberdade além de nossas fronteiras.
As únicas terras que temos pedido em troca tem sido apenas as necessárias para sepultar aqueles que não regressarão. ”
Se fez um grande silêncio no recinto...

Segundo:
Durante uma conferência na França, da qual participavam um grande número de engenheiros de diversas nacionalidades, incluindo franceses e americanos, durante o recesso, um dos engenheiros franceses disse ”serenamente”:
“Vocês escutaram a última estupidez de George Bush?
Enviou um porta-aviões à Indonésia para ajudar as vítimas do tsunami”.

Que ele pretende fazer, bombardeá-los? “
Um engenheiro da Boeing se levantou e respondeu “serenamente”:

“Nossos porta-aviões têm três hospitais a bordo, que podem tratar várias centenas de pessoas. São nucleares, por isto podem fornecer eletricidade de emergência à terra. Têm três cozinhas com capacidade para preparar comidas para 3.000 pessoas três vezes ao dia, podem produzir vários milhares de galões de água potável a partir da água do mar, e têm meia dezena de helicópteros para transportar vítimas para o navio. Nós temos onze barcos iguais.

Quantos barcos assim mandou a França?

De novo, silêncio sepulcral!

Terceiro:

Um almirante da Armada dos Estados Unidos estava em uma conferência naval que incluía almirantes da armada americana, canadense, inglesa, australiana, e francesa. Durante um cocktail se encontrou com um grupo de oficiais que incluía representantes de todos esses países.
Todo mundo conversava em inglês enquanto tomavam seus tragos, porém de repente um almirante francês comentou que, se bem que os europeus aprendem muitos idiomas, os americanos se bastam tão somente com o inglês.
Então, peguntou: “Por que temos que falar Inglês nestas conferências?
Por que não se fala francês?”

O almirante americano, sem hesitação, respondeu:
“Talvez seja porque os britânicos, os canadenses, os australianos e os americanos tiveram que intervir para que vocês não tivessem que falar alemão pelo resto de suas vidas”.

Se podia escutar a caída de um alfinete...!



Sabem onde está o segredo dos americanos?


Simplesmente, há mais de 150 anos aprenderam algo que parecia que nós tínhamos aprendido, mas não quisemos aprender.

São somente dez premissas muito simples:


• Você não pode criar prosperidade desalentando a iniciativa individual;


• Você não pode fortalecer o fraco, debilitando o forte;

• Você não pode ajudar aos pequenos, esmagando os grandes;


• Você não pode ajudar o pobre, destruindo o rico;


• Você não pode elevar o assalariado, pressionando a quem paga o salário.

• Você não pode resolver seus problemas enquanto gaste mais do que ganha;


• Você não pode promover a fraternidade da humanidade, admitindo e incitando o ódio de classes;


• Você não pode garantir uma adequada segurança com dinheiro emprestado;


• Você não pode formar o caráter e o valor de um homem cortando-lhe sua independência (liberdade) e iniciativa;


• Você não pode ajudar aos homens realizando por eles permanentemente o que eles podem e devem fazer por si mesmos.




(DECÁLOGO DE ABRAHAM LINCOLN)


"O sucesso alheio causa muita inveja nos fracos, porque o sucesso está ao alcance apenas dos fortes, dos destemidos e corajosos. Talvez resida aí a causa do ódio que muitos alimentam pelos americanos."


sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Ameaça terrorista - Unthinkable - o filme


Acabo de ver. só confirma a minha posição de que já perdemos a guerra por nos impôr limites que o inimigo não liga em ter.

E isso vale e tem valido para qualquer guerra.Nossa última linha a defender é curta demais no que tange a este especto.

Fica a pergunta sempre: É lícito utilizar de ética com pessoas sem ética e sem escrúpulos?É difícil não pensar em alongar limites éticos quando 50 pessoas inocentes podem morrer em um shopping por ameaça terrorista.

Se alguém se põe à parte da sociedade merece tratamento de cidadão?
Agente já vê este questionamento até nos filmes da série "tropa de elite"

http://www.imdb.com/media/rm1835175168/tt0914863

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Preciso de funcionário para trabalhar em lojinha

É pra uma uma pequena filial da Fastlane, coisa simples...

Tem desconto de 50% nos materiais. A loja é pequena, minguadinha mesmo, mas atenderemos com carinho...

(fala a verdade, faltava uma dessa aqui, né? OLHA QUE COISA! NUUUSSSSS!)

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Ensina direito, que as coisas andam!

Algumas pessoas podem discordar deste post, mas "vulpes pillum mutat nom mores".



O mesmo provérbio pode ser empregado para filhotes de lobos.



Fui de uma época em que rock era sinônimo de coisa depravada e má.
Fui execrado em minha igreja e em meu convívio familiar, por não concordar com isso e manter minha posição a respeito disso, enquanto meus colegas quebravam seus discos em nome de uma posição que não entendiam, mas que não conseguiam ir contra. Tadinhos, mas não tenho muita pena de cagões, é meu jeito, desculpem por isso.

Comigo, o efeito foi inverso, quanto mais impediam, mais eu recrudescia, o que me fez bater o pé até para o que não fazia sentido pra mim, por ser anti ético, mas como polarizavam a questão e eu era apenas um adolescente imbecil (hoje sou um adulto imbecil ainda) era o que eu podia fazer.
(_Ah!, rock é do capeta? Beleza, o capeta tem bom gosto!)

Hoje vejo que para tudo há limites.

Para o que se vê, para o que se lê, para o que se ouve.

A única exceção é quanto à estupidez humana.Concordo com o ex primeiro ministro alemão Konrad Adenauer.

O bom Deus, quando limitou a inteligência dos homens, poderia ter feito o mesmo com a estupidez dos mesmos...

É muito bonito ver pequenos tocando instrumentos musicais com destreza, alguns até maiores que eles, ainda mais quando ouvimos algo que quebra paradigmas(o Iron é uma destas bandas. Até o vocalista , sendo professor de história, quebra um paradigma comum aos que os condenam, pois pra eles este é um lugar ocupado apenas por idiotas- até porquê a mídia diz isso o tempo todo).

É muito legal ver crianças correndo com os lobos. Estou ficando velho, agora corro bem menos com eles, mas gosto de admirar, mesmo que de longe.

Ps: A Carlinha, aos 4 anos, no vídeo, me lembra a Luiza...

UMA DESCOMPOSTURA FABULOSA NO FACINOROSO

No dia 24 de setembro de 2007, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que chega ao Brasil na segunda, falou na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, num evento organizado pela Escola de Assuntos Públicos e Internacionais da instituição. Aquele ano foi dedicado às questões iranianas, e a presença do facinoroso foi apenas um dos eventos. Lee Bollinger, presidente da Columbia — lá, os reitores têm esse título — optou por fazer uma fala introdutória, prévia, ao discurso de Ahmadinejad. E fez história. A descompostura é fabulosa.

No vídeo abaixo(ainda não consegui colocar), não está toda a sua fala. Antes do ponto em que vocês podem assistir, ele agradece os esforços dos coordenadores do evento e lembra: “Ouvir idéias que nós deploramos não implica endossá-las nem é sinal de fraqueza ou ingenuidade diante dos perigos reais inerentes a essas idéias”. O reitor se preparava para lançar um foguete contra Ahmadinejad.

“Uma das premissas cruciais da liberdade de expressão é que não tornamos honrada a desonra quando abrimos o debate para que ela se manifeste”. O reitor diz compreender o ponto de vista daqueles que acreditam que aquele evento — a presença de Ahmadinejad na Columbia — jamais deveria estar acontecendo, desculpa-se com aqueles que se sentirem pessoalmente atingidos pelo fato e diz que fará o máximo para aliviar seu sofrimento. De modo enfático, afirma: “Que fique claro de uma vez por todas: este evento não tem absolutamente nada a ver com o ‘direito’ de quem fala, mas apenas com o nosso direito de ouvir e falar. Fazemos isso por nós”.

Lee Bollinger exalta os valores da liberdade, fala da necessidade de entender o mundo e lembra que a universidade não ocupa escalões do poder. Não faz a paz nem faz a guerra. Mas forma cérebros. E então passa a se dirigir diretamente a Ahmadinejad.

A brutal repressão de professores universitários, jornalistas e defensores dos direitos humanos
O reitor cita casos de perseguição a professores — um deles formado na Columbia e convidado a dar aula na Universidade, diz que a Anistia Internacional acusa a execução de 210 pessoas, 21 delas só no dia 5 de setembro. Entre os mortos estavam crianças e defensores dos direitos humanos. Lembra que se fazem execuções públicas, violando convenções internacionais de direitos civis de que o Irã é signatário. Isso tudo antecede o trecho do vídeo que está aí. O texto que segue depois dele são trechos da fala do reitor dirigindo-se diretamente a Ahmadinejad




1s até 2min37s
“Essas e outras execuções coincidiram com a selvagem repressão contra ativistas estudantis e professores, acusados de fomentar a chamada ‘revolução suave’ (…) Como disse a doutora Esfrandiari num entrevista, ele ficou presa numa solitária por 105 dias porque o governo acreditava que os EUA planejavam uma “Revolução de Veludo” no Irã. Nesta mesma sala, no ano passado, nós aprendemos alguma coisa sobre a Revolução de Veludo de Vaclav Havel. E ouviremos algo semelhante de Michelle Bachelet, presidente do Chile. Estas duas histórias extraordinárias lembram-nos de que não há prisões suficientes para impedir uma sociedade que queira ser livre de ser livre.

Nós, nesta universidade, não temos receio de protestar contra o nosso governo e de contestá-lo em nome desses valores. E não temos receio de criticar o seu governo.

Vamos deixar claro de saída: senhor presidente, o senhor exibe todos os sinais de um ditador mesquinho e cruel.

E eu lhe pergunto: por que as mulheres, os membros da religião Baha’i, homossexuais e muitos dos nossos colegas professores são alvos de perseguição em seu pais?

Por que, numa carta ao secretário geral da ONU na semana passada, Akbar Gangi, um dissidente, e outras 300 personalidades, entre intelectuais, escritores e laureados com o Prêmio Nobel acusam que a sua retórica inflamada contra o Ocidente busca desviar a atenção do mundo das condições intoleráveis que o seu regime criou dentro do Irã, em especial o uso da Lei de Imprensa para banir os críticos?

Por que o senhor tem tanto medo de que os cidadãos iranianos expressem suas opiniões em favor de mudanças? (…)

O senhor me deixa liderar uma delegação de estudantes e professores da Columbia para falar na sua universidade sobre liberdade de expressão, com a mesma liberdade que lhe garantimos hoje? O senhor fará isso?”

A negação do Holocausto
2min43s -3min59s
“Em dezembro de 2005, num programa da TV estatal, o senhor se referiu ao Holocausto como uma invenção, uma lenda. Um ano depois, o senhor apoiou uma reunião de negadores do Holocausto.

Para os iletrados, os ignorantes, isso é propaganda perigosa. Quando o senhor vem a um lugar como este, isto faz do senhor simplesmente um ridículo. Ou o senhor é um provocador descarado ou é espantosamente mal-educado [sem formação intelectual].

O senhor precisa saber que a Columbia é um centro mundial de estudos judaicos e, agora, em parceria com o Instituto YIVO, de estudo do Holocausto. (…) A verdade é que o Holocausto é o mais documentado evento da história humana. (…). O senhor vai parar com esse ultraje?

A destruição de Israel
4min2s -4min54s
Doze dias atrás o senhor disse que o estado de Israel não pode continuar a existir. Isso repete inúmeras declarações inflamadas que o senhor tem feito nos últimos dois anos, incluindo a de outubro de 2005, segundo a qual Israel tem de ser “varrido do mapa”.

A Columbia tem mais de 800 ex-alunos vivendo em Israel. Como instituição, temos profundos laços com nossos colegas de lá. Eu, pessoalmente, tenho me manifestado com força contra propostas de boicotar estudantes e especialistas de Israel dizendo que isso seria boicotar a própria Columbia. Mais de 400 colegas e reitores neste país pensam o mesmo. Minha pergunta, então, é: “O senhor planeja nos varrer do mapa também?”

Financiamento do terrorismo
4min58s - 5min55s
De acordo com o Council on Foreign Relations, está bem documentado que o Irã é patrocinador do terror, financiando grupos violentos como o libanês Hezbollah, que o Irã ajudou a organizar em 1980, e os palestinos Hamas e Jihad Islâmica.

Enquanto o governo que o precedeu colaborou com s EUA na campanha contra o Taliban, em 2001, o seu governo está atacando sorrateiramente as tropas americanas no Iraque, financiando, armando e garantindo livre trânsito para líderes insurgentes como Muqtada al-Sadr e suas forças.

Há inúmeros relatos que ligam o seu governo com os esforços da Síria para desestabilizar o frágil governo do Líbano por meio da violência e do assassinato político.

Minha questão é esta: por que o senhor apóia organizações terroristas que continuam a golpear a paz e a democracia no Oriente Médio, destruindo vidas e a sociedade civil na região?

Guerra por procuração contra as tropas dos EUA no Iraque
5min57s-6min45s
O general David Patraeus afirmou que armas fornecidas pelo Irã (…) estão contribuindo para a sofisticação de ataques, “que não seriam possíveis sem o apoio do Irã”. Muitos formados da Columbia e estudantes estão entre os bravos militares que estão servindo ou serviram no Iraque e no Afeganistão. Eles, como outros americanos com filhos, filhas, pais, maridos e mulheres que estão em combate vêem, certamente, o seu governo como inimigo.

O senhor pode lhes dizer e a nós por que o Irã está lutando uma guerra que não é sua no Iraque, armando a milícia Shi’a, alvejando e matando tropas americanas?

Finalmente, o programa nuclear do Irã e as sanções internacionais
6min46s-10min30s
Nesta semana, o Conselho de Segurança da ONU avalia ampliar as sanções [contra o Irã] pela terceira vez porque o seu governo se recusa a suspender o programa de enriquecimento de Urânio
(…)
Por que o seu país se recusa a aderir ao padrão internacional de verificação de armas nucleares, em desafio a acordo que o senhor fez com a agência nuclear das Nações Unidas? E por que o senhor escolheu fazer o seu próprio povo vítima dos efeitos das sanções internacionais, ameaçando fazer o mundo mergulhar na aniquilação nuclear?

Deixe-me encerrar com este comentário. Francamente, com toda sinceridade, senhor presidente, eu duvido que o senhor tenha coragem intelectual de responder essas questões.
(…)

Voltei
Quem, no Brasil, diria estas meras verdades a Ahmadinejad?

Por Reinaldo Azevedo

Carta aberta ao presidente do Irã

ARTIGO



José Roitberg, jornalista


Tenho a certeza de que será uma das piores viagens oficiais de sua vida. Vai encontrar aqui um país cristão, coisa que abomina. Vai ter que se encontrar com políticos e empresários que usam gravatas, acessório proibido pelo código de vestimentas (lei no Irã) porque na visão xiita a gravata simboliza uma cruz em torno do pescoço dos homens. E verá mais de cinco cores de ternos, outra coisa também proibida no Irã. Espero que passe por nossas praias e não fique olhando para o chão do carro, pois precisa se confrontar com a liberdade ocidental de expor o corpo humano vivo e não os cadáveres. Precisará se controlar para não dar uma olhadinha em nossas beldades desnudas não só nas praias, mas com vestidinhos de Geisy por todos os cantos. Imagine o que é isso para alguém que defende a burka? É o próprio Faya, o Inferno muçulmano.
Mas seja bem vindo aqui, Ahmadinejad. Espero que se encontre com o presidente Lula em seu gabinete, veja a Bíblia sobre a mesa, veja a mezuzá na porta ao lado na sala da Clara Ant. E pense muito bem no que fazer: apertar a mão de uma judia comunista de rosto descoberto e tornozelos de fora? Que dilema teológico... Mas seja bem vindo Ahmadinejad. Depois de se esquivar da Clara Ant, que como assessora pode até ser posta de lado, mas aí resta o Marco Aurélio Garcia, que deixa a Clara no ponto mais a direita da esquerda com sua mente sovietizada e cubanizada. Ih Ahamdinejad: você acabou com os comunistas no Irã. O que vai dizer aos nossos aqui (alguns deles o defendem hein...), a maioria, muito mais neo-liberal que de esquerda, mas não tem saída: neo-liberalismo também não é sua praia. E depois de se esquivar de um, sempre virá outro: uma grande lista de judeus e esquerdistas de fato no poder. Não são brinquedinhos buchechudos como na Venezuela. Aqui a esquerda é de raiz!
Mas seja bem vindo Ahmadinejad. Venha ver um país de 190 milhões de pessoas de todas as origens e religiões que não se matam e não disputam o poder para matar as outras, se é que isso faz algum sentido para você. Pergunte como se faz uma eleição sem fraude. Tem umas coisas aqui que você precisava conhecer para ampliar seus horizontes mas não vai rolar. Não vai ao Corcovado. Não vai ao Pão de Açúcar, não vai dar uma volta no Saara no Rio ou na 25 de Março em São Paulo. Não vai ter uma almoço fechado no Porcão, até porque você, como muçulmano, come kosher também. Aliás, se quiser levar um salame antes voltar, passe aqui na Bolivar 45. Dá até para parar o carro na baia de descarga e tomar um café: eu pago! Aproveite para ver o que nossos vizinhos cristãos iraquianos pensam de você. Posso até marcar com uns amigos bahais. É! Tem bahais no Brasil também, religião que os xiitas escorraçaram da Pérsia e depois do Irã, tendo que se refugiar em Haifa, ainda no domínio Otomano. Ih, esqueci: tem turco para caramba aqui no Brasil. Tem libanês cristão para todos os lados. Mais libaneses e descendentes de libaneses que no próprio Líbano.
Aqui é um lugar interessante para você conhecer, pena que vai ficar acossado entre a mídia e a política e não verá nosso povo. Pessoalmente não tenho nada contra você. Não fico nem um pouco impressionado com mais um líder muçulmano dizendo que vai varrer Israel do mapa. Pode tentar. Em 1948 quando eram fortes e os judeus fracos, não conseguiram. Depois Nasser tinha o seu discurso. Depois Sadat tinha o seu discurso. Depois Shuqueiri e Arafat tinham o seu discurso. Depois Assad (pai) tinha seu discurso. Depois Saddam, seu inimigo mortal tinha o seu discurso. Você é professor. A história lhe interessa. Olhe para trás e veja onde estão e o que conseguiram. Pelo menos podia ser original em seu discurso.
Nem seus arroubos de negação do Holocausto a cada vez que o petróleo está baixo me incomodam. Você é o presidente, mas não é o poder. Você não me preocupa e nem sei o quanto das coisas que faz ou diz são realmente suas ou você é apenas o porta voz da junta teológica que domina os persas. Não é aqui no Brasil que alguém vai te lembrar que é dirigente do único país xiita entre outros 53 países sunitas e que mais ou menos um bilhão de muçulmanos não vão com a sua cara enquanto só uns 13 milhões de judeus têm algo contra você. Isso não vão te dizer aqui. Não vão dizer que o Irã tem relações diplomáticas com menos países islâmicos que Israel. E ninguém vai chegar até você em uma entrevista e perguntar: "Presidente, para que essa bobagem de dizer que Israel tem que ser varrido do mapa? Seu objetivo não é triunfar onde seus antepassados xiitas fracassaram e retomar Meca? Abrir Meca para os persas e varrer o domínio árabe sobre o Islã no Golfo?" Não é essa a agenda verdadeira iraniana verdadeira? Vocês também seguem Sun Tzu não seguem? Faça o inimigo achar que você está longe quando está perto...
Sei que você pode jogar a bomba sobre Israel pois são apenas judeus, cristãos, bahais e sunitas por lá. Todos infiéis na visão. Mas você acredita que Israel tem 300 bombas. Um monte de gente acredita. É blefe? É real? Mas a família real saudita não tem nenhuma né? Será que alguém ataca você se a bomba cair em Ryad e não em Jerusalém? Pessoalmente, acho que não. Mas se eu fosse você ficaria com o pé atrás e mandava investigar a fundo todo mundo que está em seu programa nuclear. Você acreditaria se eu disse que algum dos cientistas paquistaneses pode ser um agente taliban da Al Qaeda, sua inimiga mortal, pronto para fazer um ataque suicida nuclear em suas instalações? Vocês são persas. São inteligentes. Sabem quem são seus reais inimigos. Sabem que sempre foram os árabes, os sunitas e agora os talibans. Depois de 10 anos de guerra com os sunitas iraquianos seus aiatolás quase atacaram o Afeganistão sob domínio taliban por três vezes. Só não fizeram porque foram um pouco mais espertos e deixaram os ocidentais se ferrarem por lá, como os soviéticos, sem conseguir resolver nada. Mas seja bem vindo. Venha e ouça o que precisa ouvir! Venha e ouça o que precisa ser dito. Vai ser insuportável para você. Assine um contrato para uma área do pré-sal pois seu petróleo está acabando e você sabe disso melhor que ninguém. E tenha uma certeza caro presidente: Israel não vai construir o segundo Yad Vashem, o segundo Museu do Holocausto. Mas se o Irã realmente enveredar pelo caminho da chantagem atômica, vocês poderão acabar tendo que construir o seu primeiro museu...

Só faltam os palestinos

João Pereira Coutinho, colunista da Folha SP

O presidente Lula prepara a sua despedida e, em gesto final, resolveu manifestar apoio a um Estado palestino nas fronteiras pré-1967.

Foi o dilúvio: choveram críticas e cartas contra a atitude de Lula. E alguns membros da comunidade judaica manifestaram o seu "repúdio" ante a "traição" do presidente.

Isso faz sentido? Não faz. Desde 1988 que mais de 100 países já reconheceram um Estado palestino nas fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias. É um gesto simbólico, que pressiona para uma solução prática: a existência de dois Estados, lado a lado, com fronteiras e soberanias reconhecidas. Aliás, essa não é apenas uma solução prática. É uma solução antiga.

A ideia dos dois Estados, repetida hoje por qualquer jornalista ou diplomata, tem sido proposta sucessivamente desde que a Liga das Nações, nos escombros da I Guerra Mundial, determinou o Mandato Britânico para a Palestina pós-otomana.

Assim foi em 1919. Assim foi em 1937, quando a Comissão Peel, enviada ao terreno para apurar as causas da violência entre árabes e judeus, recomendou a partição do território em dois Estados. E assim foi em 1947, por obra e graça das Nações Unidas.
O mais irônico dessa história - digo "irônico" para não escrever "trágico"-- é que a "solução dos dois Estados" sempre foi aceite por Israel, mas recusada pelos árabes palestinos.
Recusada em 1919.
Recusada em 1937.
Recusada em 1947.

E por aí adiante, até chegarmos a Camp David, dez anos atrás, quando o premiê israelense Ehud Barak ofereceu a Yasser Arafat o que o presidente Lula se limitou a reafirmar agora: um estado palestino em Gaza e na Cisjordânia; e Jerusalém, a velha joia da coroa, partilhada entre os dois povos.
Arafat, sem grande originalidade, fez o mesmo que seus antecessores: recusou.

Podemos olhar Camp David de várias formas. Eu prefiro seguir a opinião geral dos países árabes - repito: árabes - depois do fracasso de Camp David: Arafat cometeu um crime. Um crime sobre os palestinos; um crime sobre os israelenses; e um crime sobre a comunidade internacional, que depois de 2000-2001 nunca mais acreditou na boa fé das lideranças palestinas. O que não admira: em Camp David, Barak estava disposto a tudo.
Mas mesmo depois do fracasso monumental dessas negociações, Ariel Sharon fez o impensável.

Retirou voluntariamente de Gaza em 2005, acreditando que depois da morte de Arafat (em 2004) as novas lideranças palestinas estavam interessadas em mudar o rumo.


Erro.

Nas eleições parlamentares desse mesmo ano, o Hamas vencia em Gaza. Tradução: Gaza passava a ser controlada por uma organização islamita que, na teoria e na prática, não estava e não está interessada em negociar. O seu objetivo é claro: a destruição da "entidade sionista". Uma destruição que não é apenas retórica: com a emergência de um Irã nuclear, o patrono espiritual e material do Hamas (em Gaza) e do Hezbollah (no sul do Líbano), esse objetivo está hoje mais próximo do que nunca.


Moral da história? O presidente Lula pode apoiar os estados palestinos que entender. Mas é importante lembrar três fatos desagradáveis a respeito.

Primeiro, que na história dos “dois estados” a parte que os tem recusado tem sido repetidamente a mesma.

Segundo, que uma hipotética retirada israelense da Cisjordânia ficou adiada "sine die" depois do sucedido em Gaza.

E, terceiro, que não haverá qualquer estado palestino nos territórios pré-1967 quando uma das partes - o Hamas - nem sequer reconhece a existência do Estado de Israel e, mais, continua empenhado na sua destruição incondicional.


O mais irônico do conflito israelense-palestino - e escrevo "irônico" para não escrever "trágico" - é que não é apenas o presidente Lula a desejar um estado palestino. Toda gente deseja isso. Só faltam mesmo os palestinos.

sábado, 18 de dezembro de 2010

À respeito da nova comunidade" Fica Geraldo"

COMO NÃO PUDE ESCREVER DIREITO UM SCRAP LÁ NA COMUNIDADE ORKUTIANA(APENAS FALTA DE HABILIDADE), AQUI VAI MEU RECADO AOS INTERESSADOS SOBRE O QUE PENSO SOBRE O ESPISÓDIO DA SAÍDA DO PR. GERALDO DE VILA DA PENHA E A CRIAÇÃO FORA DA COMUNIDADE ORKUT PIBVP, DE UM PERFIL PARA "DISCUSSÃO" DO ASSUNTO.

Relutei em entrar aqui, não sou bem quisto por muitos por falar o que penso, mas tenho email e telefone pra contato, portanto daqui pra frente converso cara à cara apenas. Não me deixem recado. Me procurem quem não gostar do que vai ler.

Minha paciência, que não era muita, mas já era conhecida por alguns, essa já acabou.

Pra quem acha que o pastor da igreja tem tido uma tarefa fácil estes últimos 30 anos, até faz sentido abrir um tópico ou seja lá o que for , fora do orkut da igreja, para falar mal e reclamar.

O que vejo atualmente é apenas isso. Gente reclamando, mas não fazendo nada de real. Não frequentam classes de EBD ou quando frequentam, o fazem sem nenhum compromisso.
O orkut da igreja está vazio de conteúdo doutrinário, apenas amenidades e material de baixa qualidade, disse que iria me reinscrever, mas pelo que vi, vou sair após confirmar o que vi. Aliás, o que não ví.

Este tipo de atitude só torna mais difícil as decisões do pastor, aliás, discordo do meu pastor em algumas coisas frontalmente, mas mesmo assim o apóio.Contrariado, mas apóio.

A parte amarga é a parte do Pastor Sebastião.

As consequências são responsabilidade do Pastor Sebastião.

O prestar contas da congregação é apenas dele.

Quando vejo um monte de gente falando sobre o pastor SEM AO MENOS CITAR SEU NOME, não consigo enxergar nada, a não ser covardia.

Não concordo com a falta de transparência com que isso foi tratado, nada tenho contra Pastor algum, pois não sou um imbecil, tenho a figura do pastor como algo especial.

Agora, abrir página para criticar meu pastor, que se matou e se mata até hoje(vejam o estado da dona Ruth) para reclamar dele... sinto muito, isso não faço.


Um conselho: a Igreja precisa de nós. A igreja precisa da presença consciente de todos aqui.
Eu vi estes últimos anos classes fechando, gente inerte, abúlica, sem nenhum tipo de convicção de sua salvação e mais, não se importando com isso.
Talvez por estas coisas nosso pastor tenha tido que engolir uma porção amarga de decisões nestes últimos anos
.

Vejo a Márcia se matar pra desenvolver uma classe de jovens casados e nada acontece(pois a outra parte depende da ação individual, não mais dela),
Vejo o Rodrigo tentando à duras penas fazer um trabalho com adolescentes que nada falam, nada fazem e nada são, consequentemente.
A classe de doutrina do Fito tem os mesmos 4 indivíduos do ano passado. quando chamamos as pessoas para expor opiniões no orkut da igreja todos toparam. ninguém foi.

Vi também 2 mil pessoas no domingo assistindo ao culto, mas quando foram chamadas à praça por 20 MINUTOS, só apareceram 40 cabeças.

Mas aqui apareceram 100 em um dia pra malhar o pastor. Com raríssimas exceções de presenças que aqui se encontram(pois estão chateadas), vão à ******(catar coquinho)!

O trabalho em vila da penha não tem sido fácil. E ninguém se habilita a fazer.

Querem fazer algo? metam a cara na bíblia e reacendam suas convicções doutrinárias em vez de reacender convicções políticas. Estamos tratando de uma igreja e não de uma câmara de deputados. O pastor não ganha tubos de $ pra querer sustentar uma posição de "status". Qual é o status de uma igreja dessa neste mundo que vivemos?

E para o tapado que falou aí, uma notícia: crente não se aposenta.


Trouxas.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

pescaria na festa de fim de ano - baitcasting na piscina



pescaria no sítio sei lá o nome - isso não vem ao caso- até que eles providenciem um lago pra mim.


Vou fazer o relato:

Convidado para a festa de fim de ano do trabalho, falei que iria se o local tivesse lago para pesca, claro.

Como não tinha, tive que improvisar um local, logo, a piscina tá bão.

Arremessei com minha vara okuma elegance, cheia de passadores oxidados(vou trocar) e munida de multi pelagic e leader de fluor carbono.

Eis que ao segundo arremesso virtual, algo (feio, diga-se de passagem) engata no material, a briga foi feia, como podem ver e lá, como não havia guia de pesca, pedí ao Carlinhos que me ajudasse.

O carlinhos, muito entendido de patifarias alcólicas, foi na maior das boas intenções, levar uma caneca de cerveja batizada para o peixe sair da água. No início, o peixe se negou, mas quando viu que podia ser bão, saiu logo e foi pulando atrás de uma golada.

Esta parte foi logo após ter saído da água e eu editei, claro.

E foi assim. nem mais, nem menos que isso.

Por que os suecos complicam coisas tão simples?

Marianna Trzeciak
14 de dezembro de 2010 (Notícias Pró-Família) — A pobre Suécia está nos noticiários e parecendo ridícula — de novo.

Não está nem mesmo conseguindo seguir seu próprio lema, que diz que a Suécia anda sempre no ritmo dos tempos, pois se a Suécia estivesse se adaptando aos tempos, saberia que a educação escolar em casa é o que há de mais moderno, recente e importante. Aliás, a população de crianças que recebem educação escolar em casa nos EUA ultrapassará a população étnica sueca na próxima geração. (Mas, pensando bem, até mesmo a minoria muçulmana na Suécia poderá ultrapassar a população étnica sueca da Suécia na próxima geração também.)


Em contraste, a Suécia tem por tanto tempo cometido tragédias contra as famílias que dão educação escolar em casa a seus filhos que nos vem à mente um ditado de Woody Allen: “A soma da tragédia com o tempo dá em comédia”. O que está muito claro é que a Suécia se aprofundou nas próprias entranhas do ridículo ao sequestrar Domenic Johansson de seus pais, Christer e Annie, e ao manter o menino Domenic em cativeiro desde junho de 2009.
Por que os suecos complicam coisas tão simples?

Então, falando em termos de comédia, quantos suecos são necessários para resolver um problema muito simples? A resposta é cem: um para resolver o problema, e os outros 99 suecos para garantir que o primeiro sueco tenha sido vacinado.


Sim, os suecos complicam as coisas. No exato momento em que a família Johansson, que educava seu menino em casa, embarcou num avião para o país natal de Annie, a Índia, um monte de policiais suecos caiu em cima deles e os agarrou, arrastando-os para longe da liberdade e integridade de sua família, e basearam toda essa ação no motivo de que Domenic não havia recebido algumas vacinas e não tinha tido enchimento de uma ou duas cavidades dentárias.

O que impera na Suécia é a ideia de que os pais não podem ousar achar que têm autoridade sobre os próprios filhos e de que os suecos têm de se orgulhar de um governo que intervém de modo supremo nas famílias.


Enquanto estava na delegacia, a mãe Annie desmaiou de choque ao ver seu único filho sendo-lhe tomado, mas ninguém na delegacia fez nada pela mulher angustiada enquanto ela estava desmaiada no chão. Domenic foi colocado num orfanato e só vê seus pais uma hora a cada cinco semanas. (Apenas dê uma olhada nas fotos de antes e depois [do sequestro estatal] de Domenic para julgar se o governo da Suécia tem alguma possibilidade de cuidar de Domenic tão bem quanto seus pais cuidavam.) E agora, o pai, Christer, foi preso sob novas e ridículas acusações depois que ele levou seu filho para visitar seus avós e para passar uma noite com a família sem a permissão do governo.
Dá para rir do que está acontecendo?

E agora ficamos sabendo que um casal sueco, cuja identidade não foi revelada, foi sentenciado a 9 meses de prisão cada um e a uma multa de 10 mil dólares por disciplinarem fisicamente seus filhos! Essa minúscula monarquia constitucional parece ter decidido que crianças se saem pior com seus próprios pais do que sob a tutela do rei.


Ôpa! Talvez os suecos queiram reconsiderar isso. Afinal, a pobre Suécia está cambaleando com as denúncias reveladoras de que Carl Gustaf, seu monarca aparentemente enfadonho, vem realmente tendo casos com mulheres de strip-tease e criminosos da máfia há anos. (Talvez o bondoso e velho rei Carl esteja apenas levando o menino Domenic para uma festinha de aniversário para ele! Essa experiência fará dele um homem!… Você acha que o menino Domenic é jovem demais para essas coisas? Que nada! Esta é a Suécia, [onde meninos fazem coisas de adulto]!) e que seu sogro era um nazista vigoroso que, de acordo com as alegações, fez sua fortuna fabricando armas numa fábrica que ele havia roubado de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
Mas não satisfeito em manter uma fortuna roubada ou em ter um monte de encontros sexuais em banheiras de hidromassagem, o rei Carl Gustaf também exige todos os filhos de seus súditos.

Mas, para nosso grande alívio, o governo da Suécia exibe um pouco de respeito à moralidade! Parece que, no caso do ciber-terrorista Julian Assange, a Suécia decidiu o que é aceitável ou não. Aliás, a Suécia exigiu que os ingleses extraditassem Assange para a Suécia de modo que esse estupendo país que “anda ao ritmo dos tempos” possa processar Assange por ter tido sexo sem uma camisinha que funcionasse. Pergunta: na Suécia, se for feito com camisinha, não é estupro?
Se tão somente pudéssemos boicotá-los!

Se tão somente pudéssemos organizar um boicote contra a Suécia, talvez pudéssemos pressioná-los a soltar e devolver o menino à sua família! Se tão somente fosse fácil. Contudo, a Suécia mal consegue sair de sua obscuridade após o sucesso da banda sueca ABBA [da década de 1970] para provocar indignação na América do Norte (ou mesmo na América do Sul). Olha, os franceses aparentemente deram certa vez um minuto de sua atenção à Suécia. A palavra suede* é uma referência à Suécia.
Vamos imaginar um boicote à Suécia. Poderíamos nos abster de nossos sofás de suede, microsuede e faux-suede, jogar fora todas as nossas bolachas de centeio e mandar os arenques para o porto mais próximo, e parar de comprar automóveis da marca sueca Volvo — os quais, de qualquer forma, são caros demais para comprarmos! Ou será que a melhor manifestação seria realmente ficarmos sentados em nossos sofás de suede, microsuede e faux-suede num gesto de resistência insultante? Qual tal a música “Waterloo” do ABBA tocando em pano de fundo?
O enigma ridículo pode conter sua própria solução

A Suécia está numa catástrofe de relações públicas de proporções gigantescas (a partir da perspectiva dela, não nossa). Mas os ataques crescentes do governo contra a família Johannson poderão apontar para a solução da Suécia. O governo sueco poderia seguir uma variação do modo como a Alemanha escapou de uma investigação detalhada depois que o governo alemão assumiu a tutela de uma menina que recebia educação escolar em casa; no final, a Alemanha “deixou” a menina fugir do orfanato e voltar para seus pais. E esse foi o fim do grande boicote contra a Alemanha. (Caramba! Então você nunca ficou sabendo que o governo da Alemanha deixou a menina escapar devido à pressão do boicote?)
O cenário sueco poderia se desenrolar desta forma: O governo da Suécia mantendo Christer na prisão por mais uma semana. Enquanto isso, as autoridades suecas fazendo a determinação de que foi tudo culpa de Christer que Domenic não havia recebido suas vacinações e tratamento dentário. Sem nenhuma demora, as autoridades suecas levando Annie e Domenic para o próximo voo para a Índia. Na semana seguinte, a polícia soltando Christer alegando como motivo falta de provas e fazendo-o partir rapidamente também para a Índia.
Permitir que esse fiasco seja levado para o ano novo alertará todos aqueles que se consideram civilizados de que “a Suécia não é um de nós”.
* Nota do tradutor: Suede tem referência a sueco e, de acordo com o dicionário Aurélio, é uma palavra que vem do francês e significa “Couro fino e acamurçado, destinado ao fabrico de artigos indumentários”.
Marianna Trzeciak é uma mãe que dá educação escolar em casa para seus três filhos. Ela contribuiu com ações legais para derrubar as decisões judiciais Roe versus Wade e Doe versus Bolton, as quais legalizaram o aborto nos EUA. Ela iniciou a campanha antiaborto 40 Dias pela Vida em Burlington, Vermont. Agora residindo no Texas, a Sra. Trzeciak fala com relação ao feminismo pró-vida em universidades, faculdades de direito e outros fóruns.




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Governo sueco toma criança de família que educa em casa
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Fonte: http://noticiasprofamilia.blogspot.com
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesitenews.com/news/sweden-release-johansson-keep-wikileaks-assange
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